A destruição da megafauna australiana foi
culpa do homem e não propriamente do clima. As espécies do mar não foram
atingidas pelo clima, porque o sapiens estava em terra. Sendo assim, sua
presença destruidora ceifou grandes animais, como os diprotodontes e os mamutes,
deles tiravam, além do sustento, o marfim para a confecção de objetos, e a pele
para fazer roupas e calçados, e, graças a isso, se protegiam do frio com muito
mais eficiência, em relação aos neandertais, que não conheciam esta prática, o
que foi mais uma razão para o seu extermínio. É bom lembrar que isto ocorreu em
plena Era do Gelo, fenômeno que sempre aconteceu de 100 em 100 mil anos, no
planeta Terra, a última foi de 75 mil anos. Depois dela, surgiram as primeiras
civilizações, como a egípcia e a mesopotâmica, hoje, devido ao
aquecimento global, ela foi adiada pra daqui a 100.000.
Concluindo, a primeira onda de extinção da
fauna e da flora foi no período em que o homem era coletor, a segunda ocorreu
na fase agrícola, e a terceira é a atual fase industrial. Hoje, infelizmente,
esta depredação continua através da coivara indígena pra plantar inhame,
mandioca, e dos desmatamentos, utilizando serras elétricas e incêndios, para a
indústria conhecida como “Plantation”, ou seja, produção em larga escala para
exportação, enriquecendo cada vez mais uma minoria, em cima da desgraça da
maioria.
A bem da verdade, os nossos antepassados não
abraçavam árvores, pelo contrário, destruíam-nas.
Anibal Werneck de Freitas, é Professor de
História, aposentado.
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