quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Salve o dia de Cosme e Damião!

Dia que não pode acabar nunca, o dos simpáticos irmãos, Cosme e Damião, porque eles sempre foram a alegria da garotada, através dos saquinhos de doces e balas. 
Salve Cosme e Damião!!!



anibal werneckfreitas, em 27/09/2019, dia de Cosme e Damião.

JESUS É AMOR!!!!!!!!!


Um absurdo quando transformam Jesus Cristo num assassino vingativo e intolerante, e o pior, ninguém se escandaliza com isso. Pra mim é muito desrespeito, mas muito mesmo. Digo isso porque quando ouço que John Lennon foi assassinado, só porque falou que era mais conhecido que Jesus, fico completamente atordoado com tamanha besteira. As pessoas se esquecem de que JESUS É AMOR!!!!!!!!! E se perguntássemos pra ele o que acharia de tudo isso, ele, certamente, responderia, Meu filho, não me interessa ser o mais famoso, o que me interessa, realmente, é o AMOR entre os homens e tudo que lhes ensinei.

anibal werneckfreitas, em 26/09/2019.

Mineiro-Pau de Recreio-MG.

Nosso querido Mineiro-Pau.
Da página 03, do fanzine Mar de Morros, nº 95 de 2008.
É bom lembrar que a música que fiz foi cantada no Mineiro-Pau, em Recreio-MG., cujo ano não me lembro.



quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Geraldo Costa Mato / JAéDEmais


Bomba D'água de1948


Fi-lo porque qui-lo!


Se a amplitude, codificada com a inércia dos parâmetros adicionais e inerentes ao alia jacta est do Supremo Tribunal Federal, ter-se-ia compatibilizada com a Lava-Jato e a Vaza-Jato. Esta lânguida força bipolar criminal, ter-se-ia, também, mancomunado com a  concupiscência estrutural e corruptível da semântica jurídica, pungente e abissal, do processo. Deste impropério, certamente, do cimo da sua cátedra, o juiz parla-se-ia, indiscutivelmente, Fi-lo porque qui-lo!

Nota, É desta forma que os magistrados falam pro povo. Acredito que você não entendeu nada. Nem eu!

anibal werneckfreitas, em 25/09/2019. 

terça-feira, 3 de setembro de 2019

A Lenda da Mulher-Cobra


Desta vez a lenda se refere a uma mulher diabólica e escravista, que tinha um ciúme mortal do seu marido, um fazendeiro de muitas terras e escravos.
Esta fatídica história começou quando essa mulher ruim percebeu que uma escrava muito linda estava chamando a atenção do seu senhor.
Ela era tão perversa que quando um escravo fazia algo errado,  mandava açoitá-lo no tronco até a morte. A bem da verdade, vivia contrariando as ordens do seu amo, parecia que era a dona de tudo.
Deste modo, essa escrava bonita era vigiada dia e noite, mas a demoníaca mulher nunca descobriu nada que a comprometesse em relação ao seu cônjuge. Seu ciúme era doentio.
Em certo dia, estando-lhe ao alcance das mãos o recém-nascido dessa escrava suspeita, ela, iludindo a vigilância dos presentes, meteu a criança no braseiro do forno que preparava para assar mercadorias da fazenda, e ali se conservou até que o fogo destruísse os últimos vestígios de seu crime. Como se tratava da morte dum filho de escrava, ficou tudo por isso mesmo.
Quando essa odiada mulher morreu, tirando a família, quase ninguém foi ao seu enterro. Seu túmulo ainda visível no cemitério de um povoado próximo, muitos anos após, fendeu-se, e, por uma dessas fissuras, penetrou uma enorme surucutinga, que ali também se acomodou.
Então, a esse fato, atribuíram fazendeiros e negros das redondezas, ter a mulher, pela sua maldade, se transformado naquela serpente.
Para não sair do túmulo e assustar as pessoas, este, foi cercado por uma corrente que tem o poder de isolar coisas do outro mundo.
Mentira ou não, este túmulo cercado por corrente está lá no cemitério de Conceição da Boa vista até hoje.


Nota, Esta lenda da Mulher-Cobra está no livro, Sertões dos Puris, de Heitor de Bustamante. O povoado próximo nesta história é Conceição da Boa vista, localidade muito importante naquela época, porque na Semana Santa atraia gente de todos os lados.
Pra concluir, este conto foi inspirado encima da colaboração de Celso Lourenço, no fanzine, Mar de Morros, abril de 2002.
anibal werneckfreitas, em 03/09/2019.

domingo, 1 de setembro de 2019

Coisas estranhas que acontecem com a gente.


Esta história realmente aconteceu comigo. 
Tudo começou quando eu passei no concurso estadual pra dar aula em Pirapetinga-MG, na E. E. Capitão Ovidio Lima, durante 2 anos probatórios.
Assim que cheguei nesta cidade, meu primo, virou pra mim e disse, Eles vão te procurar. Confesso que não levei a sério, mas não deu outra. 
No restaurante que eu almoçava em frente ao colégio, um figurão da política local, que eu já conhecia de velhos carnavais, se aproximou de mim e de chofre me perguntou, Você pretende ficar aqui? Pra mim foi um desrespeito, sendo assim lhe respondi no mesmo tom, Não, não pretendo ficar, minha vontade é voltar pra Recreio!
Meu primo estava certo, descobri que a cidade tinha dono, um absurdo!
Agora, o fato mais curioso que me ocorreu nesta ocasião foi no ônibus de Recreio até Pirapetinga, passando por Volta Grande. No veículo não ia quase ninguém e o trajeto era longo e cansativo.
Não sei por que cargas d'água, um negro magro de estatura acima da mediana, parou o coletivo, entrou e veio sentar justamente ao meu lado. Não sei se ele queria me assustar. Do nada começou a falar em voz alta,  Fui escravo na minha reencarnação passada e morri em 1867, eu era reprodutor em uma fazenda e dei muito trabalho pros capatazes, porque eu brigava muito com eles e vivia fugindo.
Às vezes ele falava de forma agressiva, todavia, calmamente, eu dava corda, fazendo perguntas dentro do meu conhecimento a respeito do cotidiano na senzala e na casa grande.
Sem mentira nenhuma, cheguei até me arrepiar, ele me respondia todas, com uma precisão incrível.
Mas o mais assustador, estava para acontecer.
Quando o ônibus passava em frente a uma antiga fazenda de café, do século XIX, em ruínas, ele olhou nos meus olhos e apontando para uma enorme árvore secular, na frente do casarão, desabafou, Tá vendo aquela árvore, eu fui morto a machadada, covardemente, debaixo dela.
Dizendo isso, de modo chocante, parou o ônibus e em silêncio, desceu. O mais intrigante foi que pela minha janela não o vi mais.

Nota, É bom lembrar que este homem não me pareceu drogado e muito menos bêbado. Perguntei ao motorista se ele o conhecia, mas a resposta foi não. A única coisa que me disse foi o seguinte, De vez em quando ele aparece e desce sempre neste ponto da estrada, já até nos costumamos com suas histórias, todavia, ninguém sabe nada a seu respeito.

anibal werneckfreitas, em 02/09/2019.

Fora, Filin, fora!


No comecinho do século XX, em Leopoldina-MG, havia nesta época  uma dança muito popular chamada Caxambu, que os jovens apreciavam muito.
Pois bem, nossa história começa com um pretinho de voz fraca e franzino chamado Filin. Era metido a cantador, mas ninguém lhe dava crédito. 
Quando não estava na roça trabalhando, Filin passava o dia inteiro na sua casinha de sapé, num morro, hoje conhecido como Alto da Ventania, cantando ao som de sua desafinada viola.
Mesmo com todo este afinco, ele não conseguia agradar ninguém. Muitos de forma sarcástica, chegavam rindo, na sua janela e diziam, Filin, vá pra roça trabalhar, porque sua viola é a enxada!, e, como até hoje, o provérbio antigo já vigorava, Santo de casa não faz milagre! 
Mesmo assim, Filin prosseguia na sua luta sem nenhum reconhecimento. Além de músico muito limitado, sua voz fraca não atendia ao padrão, vozeirão, daquele tempo. 
Sendo assim, no dia 13 de maio de 1904, comemorando a Abolição da Escravatura, um grande cantador da Zona da Mata, cognominado, Mazagão, estava programado para dar o seu show, no salão de dança principal da cidade. 
Acontece que, naquela ocasião, as estradas regionais eram ruins e poucas, de modo que os atrasos eram constantes. 
Pois bem, na hora do evento, o salão estava lotado, mas o famoso Mazagão não chegava e o pessoal começou a ir embora. Foi aí que o Filin, pra salvar a festa, pegou a sua viola e foi direto pro palco, todavia, quando ia começar a cantar, Mazagão já estava vindo em sua direção. 
O pessoal vendo isto, não se conteve, e começou a cantar, Fora, Filin, fora!, Mazagão chegou agora! Fora, Filin, fora!, Mazagão chegou agora!, e desta maneira, zombaram muito do pretinho, naquela triste noite.
No dia seguinte, Filin desapareceu e ninguém sabia do seu paradeiro. Pois é, neste dia, o povo, arrependido, sentiu muito a sua falta.

anibal werneckfreitas, em 01/09/2019.

VENTO SUAVE (Lenira, Armando e Anibal)