sexta-feira, 30 de abril de 2021

de como um vampiro espaçoso pode gastar o seu dinheiro como se fosse dele.




anos atrás, caí nas garras de um vampiro diferente
. tudo começou quando ele me convidou pra um churrasco, e assim, foi logo me dizendo: eu não tenho grana, você paga a despesa?. na mesma hora aceitei, e foi aí que errei feio. fomos até ao supermercado comprar os ingredientes, e ele, sem a menor cerimônia, pegou de uma vez, dois fardos de cerveja, dois quilos de picanha, dois pacotes grande de sobrecoxa de frango, duas garrafas de vinho, quatro cervejas caras, e três pacotes de pão com alho, e a brincadeira ficou em r$ 188,65, cento e oitenta e oito reais e sessenta e cinco centavos. achei que pra duas pessoas foi muito, não gostei, e pensei comigo, este é o vampiro que mete a mão no seu cartão, e ele nem quer saber se você tem o dinheiro ou não. pois mal, não me senti bem vendo-o comprar à vontade, como se o dinheiro fosse dele. na verdade, os vampiros são assim mesmo, você abre mão, e eles vão além da conta. por isso, sendo assim, vou lhe dar uma dica: pra conhecê-los, é só dar corda, são os tais vampiros espaçosos.

anibal, jf, 30.04.2021

terça-feira, 27 de abril de 2021

DE COMO UMA FIGUEIRA SITUADA ENTRE CONCEIÇÃO E RECREIO SE TORNOU MAL ASSOMBRADA.


Zé canário e tonhão eram dois arqui inimigos, um não podia ver o outro, ninguém sabia o motivo de tamanha rixa, algo muito sério devia ter acontecido entre ambos, uns arriscavam, Foi uma demarcação litigiosa de terras. Outros, O sumiço inexplicável de três vacas do tonhão, culpando o zé canário, que era um homem bom, 
muito tranquilo, simpático com todo mundo, pai de família exemplar, e que gostava de andar com o seu canário na gaiola pra tudo quanto era lado. Já o tonhão, era gente boa, também, porém muito ranzinza, não cumprimentava ninguém, era calado, trabalhador e nunca se casou, sabe lá porquê. A única coisa comum entre os dois era uma cachacinha no botequim do pedro da maria, aos domingos, depois da missa matinal, celebrada pelo padre idelfonso, aquele de, os anjos todos os anjos. Pois bem, tanto o zé canário, quanto o tonhão, ambos eram católicos praticantes e ajudavam muito a igreja. Certa vez, o padre idelfonso precisou arrumar o telhado do templo de deus, e os que deram mais dinheiro pra consertá-lo, foram eles. Deste modo, tudo corria bem na vila, até que um dia, zé canário e tonhão se estranharam no boteco do pedro da maria, através de um terrível bate boca. Os dois tinham bebido além da conta e assim, começaram a trocar insultos, se atracando numa briga até na rua, chamando a atenção de quem passava. Se não fosse a polícia, naquele tempo conceição tinha uma delegacia, a luta poderia acabar em morte, no entanto, mesmo sendo apartados, continuavam trocando farpas, e foi nesse momento, que tonhão o ameaçou, Preste bem a atenção, zé canário, vou matar você, a sua mulher e os seus filhos!. Em se tratando do zé canário, que nunca levou desaforo pra casa, nesse ínterim, incrivelmente, perdeu a língua, baixou a cabeça e foi embora pra casa. Ninguém acreditava no que via, um dos que estavam perto comentou, Nunca vi o zé assim, isso não é nada bom, tenho um pressentimento muito ruim. No dia seguinte, tonhão, já completamente sóbrio, nem lembrava mais da ameaça que fez ao rival, arriou o seu cavalo e partiu a negócio pra uma vila, distante 5 quilômetros, chamada recreio, que estava crescendo muito, devido à estrada de ferro, the leopoldina railway company limitade, implantada pelos ingleses. A estrada entre conceição e recreio cortava uma imensa mata, mais conhecida naquele tempo como capoeira, e tinha no meio do caminho, uma enorme e frondosa figueira, formando assim um ambiente que atiçava muito medo nas pessoas. Pois bem, zé canário acordou praticamente sóbrio, mas com a ofensa do algoz lhe atormentando as ideias, tomou o café matinal com a sua mulher, dona maroca e os filhos, tãozinho, chiquinho e mariinha, e, logo em seguida, chamou a esposa na sala e disse, Feche as portas e as janelas, porque eu vou sair pra caçar. Mas porque fechar a casa toda?, Não é nada não, faça o que estou mandando!. E assim, beijando a companheira, pegou a espingarda, o chapéu, e saiu. Nesse dia, o assunto, em conceição, foi um só, a briga e a ameaça, ninguém falava em outra coisa. Pois é, à noitinha, zé canário voltou pra casa, trazendo uma paca pro jantar, seu rosto parecia pesaroso e desta maneira, tomou um banho, e de barriga cheia, foi dormir. Na manhã seguinte, um cavaleiro ofegante e muito nervoso, vindo de recreio, chegou gritando, Mataram o tonhão, mataram o tonhão!!!, indo direto pra delegacia, onde contou tudo o que viu, Delegado, você conhece bem aquela grande figueira, pois é, vindo de recreio, eu vi um corpo caído no chão perto dela, cheguei pra averiguar quem era, e deparei-me com o compadre tonhão, mortinho da  silva, com um tiro no coração. Enquanto falava, o povo muito assustado, foi se aglomerando no lado de fora da delegacia, afim de saber melhor o que tinha acontecido. Na verdade, inimigo é que não faltava pro tonhão, no entanto, o número 1 era o zé canário, que foi logo chamado na delegacia, várias vezes, pra depor. Calmo, como de sempre, negava o crime, dizendo sempre a mesma coisa, Seu delegado, eu não matei ninguém. E o delegado sempre batendo na mesma tecla, O seu vizinho bastião me disse que viu você trancando a família em casa, e saindo com uma espingarda à tardinha. Enfim, o tempo passou e o caso foi dado por encerrado, pois não havia nenhuma prova. Autor ou não do assassinato, zé canário continuou a sua vidinha e o crime acabou caindo no esquecimento. Como a paz dura menos que a guerra, numa noite com a lua cheia pairando sobre a torre da igreja de nossa senhora da conceição, um homem a cavalo, correndo muito, brotou da escuridão, vindo de recreioacordando todo mundo com os seus berros, até na pracinha da capelinha, Eu vi uma assombração na figueira, eu vi uma assombração na figueira!!!. Desta maneira, parou o corcel na frente do botequim do pedro, pra tomar uma pinga pra se acalmar, e, como num passe de mágica, de repente o recinto encheu de gente, e o assustado homem, anacleto era o seu nome, mais tranquilo, começou a contar, Eu estava vindo de recreio, a lua estava clareando bem a estrada, de repente surgiu uma luz no fundo da capoeira me seguindo, confesso que fiquei com muito medo, agora, quando ela se adiantou e parou na figueira, me deu a impressão de que estava me esperando e estava mesmo, tanto assim que nesse exato momento, algo pulou no meu cavalo atrás de mim, cheguei a sentir o contato e até ouvir a respiração da coisa, e como se não bastasse, o fantasma com uma voz chorosa, começou a se lamentar, Foi o zé que me matou, foi o zé que me matou!, totalmente horrorizado, meti a espora no meu cavalo e aqui estou, tremendo que nem vara verde. Acontece que hoje nem tanto, mas antigamente as pessoas acreditavam muito em assombração, tanto assim que o delegado aceitou o depoimento do morto e mandou prender o zé canário, daí pra frente não se sabe ao certo se ele foi julgado e condenado.

NOTA: Na minha infância, eu ouvia muitas histórias do meu pai e dos incontáveis parentes de conceição, sei que a maioria era inventada, o que me dá a liberdade de inventar mais ainda, também. Na verdade, antes da escrita, todos os povos passavam seus conhecimentos para as gerações seguintes, contando e cantando histórias.

anibal wf. jf, 29.04.2021

segunda-feira, 26 de abril de 2021

DE COMO VOCÊ DEVE SABER O QUE ACONTECE QUANDO UM VAMPIRO ENTRA EM SUA CASA.

Todo vampiro é muito educado, ele não entra em sua casa, sem ser convidado, mas se você abrir a porta, já era. Deste modo, uma verdadeira tortura se inicia, desde o momento em que ele entrou até na hora de ir embora. Sua visita demorará horas infindáveis, isso se ele não ficar pro dia seguinte. O curioso é que, geralmente, costuma chegar antes do almoço, e assim, vai ficando até o café da tarde, parecendo ter todo o tempo do mundo. Atenção, é a partir daí, que você começa a se sentir mal, com a sua energia se esgotando. Acontece que, o vampiro deste tipo acha que você é um desocupado, obrigando-lhe a fazer sala o tempo todo. Pois é, quando chega neste patamar, o inferno se descortina. Pra piorar a situação, este vampiro é tão calado, que chega a dar tédio. Então, mas quando o vampiro se sente totalmente saciado, ele começa a ficar cabisbaixo. Isto já me aconteceu e eu caí na asneira de lhe perguntar, O que houve?, e de ouvir o que não queria, Você, com os seus agrados, não me deixa ir embora!. Meu caro ou minha cara, este é um dos piores vampiros que eu  conheço, eles chegam com a cara de quem não quer nada, todavia, vão ficando, ficando, ficando..., e a gente, vai só definhando, definhando, definhando... [ss]

anibal wf.
[saber salva] 
jf, 26.04.2021

domingo, 25 de abril de 2021

O PASSAMENTO DO MEU AMIGO JORGE MIRANDA RIBEIRO

 


acabei de receber a inaceitável notícia do passamento do meu amigo, jorge miranda ribeiro. eu sabia que ele estava com a ‘maldita gripezinha’, todavia, não esperava um desfecho tão trágico assim. pois bem, conheci o jorge miranda, através da turma: ‘tumá’, iraní, natal, gilberto peres, paulo afonso, ‘moleque bonito’, marinho e outros, que não me lembro agora, em 1964. nós fazíamos parte do jec (juventude estudantil católica), movimento coordenado na época pelos padres, juarez e mauro. Jorge, cataguasense de nascimento, mas recreiense de coração, era aposentado pelo incra, mas nunca parou, sempre atuante, tanto assim que, escreveu vários livros, que são consultados, atualmente, nas faculdades afins, sobre reforma agrária e urbana, assunto de sua especialidade. Além de advogado, Jorge era bacharel em administração de empresas pela upis (df), bacharel em direito pela antiga aeudf e pós-graduado em direito público pelo ipcjb (df). sendo assim, particularmente, devo muito ao Jorge, porque se não fosse ele, eu não estaria mais desenhando o ‘esdobão’, ele acreditava mais no personagem, que criei, do que eu. tudo começou quando ele me procurou pra ilustrar o seu livro, que estava escrevendo sobre o recreio de sua juventude, no princípio relutei, mas ele acabou me convencendo, e hoje vejo que ele estava certo. todas às vezes que desenho um esdobão, eu sempre penso nele, e agora, mais ainda!.

anibal wf. 
jf, 25.04.2021

sexta-feira, 23 de abril de 2021

DE COMO DEVEMOS DESCOBRIR UMA MANEIRA PRA SE LIVRAR DAS GARRAS DE UMA VAMPIRA PODEROSA.



se você não tem respaldo em casa, se a família está sempre indiferente às suas reclamações, pode escrever embaixo: você está sendo vampirizado, suas energias estão cada vez mais rarefeitas, você está à mercê da pior vampira que existe, ou seja, a sua própria família. confesso que é realmente uma situação terrível, eu não gostaria de estar na sua pele. no entanto, veja bem, se em casa não lhe dão o devido apoio, algo muito errado está acontecendo, você se encontra perdido num mato sem cachorro, mergulhado num ninho de vampiros, completamente indefeso. neste caso, a única coisa a fazer é não entregar os pontos, lutar pra sair das garras desta vampirona, sei que o seu caso é muito difícil pra resolver, todavia, tem sempre um jeito de sanar esta drástica situação. por exemplo: você já parou pra pensar que o vampiro da sua família pode ser você mesmo?, pense nisso!.

anibal werneckfreitas, jf, 24.04.2021 


quinta-feira, 22 de abril de 2021

DE COMO O SACRISTÃO FAUSTINO PERDEU AS ESTRIBEIRAS EM PLENA PROCISSÃO DO SENHOR MORTO, NUMA SEMANA SANTA EM CONCEIÇÃO DA BOA VISTA.


esta história ocorrida no final do século XIX, em conceição da boa vista, é realmente verdadeira, segundo muita gente. tudo começou com o sacristão faustino, baixinho, taludo, ranzinza, mas totalmente dedicado ao seu serviço de sacristão. pra ele era deus no céu e o padre idelfonso na terra. tanto assim que não admitia nenhum erro cometido por parte dos fieis na igreja, e quando acontecia, ele já chegava implicando: "agora não é hora de ficar sentado, e sim, ajoelhado de cabeça baixa, porque o padre está consagrando a hóstia e o vinho, ou seja, o corpo e o sangue de cristo". seu procedimento era assim durante a missa inteira, do introibo ad altare dei até o, ite, missa est, porque naquela época o culto católico era em latim. pra você ter uma ideia, certa vez, o faustino tirou uma mulher do templo, porque ela não estava trajando um vestido adequado ao momento, o marido dela quis tomar satisfação, e o pau quase quebrou. pois é, o faustino não tinha jeito mesmo. no entanto, quando o padre idelfonso chamava a sua atenção, ele acatava a bronca numa boa, todavia, num piscar de olhos, lá estava o faustino fazendo das  suas. tanto assim que as beatas sempre reclamavam dele: "seu padre, o faustino nos vigia o tempo todo, e agora deu pra falar que nós somos fofoqueiras". caro leitor, uma pausa, mas cá entre nós, com todo o respeito, nisso o faustino tinha razão de sobra. o problema é que esta situação belicosa entre o faustino e os fieis estava se agravando e isso começou a preocupar o pároco vigente. a juventude, por sua vez, com o arrobo que lhe é peculiar, começou então a hostilizar o sacristão, chamando-o de colete-preto, porque ele usava um colete desta cor constantemente, pois sabiam que este apelido o deixava muito irritado. então, uma vez, em plena semana santa, numa procissão do senhor morto, saindo da capelinha na pracinha até à igreja matriz no alto do morro, aconteceu um terrível inesperado, tudo por causa de uma música sacra muito conhecida naquela época. ela era como um mantra, com os fieis cantando: "os anjos, todos os anjos, os anjos, todos os anjos...", sendo na frente do cortejo, o padre e o sacristão puxando a cantoria. acontece que, num dado momento, uns jovens começaram a mudar a letra: "os anjos, colete-preto, os anjos, colete-preto...". mas pra quê, não deu outra, o faustino, fulo da vida, virou pros engraçadinhos, e revidou: "colete-preto é a p... q... p..., colete-preto é a p... q... p...!", é isso mesmo o que você pensou. enfim, depois desse vexame, em frente à igreja, com o padre totalmente destrambelhado, junto ao esquife, a notícia carece de exatidão, mas que foi assim, foi!

NOTA, na minha infância, esta história era muito contada pelos mais velhos, muita gente jurava a sua veracidade, eu tenho pra mim a nítida certeza de que ela realmente ocorreu. quanto aos nomes e as passagens no texto são pura ficção, é como dizia nelson rubens: "eu aumento, mas não invento". pois bem, naquele tempo, o padre celebrava a missa em latim, de costas pros fieis. a tradução de introibo ad altare dei é, subirei ao altar de deus, e de ite, missa est é, ide, a missa terminou.

FOTO, a pracinha com a sua capelinha, na parte baixa de conceição da boa vista, distrito de recreio, mg.

anibal wf. 26.04.2021


terça-feira, 20 de abril de 2021

DE COMO UM RAIO TIROU O MARTELO, DA MÃO DO PEDREIRO 'TAVINHO', LANÇANDO-O NO SINO DA TORRE DA IGREJA DE CONCEIÇÃO DA BOA VISTA.



tavinho era um pedreiro muito procurado em conceição, hoje, distrito de recreio, mg. homem simples e trabalhador, criava sozinho os três filhos, porque tinha perdido a mulher no último parto, o que tornou sua vida muito difícil. na época do tavinho, século XIX, conceição era uma paróquia pertencente a leopoldina, mg, e o pároco afonso de oliveira, era muito querido entre os seus paroquianos. tavinho era o seu pedreiro-mor, toda obra na igreja ficava por sua conta. então, um dia, padre afonso o chamou e lhe disse, "tavinho, no campanário, ou seja, no lugar onde fica o sino, tem umas tábuas se soltando, trazendo muito perigo pro meu sacristão, porque as badaladas provocam trepidação". "padre, fique tranquilo, que hoje mesmo vou dar um jeito nisso". O pedido do padre foi de manhã e de tarde, tavinho já estava na torre do templo, resolvendo o problema. acontece que, enquanto trabalhava, começou a armar uma chuva muito forte, e de repente tudo escureceu. o padre na sacristia, ficou muito preocupado com o tavinho na torre, e, sem perda de tempo, saiu correndo pra fora da igreja, gritando, "tavinho, desça daí, está vindo um temporal!". "agora não seu padre, já estou terminando o serviço!". enquanto respondia, um raio cruzou o céu e caiu justamente na torre, arrancando-lhe o martelo de sua mão, lançando-o de encontro ao sino, provocando várias badaladas, devido ao forte impacto. vendo isso, padre afonso gelou dos pés à cabeça, e muito assustado, correu até a torre, mas infelizmente, encontrou o tavinho estirado no chão, sem vida. devido a este triste desfecho, tavinho deixou os seus filhos órfãos de pai e mãe, obrigando-os a procurar ajuda aos parentes em recreio e em leopoldina. depois da trágica morte do tavinho, as pessoas de conceição sentiram muito a sua falta, todavia, com o passar do tempo, uma história intrigante começou a aparecer, como a do seu anacleto, homem muito respeitado no povoado, "estava armando uma tempestade daquelas e de repente um raio seguido de um trovão me fez ouvir o sino da igreja badalar sozinho, na mesma hora eu me perguntei, será que é a alma do tavinho?, cruz-credo!", outros começaram a contar a mesma experiência macabra. 

NOTA, esta lenda até na década de 50 era muito contada em conceição e em recreio. no texto, os nomes são fictícios.

FOTO, igreja de nossa senhora da conceição, de conceição da boa vista. o vocábulo 'conceição' é sinônimo de 'concepção'. o dogma, proclamado por pio IX no fim do século XIX, afirma que a mãe de jesus, maria, foi concebida sem a mancha do pecado original, isto é, de forma imaculada (pura).

VÍDEO, escolhi a música, 'conceição, assombração...', que compuz em 1987, para ilustrar este texto, porque ela fala justamente no sino que toca sozinho, assustando muita gente.

anibal werneckfreitas, jf, 21.04.2021

segunda-feira, 19 de abril de 2021

19 DE ABRIL, SALVE O DIA DO ÍNDIO!


neste brasil, quase sem memória, estamos mais pra protesto, que comemoração, em se tratando dos nossos primeiros brasileiros, ou seja, os índios, e pra piorar estamos num governo que não dá a mínima pra cultura, um absurdo, como se não bastasse a pandemia, é desgraça demais, mas mesmo assim: "salve o dia dos índios.

domingo, 18 de abril de 2021

DE COMO UM HOMEM CHAMADO CABRALINHO FOI PARAR NO CEMITÉRIO DE CONCEIÇÃO DA BOA VISTA, DISTRITO DE RECREIO, MG, ALTAS HORAS DA NOITE, PRA PEGAR UM OSSO.



Esse fato, ocorrido em conceição da boa vista, distrito de recreio, mg, começou no boteco do quirininho, que numa certa noite, chamou no balcão um dos seus fregueses, e lhe desafiou num tom muito sério: "cabralinho, tenho aqui um dinheiro e ele é todo seu, se você tiver coragem de ir no cemitério buscá um osso!". já 'bem calibrado' cabralinho lhe respondeu: "uai, é pra já!, pode deixá que eu vou buscá esse osso!", e assim, tomando mais um gole, saiu correndo como um louco em direção ao campo santo. por sua vez, quirininho imediatamente o seguiu por um atalho, que poucos conheciam, chegando primeiro, onde rapidamente se enrolou num lençol branco, ficando à espera do dito cujo, escondido atrás de um túmulo. quando cabralinho chegou, a noite sem a lua não dava pra ver direito, todavia, ao se aproximar dos ossos, ouviu uma voz cavernosa: "Cabralinho, não mexe em nada!" mas como não se assustava facilmente continuava a fazer o serviço, cada um que punha as mãos, lá vinha a reprimenda: "não, este aí é da minha avó, este é do meu avô, este é do meu pai, este é da minha mãe!", enfim, quando pegou o último osso, quirininho apareceu como um fantasma raivoso, vociferando: "Este osso é meu!, este osso é meu!". muito apavorado, cabralinho saiu do cemitério como uma 'bala', mas com o osso agarrado no peito. rindo muito, quirininho voltou pro seu botequim pelo caminho mais curto e, calmamente, ficou esperando o 'corajoso' que chegou com o coração na boca e muito ofegante,  jogando simultaneamente o osso em sua direção: "taí o que você me pediu, me dá meu dinheiro pra cá!", o pessoal no botequim não acreditava no que via, o osso estava realmente sobre o balcão, e era um fêmur. 

NOTA: esta história contada pelo meu pai, antônio hygino, muita gente afirma que aconteceu realmente, tanto assim que foi muito contada em conceição e em recreio até no final dos anos 50. Ela se encontra na p. 4, fanzine, mar de morros, nº 40, novembro de 2002. 

segunda-feira, 12 de abril de 2021

DE COMO OS VAMPIROS SUGAM A ENERGIA DA VÍTIMA ATRAVÉS DUM SOM ALUCINANTE DE LEVAR QUALQUER UM À LOUCURA. .



As casas comerciais, principalmente aquelas que vendem eletrodomésticos, cujos nomes não preciso mencionar, até porque não quero fazer propaganda, vampiram constantemente, sugando a energia dos cidadãos que pagam seus impostos, como este que vos fala. Pois bem, estas casas estão sugando nossas energias com propagandas em suas portas acima dos decibéis permitidos e ainda por cima com uma música que podemos chamá-la de ‘bate-estaca’ o tempo todo, transformando assim numa terrível tortura. Dizem que a rússia, por exemplo, está desenvolvendo uma arma sonora que tira a energia das pessoas ao ponto de matá-las. Naturalmente são vampiros que estão desenvolvendo tal aberração bélica. Um dia meu amigo me disse: "Moro perto de uma dessas lojas vampiras e estou sentindo que estou perdendo minha energia, estou até pensando em procurar um médico, não aguento mais, é um 'tum-tum-tum' o dia inteiro, tanto assim que comprei um tapa-ouvido e não adiantou nada, porque lá no fundo a gente continua ouvindo o maldito ‘tum-tum-tum’ tirando a energia da gente, é o mesmo que perder o sangue aos poucos até não aguentar mais, tenho pena dos empregados destes lugares vampirescos, devem chegar em casa bombardeados com este bate-estaca martelando os ouvidos direto e reto!". Esse meu amigo tem razão, a triste verdade é que tem vampiros por todos os lados, cada um com a sua arma específica e tem uns que viram até presidente.

anibal werneckfreitas, jf, 13.04.2021

sábado, 10 de abril de 2021

DE COMO CONCEIÇÃO DA BOA VISTA, DISTRITO DE RECREIO, NUNCA CHEGOU A SE TORNAR CIDADE.


Sempre gostei de misturar história com estória. Pois bem, a que eu vou contar aqui é sobre conceição da boa vista, distrito de recreio mg. No século XIX ainda tinha muitas terras nas mãos dos índios puris. Conceição por exemplo foi comprada deles pelo antônio bernardes da rocha, cujo pagamento foi uma junta de bois e uma mula brava. Naquela época, a
 mula era muito mais valorizada que o cavalo. Dom pedro I, por exemplo, no grito do ipiranga, usou mulas na viagem que fez até são paulo porque elas são mais fortes, tanto assim que os tropeiros as utilizam até hoje. Então, conceição no início tinha o nome de 'arraial das taquaras' e assim por muito tempo o povo passou a chamar de 'conceição das taquaras'. Meu pai quando era indagado sobre a sua origem, dizia com muito orgulho, "Eu sou de conceição das taquaras!", e ria em seguida. Voltando ao antônio bernardes, esse continuou adquirindo mais terras com o seu pagamento peculiar, ou seja, pagando muito pouco. Deste modo ele passou a ter problemas na administração do seu enorme patrimônio e assim doou cinco alqueires pro francisco antônio dos santos e outros cinco pro laureano de carvalho, ambos fazendeiros, é claro. Pois bem, nossa história começa com o padre joão, que era negro, celebrando a santa missa na capelinha da pracinha do lugar. E assim, num dado momento, o sacerdote observou que dois homens estavam com a camisa de manga curta, sendo um o antônio bernardes e o outro seu genro antônio j. tavares. O que ambos estavam fazendo era considerado o maior desrespeito para com a santa madre igreja. Pois bem, mesmo assim a missa corria normalmente, mas no final do culto, o padre virou pros dois e calmamente os criticou, "Se fosse pra ver o imperador ou o governador da província, certamente colocariam a melhor roupa, no entanto pra visitar deus, vocês vão de qualquer jeito!", A reprimenda do padre foi o bastante pra deixar furioso antônio bernardes que incitou o povo em voz alta, "Vamos surrar este negro atrevido, vamos surrar este negro atrevido!!!". Depois desse acontecido o padre joão ficou muito aborrecido e resolveu ir embora. Contam que ao sair do povoado, ele limpou a poeira das botas e jogou uma praga, "Este lugar não vai mais pra frente!!!". Acontece que segundo a crendice popular, isso foi um dos motivos, pelo qual o distrito conceição da boa vista, apesar de ser mais antigo que recreio, nunca chegou a se tornar cidade.

NOTA: O padre joão foi o segundo sacerdote da paróquia de conceicão da boa vista, e o primeiro, frei bento. Conceição teve dois bispos famosos, dom prudêncio gomes da silva, bispo de goiás e dom josé maria parreira lara, bispo de santos. Os dados históricos deste texto foram colhidos no artigo 'conceição da boa vista' de joaquim ricardo machado, p.11 do fanzine 'mar de morros', edição 115 de 2010.

FOTO: A capelinha da pracinha de conceição, onde foi celebrada a missa citada no texto. A última vez que assisti a missa nela, foi uma encomendada pelo meu pai ao pe. higino latek pela alma da minha avó, ana higyno.

anibal werneckfreitas, jf, 10/04/2021.

DE COMO A SEGUNDA FEIRA TEM A VER COM OS VAMPIROS SUGADORES DE ENERGIA.



Realmente, a segunda feira é o pior dia da semana, aliás, pra mim ela já começa vampirando muita gente com o seu hálito, a partir da tarde de domingo. A coisa é tão braba, que existe até um filme chamado, 'odeio segunda feira', no qual uma jovem, neste sinistro dia da semana, mata dois colegas e um professor, na escola. Pois é, pelo visto, este problema é universal. Pra mim, segunda feira tem a ver com os vampiros, acho que é o dia deles, só pode ser, não tem outra explicação. Você pode achar que eu estou inventando, até entendo, mas uma coisa é certa, "Você nunca sentiu algo sugando sua energia numa segunda feira?".

anibal werneckfreitas, jf, 03/04/2021.

quinta-feira, 8 de abril de 2021

DE COMO UMA MULHER TODA DE BRANCO ASSUSTA OS MOTORISTAS QUE PASSAM À NOITE NA ENTRADA DE FURQUIM DISTRITO DE MARIANA MG.



Mariana das minas gerais é a cidade mais mal assombrada do brasil, cinquenta por cento da população é unânime em dizer, "Eu já vi uma assombração". Tanto assim que um vigia do ichl dessa localidade pediu veementemente a sua transferência pro outro prédio da mesma instituição porque estava muito assustado, "Eu vi com os meus próprios olhos um padre atravessando as paredes lendo o seu breviário como um fantasma me assustando muito". Conta a lenda que esse padre foi encontrado morto com o pescoço todo dilacerado no altar de uma igreja antiga e inacabada da cidade. Portanto, são inúmeras as histórias macabras como por exemplo a que vou contar. Tudo começou num trágico acidente de ônibus na entrada do distrito de mariana chamado furquim em 1970. O relato do seu joaquim que viu o acidente em frente a sua casa é bastante enfático, "Foi terrível, o ônibus rolou 120 metros morro abaixo, os gritos dos passageiros foram alucinantes, eu e mais os meus amigos corremos logo pro local, o ônibus estava completamente destroçado, entre os mortos muita gente gemendo de dor, mas o que mais me chamou a atenção foi uma moça vestida de noiva sem o dedo da aliança de noivado, procuramos o dedo em vão e foi muito triste vê-la tão bonita mas sem vida". Pois é, depois desse escabroso desastre começou a aparecer uma mulher vestida de branco pedindo carona durante a noite no local fatídico. E aqueles que lhe negam carona se assustam com ela no banco traseiro do carro chorando e suplicando, "Ajude-me a encontrar a minha aliança, vou me casar, meu noivo está me esperando no altar". E assim ela sempre desaparece como num passe de mágica. Muitos que presenciam esse momento horrendo, falam sempre a mesma
 coisa. Já o seu joaquim que a resgatou morta nunca mais voltou àquela parte da estrada porque até hoje a mulher de branco aborda os motoristas que passam por essa rodovia na entrada de furquim.

anibal werneckfreitas, jf, 09/04/2021.


terça-feira, 6 de abril de 2021

DE COMO UM HOMEM QUE ESTEVE NA GUERRA DO PARAGUAI, 1864 A 1870, FOI PARAR EM RECREIO, MG, ONDE TRABALHOU COMO ALFAIATE ATÉ A SUA MORTE.



A Guerra do Paraguai (1864 - 1870) foi o maior conflito bélico da América do Sul no século XIX em pleno governo monárquico de D. Pedro II. Naquela época depois da guerra muitos heróis surgiram e um deles oriundo de Vassouras rj. mudou-se para recreio mg. onde por um bom tempo exerceu a profissão de alfaiate. Na verdade sua alfaiataria estava sempre cheia de gente não para encomendar um terno e sim para ouvir suas histórias mirabolantes sobre a guerra do paraguai. Ele tinha o costume de mostrar um longo ferimento de lança no omoplata esquerdo com muito orgulho, "Estão vendo esta enorme cicatriz? fui pego de surpresa mas consegui matar quem me atacou e foi preciso de muita coragem". Assim nosso herói gostava de esticar a prosa. Não se sabe como ele conseguiu uma foto da guerra do paraguai, coisa rara naquele tempo. Ele a exibia na parede com uma moldura muito gasta. Todos que iam à sua alfaiataria olhando pro quadro sempre perguntavam se ele estava nele. Imediatamente respondia com muita convicção, "Eu sou o último dos que estão sentados da esquerda para a direita!". E desta maneira levava o seu cotidiano fazendo ternos e contando histórias bélicas. Tinha uma que ele contava com lágrimas nos olhos, "Gente, vocês não sabem o que é uma guerra, vocês não imaginam o que eu vi nela, só pra terem uma ideia o paraguai perdeu dois terços da sua população. Por fim, mães foram obrigadas a mandar pra essa luta sangrenta seus próprios filhos ainda crianças. Não dá pra imaginar uma mãe vendo o seu filho morrer nas mãos de um soldado adulto?. Pois é, tudo foi realmente muito assustador ver inocentes pagando com a própria vida os caprichos dos poderosos, tanto do imperador d. pedro II quanto do ditador paraguaio solano lopez, cujo crime era chegar até o mar porque sendo assim seu país não teria mais condição de crescer. E quando era indagado sobre quem foi o principal comandante do exército brasileiro, respondia, "Foi o conde d'eu marido da princesa isabel filha de d. pedro, era um francês ponderado que dava ordens ao duque de caxias que por sua vez chegava a proceder por conta própria, cheguei a ouvir coisas terríveis dele que além de muito cruel diziam que ele colocava veneno muito forte nos rios matando muita gente. Quando a prosa chegava nesse ponto sinistro, o alfaiate não respondia mais nada ficando num silêncio sepulcral continuando a cortar o pano e as pessoas já sabiam, uma a uma iam saindo do recinto pra voltarem no dia seguinte e começar tudo de novo porque todo dia ele contava uma história diferente da sua experiência na guerra do paraguai.

NOTA: Os dados históricos foram extraídos do livro, 'sertões dos puris', de heitor de bustamante, página 81. Quanto ao nosso herói, cujo nome a história não registra viveu e morreu em Recreio no ano de 1916. Deste modo, quero frisar que parte do meu texto é pura ficção. 

Anibal werneckfreitas, 07/04/2021.

segunda-feira, 5 de abril de 2021

HOJE É DIA DOS FILHOS.

 


Parabéns, meus filhos, filipi, ecila e anibal, pelo seu dia. Continuem sempre do jeito que são. Sua mãe e eu temos um grande orgulho de vocês, que são o nosso maior presente, e a nossa maior felicidade. Mais uma vez, as nossas congratulações, alice e anibal.

domingo, 4 de abril de 2021

DE COMO EU CONHECI UM HOMEM, QUE SE DIZIA TER SIDO ESCRAVO, NUMA VIDA PASSADA, E MORTO A MACHADADA.


Esta história realmente aconteceu comigo. 
Tudo começou quando eu passei no concurso estadual de história, pra dar aula em pirapetinga, na escola estadual capitão ovídio lima, onde tive que cumprir 2 anos probatórios. Este fato curioso comigo, foi numa viagem de ônibus, de recreio até pirapetinga, passando por volta grande. No veículo, tinha poucos passageiros, quase ninguém, e o trajeto era longo e cansativo. Pois é, não sei porque 'cargas d'água', um negro magro, de estatura mediana, aparentando ser muito pobre, parou o coletivo, entrou e veio sentar justamente do meu lado. E assim, do nada começou a falar em voz alta, "Fui escravo na minha reencarnação passada, no século XIX, eu era um escravo reprodutor na fazenda, dava muito trabalho pros feitores, porque eu brigava muito com eles e vivia fugindo". Observei que às vezes, ele falava de forma um pouco agressiva. Eu, educadamente, lhe dei a atenção e assim, comecei a fazer perguntas, dentro dos meus conhecimentos de história, a respeito do cotidiano na senzala e na casa grande. Sem mentira nenhuma, cheguei até a me arrepiar, porque ele me respondia todas, com uma precisão incrível. Nossa conversa foi muito interessante, porém, o mais assustador, estava pra vir.
Quando o autocarro passou em frente a uma antiga fazenda de café, bem conservada, ele olhou nos meus olhos e, apontando pra uma enorme árvore secular, na frente do casarão, desabafou, "Tá vendo aquela árvore, eu fui morto a machadada, covardemente, debaixo dela!". Dizendo isso, de modo chocante, parou o veículo coletivo e, em silêncio, desceu. O mais intrigante ainda, foi que pela minha janela não conseguia vê-lo mais. Então, aproveitando o momento em que o ônibus estava parado, perguntei ao motorista, "Quem é esse homem, você o conhece?". A resposta foi, "Não!, de vez em quando, esse estranho aparece e desce sempre neste ponto, perto desta fazenda, a gente não lhe cobra nada, já até me acostumei com ele, todavia, ninguém sabe nada a seu respeito". 

NOTA, é bom lembrar que ele não me pareceu drogado e muito menos bêbado, e então, volto a frisar que esta história aconteceu comigo mesmo, desta vez não foi nenhuma ficção misturada com  fatos. 

anibal werneckfreitas, jf, 05/04/2021.

DE COMO A MINA DA PASSAGEM DE MARIANA, MG, É CONHECIDA COMO UM LUGAR ASSOMBRADO, ONDE O FANTASMA DO CAPITÃO JACK, VIVE ASSUSTANDO TODO MUNDO, MONTADO NO SEU CAVALO, SOLTANDO FAÍSCAS, LUZES, E GALOPANDO ATRAVÉS DAS GALERIAS DA DITA CUJA.

 


Assim como em toda cidade histórica, fantasma é o que não falta. Digo isto, porque a história que vou contar está relacionada a lugares assombrados de parar a respiração. Desta maneira, nosso caso, começa a partir de 14 de dezembro de 1936, quando uma inundação na mina da passagem, em mariana, mg, matou 17 trabalhadores. Pois é, depois desse dia fatídico, o fantasma do inglês, cognominado ‘capitão jack’, que foi um dos gerentes da mina, no século XIX, passou a assustar muita gente. Na verdade, a história registra, que o capitão foi um homem muito avarento e exigente, com os seus empregados. Gostava sempre de esbravejar, “Vamos seus molengas, eu quero transformar essa mina na mais produtiva de mariana!”. Acontece que, certa vez, francisco, um pretinho muito franzino, que trabalhava na mina, sentiu-se mal e desmaiou. Imediatamente, seus companheiros pararam de trabalhar, e correram pra socorrê-lo, porém, nesse exato momento, jack os interceptou num gesto brusco, “Voltem todos ao trabalho, depois a gente cuida dele!”, e assim, o pobre homem ficou desacordado no chão gelado. Uns tentaram furar o cerco do patrão, mas foram ameaçados, “Quem não me obedecer, vou mandar embora agora!”. Lamentavelmente, não existe nenhum registro sobre o francisco, depois disso. Então, o capitão jack, alcunha dos gerentes de minas, todos os dias saía a cavalo, da sua residência, em ouro preto, mg, até a mina onde trabalhava. Deste modo, o tempo passou, mas num dia sinistro, foi interceptado por uma explosão, que matou todos que estavam trabalhando na mina, inclusive o capitão jack. Pois bem, voltando à inundação, em 1936, muita gente afirma, que a alma do capitão jack foi atormentada por esse fatídico fato e, desta forma, começou a assombrar as pessoas, com o seu cavalo soltando faíscas e luzes, num galope estonteante, pelas galerias da mina. Até hoje, alguns turistas afirmam sempre a mesma coisa, “Já estive na mina, além dos barulhos estranhos, eu senti um vento forte, de dá calafrios, passando por mim, e no momento, cheguei a ver faíscas, luzes, e fiquei bastante assustado!”. Outros dizem que viram o fantasma do capitão, “Ele se veste todo de branco, com bota e capa, e passa cavalgando e disparando luzes prateadas dentro da mina”.

NOTA, Minha esposa e eu estivemos na mina da passagem, é um lugar bonito, todavia, assustador, começando pelo velho trólei, sustentado nos trilhos, que leva os turistas até a mina, apenas por um cabo de aço, muito usado,   

FOTO, cabine onde fica um homem sentado, controlando apenas um único cabo de aço, que sustenta o trólei, nos trilhos.

Anibal werneckfreitas, jf, 04/04/2021.

 

VENTO SUAVE (Lenira, Armando e Anibal)