terça-feira, 5 de julho de 2016

ETA, MINHAS GERAIS! (anibal werneck de freitas) 2016



O mineiro é diferente dos demais brasileiros. Se não é, passa esta impressão. Talvez pelo fato de trazer ainda na alma, o glorioso Século do Ouro, quando Vila Rica [Ouro Preto] foi capital do Brasil. Pois é, Minas Gerais parece um Brasil dentro do Brasil. O mais interessante é que ninguém se importa com esta vaidade mineira, pelo contrário, aceitam-na de bom grado. Creio que a música barroca, a arquitetura e a escultura religiosas são os pilares deste sentimento de grandeza que nós, mineiros, trazemos no peito.
Esta mineirice é tamanha que nem os nossos políticos corruptos conseguem manchá-la, ela está acima do bem e do mal. E assim, per seculus seculorum, será nossa Minas Gerais. Cantada com muito orgulho e prazer.
Eta, perdeu o acento circunflexo, mas continua com a mesma força, Eta, Minhas Gerais! Ah, já ia me esquecendo, Minas é assim grandiosa, porque nela os escravos conseguiam sua liberdade através do ouro, o mulato era respeitado [Aleijadinho] e dois grandes personagens negros impuseram suas vontades na sociedade branca, Xica da Silva e Chico Rei. E como se não bastasse, Minas Gerou um dos maiores cantores e compositores de todos os tempos, Milton Nascimento, também negro.
É por isso que eu digo mais uma vez, Eta, Minhas Gerais!

anibal werneck de freitas.

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