sexta-feira, 23 de novembro de 2012

OLORUM NÃO PEDE NADA / NASCEREI DE NOVO? [Anibal Werneck de Freitas]



olorum é algo tão acima de mim, tão acima, que sou incapaz de concebê-lo, até porque se tivesse tal capacidade seria igual a ele, eu me considero praticamente um agnóstico nesta situação, nem sim, nem não, mais próximo do sim, até porque acredito que jamais o verei , confesso que não gosto desta parte que certamente me levará à especulação, isto porque prefiro falar de coisas que estão ao meu alcance como as forças da natureza, o vento , a chuva, enfim, tudo aquilo que ela nos proporciona, assim como nela, dentro de cada um de nós acontece o mesmo, melhor ainda, os orixás se manifestam com mais eficácia, assim como estão na natureza, estão dentro de nós também, é só puxar por eles, não é nada sobrenatural, coisa que não existe no candomblé, tudo é natural, você pode me perguntar, e daí, onde está a graça, eu respondo, não há necessidade do fantástico pois a vida já é fantástica, quer graça maior saber que você existe, isto já é o bastante, é a grande dádiva de olorum ao homem, e, além do mais, não pede nada em troca, não pune ninguém, o universo foi criado para ser o que é, somos o resultado da sua evolução, somos um todo e os orixás, forças da natureza, estão aí para nos proteger, eles são como nós, têm defeitos como qualquer humano, quando invocados aparecem, quando não, ficam na deles, assim como nós, não gostam de serem contrariados, quem gosta?, todavia, estão sempre prontos a ajudar, mas tem uma coisa, eles ajudam quem ajuda o semelhante, quem faz por onde, na verdade, está tudo dentro da gente, basta descobri-los.





nascerei de novo?
(anibal werneck de freitas) mundo espiritual, / eu me pergunto. / por que? pra que? / foge da compreensão, / da sensação / e dá impressão da perda de assunto. / e depois da morte / nascerei de novo? / por que? pra que? / dúvida a pintar, / a tentar / e não quero ficar / num mato sem cachorro... / num mato sem cachorro... / num mato sem cachorro...

tucanlino.

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