quinta-feira, 29 de setembro de 2011

no tempo do fogão-de-lenha

a febre consumista, que anda devorando cotidianamente nossa tranqüilidade, devido a isso, o número de pessoas estressadas cresce vertiginosamente, antigamente produzia-se apenas o necessário para a sobrevivência humana, hoje não, a cada dia que passa, sobe mais ainda o índice de produtos supérfluos, lembro-me do meu pai quando eu era menino, fazia compras pra casa, trazia apenas o necessário, arroz, feijão, macarrão, carne, batata, farinha, leite, pão, ovo, verduras, legumes, café e açúcar, quando chegava com algo diferente era uma festa. naquela época, anos 50, as casas eram mais simples, com menos objetos, fogão de lenha, chuveiro com serpentinas para aquecimento, cômodas para roupas, camas com colchões de palha seca, rádio, vitrola, livros, revistas e jornais, ah, já ia me esquecendo, o lampião, porque a luz elétrica costumava faltar.  tudo dito até aqui era o básico para uma vida confortável, ninguém sentia necessidade de mais nada.
atualmente, a coisa mudou muito, só pra você ter uma ideia, existe até uma indústria de criar necessidades nas pessoas, a todo momento, estão inventando produtos diferentes, produz-se mais coisas supérfluas que necessárias, são produtos que podemos passar a vida inteira sem eles, no entanto, tocamos a adquiri-los, iludidos por uma propaganda falsa, mas que tem o poder de convencer, porque a febre do consumo já nos pegou.

anibal

Nenhum comentário:

Postar um comentário

VENTO SUAVE (Lenira, Armando e Anibal)