sábado, 28 de junho de 2014

COM OS FRANCESES, PINDORAMA SERIA MAIS CULTA E PODEROSA


Tomada do Forte de Villegainon no Século 16

Tomada do Forte de Villegaignon no século 16
Sobre a que talvez tenha sido, a maior batalha naval travada na Baia de Guanabara, Rio de Janeiro, num histórico dia do século 16, quando ocorreu a tomada do Forte Coligny, também conhecido como Forte da Ilha de Villegaignon. A batalha foi vencida por Mem de Sá, então Governador Geral do Brasil ao derrotar os invasores franceses e seus aliados, os Tupinambás. Um mapa da Baía de Guanabara de 1560 feito por André de Thevet, um cosmógrafo francês, mostra a situação da Baía e a batalha ocorrida.

Com a ajuda dos jesuítas que convenceram algumas tribos a se juntarem aos soldados de Mém de Sá, o Governador Geral do Brasil não teria vencido a batalha contra os franceses de Villegainon que tinham como aliados os temíveis Tupinambás. A meta dos franceses era fundar uma França Antártica Huguenote, uma seita protestante que foi expulsa da França cujo rei era católico. Até uma bandeira da nação que iriam fundar eles trouxeram. Muito bem. Agora, se eles, os franceses tivessem ganhado a batalha, esta região do Brasil, começando pelo Rio de janeiro e se alastrando ao norte pelo Espírito Santo e  Bahia, a oeste por Minas Gerais e ao sul por São Paulo, seria um país nos dias de hoje, muito adiantado. Os franceses tinham realmente a intenção de fundar uma pátria de verdade, uma pátria huguenote. Coisa que não passava nem de perto na cabeça dos portugueses que só queriam explorar o nosso pau brasil e as riquezas que a colônia oferecia. Hoje, nós que moramos na Zona da Mata mineira, estaríamos falando francês, mil vezes mais cultos, ricos, porque o protestantismo incentivava a riqueza que era condenada pela Igreja Católica. 
A intenção de Villegainon era fundar uma nova França. Por outro lado, o tratamento dos franceses para com os índios era bem melhor que o dos portugueses. Os índios tinham consciência disso. Por isso os Tupinambás se uniram aos franceses para expulsar os odiados portugueses do Rio de Janeiro. Caso os franceses saíssem vitoriosos, acredito que eles continuariam tratando os índios da mesma maneira, uma vez que eles [franceses] eram uma minoria. Mas, olhando por outro ângulo, os franceses eram muito mais cultos que os portugueses, uma quantidade razoável tinha o hábito da leitura da Bíblia [leitura obrigatória] e atrás da Bíblia liam outros livros. Já os portugueses, me perdoem a franqueza, era um bando de ignorantes que mal sabiam escrever o nome. Até porque o Rei de Portugal mandava sempre para o Brasil pessoas ignorantes e presidiários. Só os chefes das expedições eram letrados e pertenciam a nobreza lusitana. Haviam também alguns  comerciantes que sabiam ler e escrever, todavia, poucos. 
A Igreja, por sua vez, tratava de limpar o caminho para a chegada deles através da catequese. É aquele negócio, se a História fosse outra, acredito que a nossa região sudeste seria um país rico e próspero, certamente, o mais adiantado da América Latina. 
Você pode me questionar: E a Guiana Francesa, por que continua atrasada se ela foi colonizada por eles? Como Professor de História eu respondo: A Guiana Francesa foi ocupada para ser simplesmente explorada, pelo que eu sei, não havia nem a intenção de transformar a referida numa extensão da França. O mesmo não aconteceu com o Canadá que foi transformado num braço da França na América. O Canadá foi mais para povoamento. O mesmo aconteceu com as colônias inglesas que nunca foram exploradas pela Inglaterra como os portugueses fizeram com o Brasil. Aqui, os navios portugueses chegavam altos e saiam baixos, praticamente achatados de tanta riqueza roubada indiscriminadamente. Eis aí a diferença do Brasil para com os Estados Unidos.
Se a História fosse outra o mundo seria bem melhor.

Anibal Werneck de Freitas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

VENTO SUAVE (Lenira, Armando e Anibal)