quinta-feira, 22 de novembro de 2012

ETA, MINHAS GERAIS! [Anibal Werneck de Freitas] ]



falar de minas é covardia, não tem chance para ninguém gostar tanto do seu estado quanto o mineiro, apesar dos nossos maus políticos, minas é tão forte que eles não conseguem destruí-la, digo isso porque minas é alma, não tem como separar os átomos da alma [consciência], nem depois da morte, mas também tem uma coisa, eles são poucos, porque a maioria, o povo, este sim, é a maioria esmagadora, o povo não recebe medalhas em ouro preto no dia de tiradentes, porque aquela minas ali não é a nossa, é a dos políticos que não estão dando a mínima para uma boa educação no estado, as greves anuais dos professores são testemunhas de que estou falando a verdade, sendo assim, ofereço esta música ao povo mineiro, eta, minhas gerais!



eta, minhas gerais... (anibal werneck de freitas) quando a noite aporta / nos morros das minhas gerais / traz a lua branca / clareando os capinzais. / quando a noite encena / as serras das minhas gerais / no horizonte escuro / formam enormes catedrais. / eta, minhas gerais! / chão que amo demais! / eta, minhas gerais! / "que não esqueço jamais!" / quando a aurora canta / madrigais das minhas gerais / e semeia ilusões / inflamando os casais. / quando a aurora encanta / os homens das minhas gerais complementam as mulheres / sob a luz dos castiçais. / eta, minhas gerais! / chão que amo demais! / eta, minhas gerais! / "que não esqueço jamais!" / quando o dia acorda / agitando as minhas gerais / abre os raios amarelos / aclarando os desiguais. / quando o dia aflora / descobrindo as minhas gerais / mostra os templos seculares / penetrando os vitrais. / eta, minhas gerais! / chão que amo demais! / eta, minhas gerais! / "que não esqueço jamais!" / quando a tarde toca / o ângelus das minhas gerais / põe minh'alma leve / buscando os ancestrais. / quando a tarde dobra / os sinos das minhas gerais / nossa virgem abençoa / estas terras celestiais. / eta, minhas gerais! / chão que amo demais! / eta, minhas gerais! / "que não esqueço jamais!" / eta, minhas gerais! / chão que amo demais!

anibal werneck de freitas.

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