NOTA: esta história contada pelo meu pai, antônio hygino, muita gente afirma que aconteceu realmente, tanto assim que foi muito contada em conceição e em recreio até no final dos anos 50. Ela se encontra na p. 4, fanzine, mar de morros, nº 40, novembro de 2002.
domingo, 18 de abril de 2021
DE COMO UM HOMEM CHAMADO CABRALINHO FOI PARAR NO CEMITÉRIO DE CONCEIÇÃO DA BOA VISTA, DISTRITO DE RECREIO, MG, ALTAS HORAS DA NOITE, PRA PEGAR UM OSSO.
Esse fato, ocorrido em conceição da boa vista, distrito de recreio, mg, começou no boteco do quirininho, que numa certa noite, chamou no balcão um dos seus fregueses, e lhe desafiou num tom muito sério: "cabralinho, tenho aqui um dinheiro e ele é todo seu, se você tiver coragem de ir no cemitério buscá um osso!". já 'bem calibrado' cabralinho lhe respondeu: "uai, é pra já!, pode deixá que eu vou buscá esse osso!", e assim, tomando mais um gole, saiu correndo como um louco em direção ao campo santo. por sua vez, quirininho imediatamente o seguiu por um atalho, que poucos conheciam, chegando primeiro, onde rapidamente se enrolou num lençol branco, ficando à espera do dito cujo, escondido atrás de um túmulo. quando cabralinho chegou, a noite sem a lua não dava pra ver direito, todavia, ao se aproximar dos ossos, ouviu uma voz cavernosa: "Cabralinho, não mexe em nada!" mas como não se assustava facilmente continuava a fazer o serviço, cada um que punha as mãos, lá vinha a reprimenda: "não, este aí é da minha avó, este é do meu avô, este é do meu pai, este é da minha mãe!", enfim, quando pegou o último osso, quirininho apareceu como um fantasma raivoso, vociferando: "Este osso é meu!, este osso é meu!". muito apavorado, cabralinho saiu do cemitério como uma 'bala', mas com o osso agarrado no peito. rindo muito, quirininho voltou pro seu botequim pelo caminho mais curto e, calmamente, ficou esperando o 'corajoso' que chegou com o coração na boca e muito ofegante, jogando simultaneamente o osso em sua direção: "taí o que você me pediu, me dá meu dinheiro pra cá!", o pessoal no botequim não acreditava no que via, o osso estava realmente sobre o balcão, e era um fêmur.
NOTA: esta história contada pelo meu pai, antônio hygino, muita gente afirma que aconteceu realmente, tanto assim que foi muito contada em conceição e em recreio até no final dos anos 50. Ela se encontra na p. 4, fanzine, mar de morros, nº 40, novembro de 2002.
NOTA: esta história contada pelo meu pai, antônio hygino, muita gente afirma que aconteceu realmente, tanto assim que foi muito contada em conceição e em recreio até no final dos anos 50. Ela se encontra na p. 4, fanzine, mar de morros, nº 40, novembro de 2002.
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