olorum é algo tão acima de mim, tão
acima, que sou incapaz de concebê-lo, até porque se tivesse tal
capacidade seria igual a ele, eu me considero praticamente um agnóstico
nesta situação, nem sim, nem não, mais próximo do sim, até porque
acredito que jamais o verei , confesso que não gosto desta parte que
certamente me levará à especulação, isto porque prefiro falar de coisas
que estão ao meu alcance como as forças da natureza, o vento , a chuva,
enfim, tudo aquilo que ela nos proporciona, assim como nela, dentro de
cada um de nós acontece o mesmo, melhor ainda, os orixás se manifestam
com mais eficácia, assim como estão na natureza, estão dentro de nós
também, é só puxar por eles, não é nada sobrenatural, coisa que não
existe no candomblé, tudo é natural, você pode me perguntar, e daí, onde
está a graça, eu respondo, não há necessidade do fantástico pois a
vida já é fantástica, quer graça maior saber que você existe, isto já é o
bastante, é a grande dádiva de olorum ao homem, e, além do mais, não
pede nada em troca, não pune ninguém, o universo foi criado para ser o
que é, somos o resultado da sua evolução, somos um todo e os orixás,
forças da natureza, estão aí para nos proteger, eles são como nós, têm
defeitos como qualquer humano, quando invocados aparecem, quando não,
ficam na deles, assim como nós, não gostam de serem contrariados, quem
gosta?, todavia, estão sempre prontos a ajudar, mas tem uma coisa, eles
ajudam quem ajuda o semelhante, quem faz por onde, na verdade, está
tudo dentro da gente, basta descobri-los.
nascerei de novo? (anibal werneck de freitas)
mundo espiritual, / eu me pergunto. / por que? pra que? / foge da
compreensão, / da sensação / e dá impressão da perda de assunto. / e
depois da morte / nascerei de novo? / por que? pra que? / dúvida a
pintar, / a tentar / e não quero ficar / num mato sem cachorro... / num
mato sem cachorro... / num mato sem cachorro...
tucanlino.
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