existem coisas que
realmente mexem com a razão humana, uma delas é a existência de algo além deste
mundo, que a ciência não explica. sendo assim, o homem procura uma compensação
na crença religiosa, daí a razão dos nossos morros gerais coalhados de
igrejinhas e cemitérios, como se fossem portais para uma outra dimensão. tudo
isso é válido enquanto não implica com o nosso cotidiano, a crença num mundo
imaterial traz um certo conforto, e, assim, dentro desta proposta, nossa minas
gerais prossegue cheia de mistérios, mas também, cheia de tragédias que não
conseguem tirar o seu carisma e sua magia que fazem do nosso estado um lugar
especial e muito cantado pelos seus filhos.
mar de morros (anibal werneck de freitas) mar de morros, mar de amar, / verdes ondas, céu de
puro ar! / minas dos morros, minas de amor, / sinos e catedrais, / minas de
deus, nosso senhor, / és minas gerais! / minas das matas, minas da dor, /
igrejinhas e cemitérios. / chico xavier, disco-voador,/ minas dos mistérios. /
mar de morros, mar de amar, / verdes ondas, céu de puro ar! / folia de reis,
minas da cor, / casarões e sobrados, / minas do milton, mineiro-pau, / minas
dos dobrados. / minas das minas, moças bonitas, / urbanas e rurais, / mulheres
de fibra na construção / das minas gerais! / mar de morros, mar de amar, /
verdes ondas, céu de puro ar! / minas do ouro, xica da silva, / procissão dos
imortais, / de aleijadinho a carlos drummond, / anjos nos portais! / minas de
hoje, forças contidas / entre os desiguais, / minas dos morros, mar de
esperança / das minas gerais! / mar de morros, mar de amar, / verdes ondas, céu
de puro ar! / mar de morros, mar de amar, / verdes ondas, céu de puro ar! / mar
de morros, mar de amar! / mar de morros, mar de amar! / mar de morros, mar de
amar! / mar de morros, mar de amar!
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