terça-feira, 26 de outubro de 2021

HISTÓRIA - 13 [O PREDADOR DE SI MESMO]



Quando a Pangeia se dividiu nos 6 continentes, América, África, Europa, Ásia, Oceania e Antártida, há 4,5 bilhões de anos, sobre placas tectônicas móveis, a fauna, a flora e o homem surgiram de formas diferentes, devido ao isolamento provocado pelos oceanos, Pacífico, Atlântico e Índico. É duro constatar que desde os primórdios da humanidade, o Homo Sapiens vem destruindo toda esta riqueza biológica tão diversificada. A Revolução Cognitiva legou ao Homo Sapiens uma tecnologia que o transformou na espécie animal mais poderosa do planeta Terra, inclusive sobre as demais etnias humanas. É bom lembrar que o homem não surgiu só na África, e sim, em todos os continentes. Pra se ter uma ideia da sua supremacia, os sapiens não desenvolveram nadadeiras, todavia, se transformaram em hábeis marinheiros, comerciantes e pescadores. Os fenícios, por exemplo, foram os primeiros mercadores da História que velejaram pelo Mediterrâneo, dando origem a inúmeras colônias, como Cartago, no norte da África, tão importante quanto Roma. Temos também outra proeza do Homo Sapiens. Por não ter desenvolvido asas como os pássaros, hoje, domina os ares com aviões e naves espaciais. Apesar de todo este progresso, o Homo Sapiens nunca deixou de ser um destruidor compulsivo, veja bem, quando pisou na Austrália, conseguiu exterminar com o canguru gigante e com o leão-marsupial. Até mesmo com o Homem de Neandertal, ele conseguiu dizimá-lo, porque era impossível um Romeu (neandertal) ter um filho com uma Julieta (sapiens). Deste modo, infelizmente, concluo que o Homo Sapiens foi predador de si mesmo.

Anibal Werneck de Freitas, é Professor de História, aposentado.

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