HISTÓRIA – 16 [O Gato, Divindade Egípcia]

 

Os povos pré-letrados não foram motivados pela fé e sim pela necessidade de sobrevivência. Todavia, em algumas descobertas, arqueólogos encontraram pilares de 7 toneladas, chegando a 5 metros de altura, num sítio no sudeste da Turquia chamado Gobekli Tepi, nos passando a ideia de que os homens antes de terem suas casas, erigiram monolitos evocando os bons espíritos por uma proteção face à luta por dias melhores. Isto sem levar em conta os vilarejos que cresceram à volta de templos sagrados, onde se desenvolveram as técnicas do plantio do trigo e a domesticação dos animais.

Pois bem, em se tratando dos animais cativos, a princípio o sapiens teve problemas em relação aos adultos, difíceis de serem domados, passando então a lidar com os mais jovens, através de fêmeas férteis. O cordeiro e o cabrito foram os primeiros da fila, seguidos pelo boi e o cavalo. Quanto ao cachorro, este se aproximou da aldeia do homem a procura de comida e, consequentemente, passou a ser um vigia eficaz contra qualquer aproximação do inimigo.

Tirando o cão que hoje virou até bibelô de madame, os demais animais passaram a sofrer terrivelmente nas mãos humanas. O gato, por sua vez, teve mais sorte, e, devido à sua elasticidade física, sem fazer barulho, dando a impressão de aparecer e sumir ao mesmo tempo, acabou se transformando numa entidade divina para os egípcios, ganhando assim toda a proteção possível. Posso estar enganado, mas eu não sei pra que serve o gato, você pode observar, quando o seu dono muda de casa, ele não vai atrás, por outro lado, é incapaz de abanar o rabo, mostrando satisfação, e, quando está roçando a nossa perna, ele está simplesmente nos sondando. Se está chovendo, ele simplesmente fica na janela com o vidro abaixado, vendo o cachorro todo enlameado, recebendo o dono, com a maior euforia. Perdoe-me se você gosta de gato, mas é assim que o vejo, espero que seja ignorância minha.

Devo acrescentar que esta procura do Homo Sapiens pelo Sagrado começou assim que ele tomou consciência de que existia. Por mais que a tecnologia avança, nunca deixaremos a ideia de que exista algo além desta vida. Podemos inventar robôs perfeitos, capazes até de se reproduzirem e de si conscientizarem da sua existência, mas que jamais chegarão a serem como nós, porque a eles faltarão o que chamamos de Sentimentos da Alma. 

 Anibal Werneck de Freitas, é Professor de História, aposentado.

HISTÓRIA – 15 [Os Assentamentos]

 

O Homo Sapiens ao contrário dos outros humanos, como o Homo Ergaster e os Neandertais, passou a plantar e a cuidar dos animais. Isso começou a cerca de 10.000 anos. A partir daí, a Agricultura surgiu em todas as partes do mundo. Assim, os agricultores trabalhavam mais e se alimentavam pior que os caçadores. Esta foi a época da Ditadura do Trigo, ou seja, todo os povos passaram a cultivar este alimento, que passou a manipular o Homo Sapiens ao seu bel-prazer, pois exigia um grande espaço, e muitas matas foram destruídas para o seu plantio, segundo o historiador israelense Yuval Noah Harari.

Pois é, com a agricultura começaram a surgir as classes sociais, e consequentemente, o patrão e o empregado, donde originou o soldado para proteger a colheita do dono, a cada dia mais poderoso. Aliás, até nos dias de hoje, a situação continua do mesmo jeito. Deste modo, os caçadores acuados por um inimigo mais forte, na fuga sobreviviam muito mais que os agricultores, razão pela qual surgiram forças armadas e a criação de Reinos.

Tudo começou com pequenas vilas a 10.000 anos, que foram se aglutinando mediante à mesma língua e aos mesmos costumes, encenando assim as Primeira civilizações, a egípcia, a mesopotâmica, a assíria, a hebraica, a pérsica, etc..., no lado Ocidental do planeta, pois bem, através dos assentamentos, elas foram crescendo de forma vertiginosa, até porque, a fertilidade das fêmeas é de acordo com a fartura. Enfim, até nos dias atuais, lamentavelmente, Israel invade terras dos palestinos, para implantar assentamentos permanentes. É bom lembrar que as guerras começaram assim. A Bíblia está repleta de invasões desta natureza pelos hebreus a mando de Deus, o  que não passa de uma bela forma de se desculpar. A destruição da Muralha de Jericó pelo som das trombetas hebraicas é um exemplo clássico.

Apesar de tudo isso, o homem sempre foi despreparado em relação às mudanças, por mais que produz, nunca superou a fome. A causa está no luxo que gera novas obrigações e novas onerações a cada vez que se aprimora. Veja bem, segundo o historiador Yuval Noah Harari, “Nas últimas décadas, inventamos inúmeros instrumentos que supostamente economizam tempo e torna a vida mais fácil – lavadoras de roupa e de louça, aspiradores de pó, aparelhos celulares, computadores,

robôs, etc, etc, etc...”.

Realmente, tudo isso economiza tempo, o problema é que os gastos são cada vez mais onerantes.

 

Anibal Werneck de Freitas, é Professor de História, aposentado.

HISTÓRIA - 14 [A Era Glacial]

 

A destruição da megafauna australiana foi culpa do homem e não propriamente do clima. As espécies do mar não foram atingidas pelo clima, porque o sapiens estava em terra. Sendo assim, sua presença destruidora ceifou grandes animais, como os diprotodontes e os mamutes, deles tiravam, além do sustento, o marfim para a confecção de objetos, e a pele para fazer roupas e calçados, e, graças a isso, se protegiam do frio com muito mais eficiência, em relação aos neandertais, que não conheciam esta prática, o que foi mais uma razão para o seu extermínio. É bom lembrar que isto ocorreu em plena Era do Gelo, fenômeno que sempre aconteceu de 100 em 100 mil anos, no planeta Terra, a última foi de 75 mil anos. Depois dela, surgiram as primeiras civilizações, como a egípcia e a mesopotâmica, hoje, devido ao aquecimento global, ela foi adiada pra daqui a 100.000.

Concluindo, a primeira onda de extinção da fauna e da flora foi no período em que o homem era coletor, a segunda ocorreu na fase agrícola, e a terceira é a atual fase industrial. Hoje, infelizmente, esta depredação continua através da coivara indígena pra plantar inhame, mandioca, e dos desmatamentos, utilizando serras elétricas e incêndios, para a indústria conhecida como “Plantation”, ou seja, produção em larga escala para exportação, enriquecendo cada vez mais uma minoria, em cima da desgraça da maioria.

A bem da verdade, os nossos antepassados não abraçavam árvores, pelo contrário, destruíam-nas.

Anibal Werneck de Freitas, é Professor de História, aposentado.

HISTÓRIA - 13 [O PREDADOR DE SI MESMO]

Quando a Pangeia se dividiu nos 6 continentes, América, África, Europa, Ásia, Oceania e Antártida, há 4,5 bilhões de anos, sobre placas tectônicas móveis, a fauna, a flora e o homem surgiram de formas diferentes, devido ao isolamento provocado pelos oceanos, Pacífico, Atlântico e Índico. É duro constatar que desde os primórdios da humanidade, o Homo Sapiens vem destruindo toda esta riqueza biológica tão diversificada. A Revolução Cognitiva legou ao Homo Sapiens uma tecnologia que o transformou na espécie animal mais poderosa do planeta Terra, inclusive sobre as demais etnias humanas. É bom lembrar que o homem não surgiu só na África, e sim, em todos os continentes. Pra se ter uma ideia da sua supremacia, os sapiens não desenvolveram nadadeiras, todavia, se transformaram em hábeis marinheiros, comerciantes e pescadores. Os fenícios, por exemplo, foram os primeiros mercadores da História que velejaram pelo Mediterrâneo, dando origem a inúmeras colônias, como Cartago, no norte da África, tão importante quanto Roma. Temos também outra proeza do Homo Sapiens. Por não ter desenvolvido asas como os pássaros, hoje, domina os ares com aviões e naves espaciais. Apesar de todo este progresso, o Homo Sapiens nunca deixou de ser um destruidor compulsivo, veja bem, quando pisou na Austrália, conseguiu exterminar com o canguru gigante e com o leão-marsupial. Até mesmo com o Homem de Neandertal, ele conseguiu dizimá-lo, porque era impossível um Romeu (neandertal) ter um filho com uma Julieta (sapiens). Deste modo, infelizmente, concluo que o Homo Sapiens foi predador de si mesmo.

Anibal Werneck de Freitas, é Professor de História, aposentado.

CAUSOS DE NOSSA GENTE MINEIRA - 14 (A Missa Dos Mortos)

 

Apresentação, Janine WF. Narração, Ann-Louise. Causo, Anibal de Freitas. Rádio Web, radianterecreio.net [saber salva] 26.10.2021.

HISTÓRIA - 12 [A Religião, o Cachorro e o Gato na Vida do Homo Sapiens]

A crença ou a emoção foram concebidas através dos objetos, dando origem às religiões, que os utilizaram para se comunicar com o Sagrado. Está aí a razão, pela qual, as religiões trazem o Sagrado à nossa vida com Igrejas Góticas, Mesquitas Muçulmanas, Ashrams Hindus, Rolos de Torá, Rodas de Oração Tibetanas, Batinas Eclesiásticas, Velas, Incensos, Árvores de Natal, Lápides, Ícones, etc...

Nesta procura do Sagrado, o Homo Sapiens começou a desenvolver sua língua na procura de entender melhor as coisas que estavam acima dele, criando assim, deuses para explicar tudo aquilo que ele não conhecia além deste mundo. Devido a isso, a cultura se desenvolveu em todos os sentidos, principalmente na arte, com músicas, danças e pinturas rupestres para entrar em contato com o Mundo Sobrenatural.
Neste período, o cachorro passou a ser o primeiro animal domesticado, embora muitos historiadores afirmam o contrário, ou seja, à procura de alimento, este animal aproximou das aldeias dos homens, por causa dos restos de comida, há mais de 15 mil anos atrás. Deste modo, em troca do alimento, o cão passou a alertar a presença de inimigos nas imediações, com fortes latidos. Começava assim uma bela amizade entre o cão e o homem. Hoje a coisa chegou ao ponto de os supermercados terem gôndolas só com artigos caninos e, também, felinos, porque os gatos chegaram a serem tratados como animais sagrados no Antigo Egito. Conta a História, que Cambises, Rei da Pérsia, num combate com os egípcios, levou na frente do seu exército, milhares de gatos. Os egípcios quando viram aquilo, não tiveram a coragem de lançar uma seta pra não ferir os animais. Deste modo, Cambises ganhou a batalha facilmente e invadiu o Egito, onde matou o Boi Ápis, que era venerado pelos sacerdotes do Faraó. Conta a História, que Cambises morreu pela própria espada ao descer do seu cavalo, cumprindo assim a profecia de um sacerdote egípcio. 
Pra você ter uma ideia, foi encontrado um túmulo de 12 mil anos atrás, no norte de Israel, com o esqueleto de uma mulher de 50 anos e ao lado dela o esqueleto de um filhote de cachorro. Talvez, o cachorro fosse um presente para o guardião do Outro Mundo. 

Enfim, graças ao contato com o sapiens, cachorros e gatos sobreviveram e se proliferaram numa quantidade assustadora.

NOTA: Hoje, com a Internet, facilitou em muito a condição de passar conhecimentos, para um número considerável de pessoas, e, por isso mesmo, como professor aposentado de História, não poderia deixar de aproveitar esta magnífica oportunidade. 

HISTÓRIA - 11 [O Gene-Guloso]

Ainda vivemos, em pleno século XXI, como os nossos ancestrais sapiens, apesar dos aviões, telefones e computadores, digo isso porque ainda continuamos sendo caçadores e coletores. A única diferença é que hoje vivemos mais e a tendência é prolongarmos a vida além dos cem anos. 

Pelo fato de termos vivido muito tempo no período Pré-Agrícola, nosso cérebro continua ainda moldado por esta época de caçadores e coletores, todavia, com uma grande diferença, hoje vivemos oprimidos pelo dia-a-dia, onde temos que matar um leão pra por comida na mesa.
Veja bem, neste período Pré-Agrícola, quando as mulheres encontravam uma árvore com frutas doces, elas consumiam tudo pra não deixar pros babuínos, espécie de macacos muito comuns na Índia. 

Este apetite desenfreado continua em nós até hoje, quando abrimos uma geladeira. O gene-guloso está aí engordando todo mundo, afetando seriamente a saúde. 
Outra razão que nos leva a afinar com esta era, é o aumento gritante do divórcio, sem falar nos casamentos litigiosos. Ao contrário do que muita gente pensa, a monogamia nunca foi o núcleo correto de uma sociedade, porque as tribos que exerciam a poligamia, foram as que deram mais certo, até porque os homens cuidavam bem das crianças por não saber qual era o seu filho. Veja bem, as tribos indígenas brasileiras tradicionais ainda mantêm este costume.
Concluindo este texto, o historiador, Yuval Noah Harari, diz que seria mais correto chamar esta Idade da Pedra por Idade da Madeira, porque os arqueólogos encontram em sepulturas uma quantidade bem maior de artefatos de madeira e de bambu, do que de pedra.

Pode ser um pouco de exagero da minha parte, mas os homens e as mulheres da Pré-História eram muito mais saudáveis, tanto na alma, quanto no corpo. Pelo que os acadêmicos relatam, a possibilidade de crimes por ciúme, de depressão, de preconceito, e de outras anomalias vigentes hoje na nossa sociedade, era praticamente nula, ou seja, o homem, nesta época primitiva, era simplesmente mais feliz.

Apesar de tudo isso, a violência sempre existiu, quando uma tribo se encontrava com a outra, na disputa por alimentos.

NOTA: Hoje, com a Internet, facilitou em muito a condição de passar conhecimentos, para um número considerável de pessoas, e, por isso mesmo, como professor aposentado de História, não poderia deixar de aproveitar esta magnífica oportunidade. 

HISTÓRIA - 10 [A Vênus De Willendorf]

 

O período de conhecimento do Homem foi muito mais significante que o anterior, graças a ele, em algumas partes do globo, surgiu o estágio agrícola. O Homem começou então a plantar e deste modo passou a ter mais tempo pra outras ocupações. Agora ele tinha como confeccionar melhor os seus objetos de caça, tornando-o assim, cada vez mais Senhor da Natureza. Os homens se transformaram em temíveis caçadores e as mulheres em eficientes coletoras. Antes, elas tinham que buscar o alimento em lugares perigosos e muitas morriam, todavia, isto mudou depois que surgiu o plantio, era mais seguro na coleta. A mulher estava sempre carregando as coisas, ora armas pesadas, ora frutas e tubérculos, os índios brasileiros são assim até hoje. É por isso que o sexo feminino está sempre carregando bolsas. Por exemplo, moro no terceiro andar do prédio de uma rua bem movimentada, e, da minha janela, vejo os transeuntes e observo que todas as mulheres estão carregando além das bolsas, sacolas de supermercados e, por sua vez, na maioria, os homens estão sempre de mãos vazias. Isto nos mostra que o passado continua forme e forte, ou seja, as mulheres sempre submissas. Agora, por incrível que pareça, nos primórdios da humanidade, elas eram tidas como seres superiores, por terem o poder de dar à luz um outro ser idêntico. Tanto assim que a Vênus de Willendorf  é um objeto de arte pré-histórico, mostrando a mulher como uma deusa. Mas tudo mudou depois que o homem ficou sabendo que esta magia dependia dele. Sendo assim, passou a usar a sua força física como forma de poder, todavia, apesar de todo o progresso, continuamos os mesmos sapiens de outrora, apenas com algumas diferenças causadas pela evolução biológica, como por exemplo, a diminuição dos pelos no corpo, sendo a calvície o maior indício. Como já disse, o homem daqui a mil anos terá outra aparência, tanto por dentro, quanto por fora. Isto é evidente em crianças que já estão nascendo sem o apêndice. Pois é, o problema é que isto leva milhares de anos pra mostrar um resultado significativo.  É claro que nós não vamos ver esta mudança, porque vivemos muito pouco. Na verdade, nada fica parado na natureza, tudo está em um movimento contínuo. O Budismo sabiamente diz, que a água do rio nunca é a mesma.

NOTA: Hoje, com a Internet, facilitou em muito a condição de passar conhecimentos, para um número considerável de pessoas, e, por isso mesmo, como professor aposentado de História, não poderia deixar de aproveitar esta magnífica oportunidade. 

HISTÓRIA - 9 [Os Mitos]

Os chimpanzés, mais próximos do Homo Sapiens, vivem em bandos com cerca de até 50 indivíduos, sob o comando de um macho alfa. Quando este número de indivíduos aumenta, fica difícil manter a ordem. Neste caso, a ruptura faz surgir um novo bando, passando assim a uma convivência difícil entre ambos na luta pela sobrevivência. No romance, Incrível Mundo Novo, de Aldous Huxley, o autor imagina uma sociedade sob o comando de alfas.

Padrões similares aos dos chimpanzés provavelmente dominaram a vida dos primeiros humanos, incluindo o Homo Sapiens, mas com a diferença de bandos muito maiores, verdadeiras tribos com centenas de indivíduos. Agora, qual o segredo de tudo isso?, é simples, com a capacidade superior dos sapiens, as tribos, que depois viraram nações com milhares de indivíduos, criaram um mecanismo de controle eficaz através de mitos criados pelos homens. Se o mito de uma tribo é o mesmo da outra, ambas se juntarão para enfrentar o inimigo. Por exemplo, se dois estranhos, que acreditam em Jesus Cristo, certamente se unirão para combater outro mito, ou seja, o Demônio.
Deste modo, até hoje, xamãs, médiuns charlatães ludibriam a maioria que acredita na existência de deuses e demônios, contra uma minoria de ativistas, que acredita em Direitos Humanos e fazem de tudo para defendê-los.
Portanto, os sapiens vivem uma dualidade, de um lado a realidade objetiva dos rios, das árvores e dos leões e, do outro, a realidade imaginada dos deuses, das nações e das corporações, sabendo que a primeira (a realidade objetiva), lamentavelmente, está sempre submissa à segunda (a realidade imaginada).
Atualmente, vemos esta situação deplorável na política brasileira, ou seja, um Presidente que foi transformado em mito, e, por mais que ele mente, mais forte fica no imaginário dos seus seguidores. Isto é muito triste, porque o ser humano, na maioria, sempre deu mais crédito nas mentiras (fake-news), do que nas verdades provadas pela Ciência, através de experiências. Pois é, em pleno século XXI, vivemos este triste quadro.

NOTA: Hoje, com a Internet, facilitou em muito a condição de passar conhecimentos, para um número considerável de pessoas, e, por isso mesmo, como professor aposentado de História, não poderia deixar de aproveitar esta magnífica oportunidade. 

HISTÓRIA - 8 [A Árvore Do Saber]

O que levou o Homo Sapiens a conquistar o mundo? Por que o DNA dos sapiens e não o dos neandertais? Os historiadores afirmam que foi por acaso. Não foi a linguagem que o levou a descobrir a Árvore do Saber, até porque os animais se comunicam entre suas espécies emitindo sons. 

Os sapiens podem produzir muito mais sons que os macacos verdes, mas as baleias e os elefantes têm habilidades igualmente fantásticas. O papagaio por exemplo pode proferir qualquer palavra, além de imitar sons de telefones chamando, portas batendo e sirenes tocando. 
Pois bem, a resposta mais comum é a de que o homem tem uma linguagem incrivelmente versátil e subjetiva, já os animais são apenas objetivos. Eles são incapazes de imaginar coisas que não existem. 
Voltando ao homem, este é capaz de compartilhar informações sobre o mundo. Além do mais, o homem é um animal incrivelmente social, como uma forma de se defender melhor dos animais predadores, sabendo que a união faz a força. O mesmo não acontece quando o leão ataca um indivíduo de um grupo de zebras, as demais não reagem em conjunto contra o agressor. 
Quanto à linguagem, o homem a desenvolveu, por incrível que pareça, através da fofoca, coisa que os demais animais jamais teriam condições de fazer. Até hoje o homem continua fofocando, e, pelo visto, vai ser sempre assim. A fofoca é uma linguagem mentirosa e criativa, que não existe entre os demais animais. Você nunca convencerá um macaco a lhe dar uma banana, prometendo a ele bananas ilimitadas após à morte no Céu dos Macacos.
Como já disse, o homem tem uma imaginação fértil, capaz de levá-lo a acreditar em coisas que nunca existiram. Temos como exemplo as inúmeras mitologias, grega, romana, hindu, etc... 
Foi a partir daí que surgiram lendas, mitos, deuses e religiões. 

A expulsão de Adão e Eva do Paraíso, relatada na Bíblia, foi uma forma inteligente de explicar a passagem do Homem, da Pré-História para a História, através da Escrita.

Concluindo, Aqueles que iam ao bosque pra conseguir alimentos, sobreviveram, já os que iam à procura de duendes e fadas, se deram muito mal.

NOTA: Hoje, com a Internet, facilitou em muito a condição de passar conhecimentos, para um número considerável de pessoas, e, por isso mesmo, como professor aposentado de História, não poderia deixar de aproveitar esta magnífica oportunidade. 

HISTÓRIA - 7 [O Homem-Leão De Stadel]

Há 150.000 anos, os sapiens no Oriente Africano, não eram tão inteligentes assim e levavam sempre a pior no confronto com os neandertais. Só a partir de 70.000 anos pra cá é que começaram a fazer objetos especiais como, lanças de madeira com uma pedra pontiaguda, preza por um cipó resistente na extremidade e facas de sílex cortante bem resistente. O primeiro artefato servia para matar qualquer animal, lançado numa distância segura, perfurando a presa fatalmente. Já o segundo, servia para destrinchar o corpo da caça para um melhor proveito da carne. 

Depois disso, bandos de sapiens migraram para as terras do norte do Mediterrâneo e expulsaram os neandertais e outros povos que existiam para o Oriente Próximo.  Deste jeito, os neandertais continuaram povoando o Oriente Médio. Neste período entre 70 a 30.000 anos, surgiram os primeiros barcos, lâmpadas a óleo, arcos e flechas, agulhas de pedra para costurar roupas. Neste período, os sapiens ocuparam terras do Norte da África, do Sul da Europa e do Oeste do Oriente Médio, banhadas pelo Mar Mediterrâneo. É bem provável que neste ciclo, surgem os primeiros indícios de religião, comércio e separação de classes sociais. Foram os fenícios, atuais libaneses, os primeiros a fazer comércio nesta área, criando até colônias como, a famosa Cartago de Anibal Barca, que bem depois, quase destruiu Roma, dentre outras. Essas conquistas causaram uma revolução cognitiva no Homo Sapiens. Tanto assim que uma estatueta em marfim, de 32.000 anos atrás, com o corpo humano e a cabeça de leão, denominada, o Homem-Leão de Stadel, na Alemanha, foi encontrada em 1939, dando-nos a entender que os autores eram tão inteligentes, criativos e sensíveis como nós. 
Este é um dos primeiros exemplos indiscutíveis de arte, provavelmente de religião e da capacidade da mente humana de imaginar coisas que não existem.  

NOTA: Hoje, com a Internet, facilitou em muito a condição de passar conhecimentos, para um número considerável de pessoas, e, por isso mesmo, como professor aposentado de História, não poderia deixar de aproveitar esta magnífica oportunidade. 

HISTÓRIA - 6 [Neanderthal X Homo Sapiens]

 

O fogo foi um marco na química e na biologia do homem. Com ele os humanos passaram a cozinhar seus alimentos e isso trouxe grande benefício, encurtando o intestino e aumentando o cérebro. Enquanto um chimpanzé demorava 5 horas pra comer seu alimento cru, o homem em 1 hora resolvia o problema com o seu cozido.

Por outro lado, o fogo ajudava a protegê-lo dos animais ferozes. Diferente dos animais que gastavam muita energia pra dominar uma única presa, uma simples mulher, com duas pedras, punha fogo, em gravetos, que se alastrava num bosque inteiro, de forma controlada, facilitando depois, a aquisição de animais e tubérculos carbonizados, para alimentar uma tribo inteira. Deste modo, o homem passou a ter tempo pra se dedicar a outra tarefas, que aos poucos foram abrindo novos horizontes.
A maioria dos cientistas concordam que o Homo Sapiens, idêntico a nós, surgiu na África Oriental, prova disso é a civilização egípcia. Daí pra frente se espalhou pela península arábica e também por toda a Eurásia, onde se depararam com outros povos como os neandertais, mais baixos na estatura, cabelos loiros e bem mais fortes na musculatura. Mesmo com essa miscigenação, tanto o homo sapiens quanto os neandertais, permaneceram distintos, por serem os dois povos mais adiantados. Se houve um Romeu Sapiens e uma Julieta Neandertal é provável que a união tenha gerado filhos não-férteis. Ao contrário do que muita gente pensa, os neandertais cuidavam dos seus doentes e debilitados, eliminando a ideia de que eram brutos e estúpidos. O interessante é que os neandertais
desapareceram, todavia, existe uma teoria de que a humanidade é formada de todos os povos que existiram na face da Terra.
Voltando ao desaparecimento dos neandertais, é provável que eles foram dizimados no confronto constante com os sapiens que eram mais inteligentes e tinha uma técnica mais avançada.
É fácil imaginar isso, uma vez que hoje, o Homo Sapiens é capaz de exterminar o seu semelhante por questões como, divergências no credo, competição por recursos naturais, preconceito racial e outras. Agora, pense tudo isso com dois povos distintos, de um lado os neandertais e do outro o homo sapiens, seria o caos. É fácil visualizar um mundo terrível pelas premissas, Jesus seria neandertal ou sapiens?, o Paraíso, dos neandertais ou dos sapiens?, daí por adiante, seria um inferno ainda maior. Só pra você ter uma ideia, o negro, embora Homo Sapiens, é tratado como um Neanderthal nas comunidades brancas hoje em dia, como foi o caso do jovem George Floyd morto por um policial branco, nos Estados Unidos. 

NOTA: Hoje, com a Internet, facilitou em muito a condição de passar conhecimentos, para um número considerável de pessoas, e, por isso mesmo, como professor aposentado de História, não poderia deixar de aproveitar esta magnífica oportunidade. 

HISTÓRIA - 5 [O Homem Ereto]

 

O tamanho do cérebro não corresponde ao saber mais. Por exemplo, o homem neandertal era mais atrasado que o cro magnon (nosso ancestral direto), no entanto, tinha o cérebro maior. 
Com o passar do tempo, o homem, que andava de quatro, passou a bípede, e isto foi determinante para o seu desenvolvimento cultural, se distanciando cada vez mais dos outros animais, porque passou a produzir objetos necessários à sua sobrevivência. Por outro lado, esta postura ereta passou a afetar a espinha dorsal, daí a razão do altíssimo número de pessoas com problema de coluna espinhal, hoje em dia. Por sua vez, esta postura ereta passou a intimidar até mesmo animais ferozes, além de facilitar a esquadriar o território à sua volta. Deste modo, o homem que era intermediário na cadeia alimentar, passou para o topo, digo isso, pelo fato de que, antes, ele se alimentava do tutano extraído do osso da presa deixada pelos predadores como leões e hienas.
As mulheres tinham os quadris estreitos em relação aos demais animais e isso dificultava muito o parto, causando muitos óbitos. Já aquelas cujo bebê nascia prematuramente, o resultado era mais positivo. Deste modo, o homem passou a nascer muito imaturo,
daí,  a diferença dele para com os animais, que já nascem prontos pra procurar sua própria comida. 

NOTA: Hoje, com a Internet, facilitou em muito a condição de passar conhecimentos, para um número considerável de pessoas, e, por isso mesmo, como professor aposentado de História, não poderia deixar de aproveitar esta magnífica oportunidade.

HISTÓRIA - 4 [Os Primeiros Humanos]

 

Segundo o historiador, Yuval Noah Harari, no seu livro, Sapiens, três revoluções definiram a História. A primeira foi a Revolução Cognitiva que deu origem à História, há cerca de 70.000 anos atrás. A segunda foi a Revolução Agrícola, há cerca de 12.000 anos atrás. E a terceira foi a Revolução Científica, há cerca de 500 anos atrás.
Como podemos observar, o homem ficou muito mais tempo na ignorância do que na fase agrícola e científica, juntas, mostrando-nos o milagre da ciência na vida humana, o que não podemos negar de forma alguma.
Embora muita gente refuta esta conclusão, de que há 2,5 milhões de anos atrás, o homem não se diferenciava em nada dos animais, ou seja, vivia em grupos e o seu procedimento não era diferente dos elefantes, vaga-lumes e outros. Na verdade, somos todos descendentes dos primatas e nossos parentes vivos são os orangotangos, gorilas e chimpanzés, que são os mais próximos de nós. E tem mais, através desta evolução, chegaremos ao aparecimento de homens não sábios, o que leva Yuval a fazer a seguinte pergunta, Será que o Homo Sapiens existirá daqui a mil anos?

NOTA: Hoje, com a Internet, facilitou em muito a condição de passar conhecimentos, para um número considerável de pessoas, e, por isso mesmo, como professor aposentado de História, não poderia deixar de aproveitar esta magnífica oportunidade.

HISTÓRIA - 3 [Nem Anjos, Nem Demônios, Eram Humanos]

 

Os primeiros sapiens eram nômades, não paravam em nenhum lugar, procurando alimentos.
Com o advento da agricultura, aos poucos, foram se tornando sedentários e assim desenvolveram a técnica de secar, defumar e até mesmo de congelar alimentos, nas regiões mais frias.
Deste modo, os sapiens foram se aglomerando em pequenas aldeias às margens dos rios ou do mar, porque sem a água não se sobreviveriam.
Daí, civilizações, como a egípcia e a mesopotâmica, surgiram ao longo de rios, como Nilo, Tigre e Eufrates.
Já neste período, os homens procuravam conhecimentos sobre a flora e a fauna.
É bom levar em conta que os coletores-caçadores passaram a ter mais tempo pra fazer outras coisas, porque não tinham pratos pra lavar, tapetes pra limpar, pisos pra polir, fraldas pra trocar ou contas pra pagar. 
Por outro lado, se sentavam e se levantavam com uma tamanha destreza que hoje não a temos mesmo com aulas de yoga ou de tai chi.
Como já disse acima, o homem tinha mais tempo pra brincar com as crianças e, também, pra fofocar.
Ao contrário do que muita gente pensa, eles tinham uma dieta bem diversificada, e assim, recebiam todos os nutrientes necessários pra uma boa saúde.
Agora, as doenças infecciosas surgiram depois que o homem passou a domesticar vários tipos de  animais.
Nem tudo eram flores, idosos e crianças aleijadas eram comumente assassinados, dando origem às religiões com sacrifícios humanos aos deuses.
Os achés, por exemplo, caçadores-coletores que viveram nas selvas do Paraguai até os anos de 1960, matavam os inválidos, os doentes e os idosos com uma crueldade desmensurada, mostrando o lado negro do sistema de caça e de coleta. Só pra você ter uma ideia, quando morria um membro importante da tribo, os achés matavam uma garotinha pra enterrá-la junto. Nem anjos e nem demônios, os achés eram simplesmente humanos.

NOTA: Hoje, com a Internet, facilitou em muito a condição de passar conhecimentos, para um número considerável de pessoas, e, por isso mesmo, como professor aposentado de História, não poderia deixar de aproveitar esta magnífica oportunidade.

HISTÓRIA - 2 [O Totem]

 

O animismo foi praticamente a primeira crença do sapiens. Até à chegada dos europeus no Oeste Americano, os índios cultuavam esta crença, vendo espíritos em tudo que existia na natureza. Quando um pele-vermelha matava um animal, no ato ele lhe pedia desculpas e lhe agradecia pelo alimento que iria lhe proporcionar.
Já os brancos, matavam bisões por puro divertimento da janela dos trens que passavam pelas pradarias. 
Mediante a isso, os pele-vermelhas ficavam indignados e recriminavam tamanha estupidez.
Com o animismo, surge a ideia de espíritos dos mortos, bons e ruins. Assim, o xamã, quem fazia contato com o mundo espiritual, apareceu como um médico do sobrenatural, onde julgava estar as causas das doenças.
Em decorrência de tudo isso, o homem erigiu um Totem, ou seja, um poste de madeira, que ficava no centro da aldeia, para reter os espíritos dos ancestrais e, deste modo, protegerem todos que o rodeavam.
É bom lembrar que o animismo não foi a única crença, haviam outras que não sabemos nada a respeito.
As sepulturas extravagantes encontradas, não nos dizem que se trata de atos religiosos ou hierárquicos. No Egito Antigo, por exemplo, a suntuosidade delas estava mais para a importância do morto na sociedade do que pela religião.

NOTA: Hoje, com a Internet, facilitou em muito a condição de passar conhecimentos, para um número considerável de pessoas, e, por isso mesmo, como professor aposentado de História, não poderia deixar de aproveitar esta magnífica oportunidade.

HISTÓRIA - 1 [A Cortina Do Silêncio]

 

Através das escavações arqueológicas dá pra perceber o quanto os caçadores-coletores eram cruéis. Num levantamento feito em vários sítios pré-agrícolas, no vale do Danúbio, foram encontrados 400 esqueletos, sendo que 18 deles, apresentavam indícios de violência, acusando uma média alta para os parâmetros atuais.
Não vou negar que o homo-sapiens foi muito importante nessa época primordial, todavia, não posso omitir de que ele foi, também, o maior predador do planeta. Aliás, ele continua procedendo assim até nos dias de hoje.
Infelizmente, além de ossos, objetos de pedra e outros artefatos, não sabemos nada sobre a História desse homem caçador-coletor.
Sendo assim, podemos apenas tirar conclusões de que era nômade
e passou a sedentário depois da Revolução Agrícola. É bom deixar bem claro que isso não ocorreu ao mesmo tempo em todas as partes do mundo, haviam tribos adiantadas e outras muito atrasadas. Devido a isso, a violência foi constante e inúmeras guerras aconteceram por invasões ou extermínios raciais.
Os homens que continuavam caçadores se defendiam melhor do inimigo mais forte, devido a facilidade de se locomover para um lugar mais seguro. Já o coletor, pelo fato de ser sedentário, era uma presa muito fácil. Entretanto, você pode me perguntar, Por que as civilizações surgiram a partir das cidades? A resposta é simples, com o passar do tempo, as aldeias foram desenvolvendo um aparato de defesa que culminou na criação de exércitos, que foram ficando cada vez mais bem treinados.
Embora eu tenha minhas reservas, os historiadores afirmam que a partir daí surgiram as classes sociais. Digo isso porque bem antes do surgimento das cidades, já existia uma certa hierarquia social, através do chefe-guerreiro e do chefe-religioso. Na verdade, comparando com os dias atuais, creio que isso nunca deu certo, mas, enfim, como já disse acima, não sabemos praticamente nada sobre seus Napoleões governando pequenos impérios, seus Beethovens com suas orquestras de flautas de bambu, seus profetas carismáticos revelando as palavras do Deus-Carvalho, etc...
Pois é, sobre essa época, infelizmente, paira a Cortina do Silêncio.

NOTA: Hoje, com a Internet, facilitou em muito a condição de passar conhecimentos, para um número considerável de pessoas, e, por isso mesmo, como professor aposentado de História, não poderia deixar de aproveitar esta magnífica oportunidade.

CAUSOS DE NOSSAGENTE MINEIRA - 13 (O Som Vampiresco)