sábado, 28 de junho de 2014

UM PATÍBULO DO SÉCULO XVIII


este súbito nevoeiro está se dissipando, agora vejo com mais clareza do que se trata, é um patíbulo do século XVIII, à sua volta, praticamente, vejo uma grande multidão, formando um corredor até à escada do cadafalso, nele um cortejo segue um homem de branco, com a cabeça raspada e sem barba, pra dar a entender que os presos não eram maltratados nas prisões, pois bem, este homem sereno, passo a passo, vem se aproximando do seu algoz, um homem de capuz, pra não ser identificado, o qual chamamos comumente de carrasco, que, silenciosamente, o espera na parte de cima.
o condenado, pelo visto, galga a escada e, agora com um padre ao lado, e assim, o ato é consumado, um corpo inerte oscila na corda, pergunto ao meu vizinho, quem é este homem, é um tal de tira dentes, veio lá de minas, dizem que ele peitou o rei. após a resposta, permanece calado até à descida do corpo que, logo em seguida, é esquartejado, apenas a cabeça fica numa gaiola no alto de um poste, um aviso para os seus seguidores, me comovo com a cena e choro.

anibal.



anibal.

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VENTO SUAVE (Lenira, Armando e Anibal)