estou decepcionado com as pessoas que não são solidárias nem na peste. as religiões perderam a batalha pra elas.
nota, antônio lour era o pseudônimo do parceiro e amigo celso lourenço por volta de 1997.
estou decepcionado com as pessoas que não são solidárias nem na peste. as religiões perderam a batalha pra elas.
nota, antônio lour era o pseudônimo do parceiro e amigo celso lourenço por volta de 1997.
agora dei pra ficar vasculhando os meus guardados. algo me diz que esta procura vai render. ou seja. já tá rendendo. veja bem. desta vez encontrei este vídeo. não pensei duas vezes e aí está.
o título me chamou a atenção e, deste modo, resolvi ouvi-la, e o mais interessante é que a música era de meados do século xix, cujo registro, apontava o nome de dona alfredina, como a pessoa que a resgatou.
nesta obra preciosa a gente observa que a música popular brasileira estava dando os seus primeiros passos, ela nos mostra que estava acima do seu tempo.
portanto, resolvi fazer este vídeo, mais como registro, fazendo uma adaptação na letra e na música, respeitando sempre o original.
vale a pena conferir.
esta vinheta que complementa a música reacionária 2, nos mostra que nada mudou desde quando foi composta em plena ditadura militar até nos dias de hoje, a qual me lembra o festival de música de pirapetinga-mg., onde fui alertado pela organizadora do evento: anibal, é melhor você voltar pra recreio, porque tem dois estranhos querendo te conhecer.
pois é, essas pessoas que apoiam a ditadura e a tortura não sabem o que é um regime totalitário, onde elas mesmas podem ser vítimas.
santa ignorância!
carminha, taí a música, espanhola, que me pediu, não gosto de ficar devendo nada a ninguém, sendo assim, aí está também para os que gostam desta canção, tenha uma boa viagem.
nota, na foto um calendário asteca, presente do anibinha e um quadro do seu andair santoro, que ele me deu.
Sendo assim, aqui vai um panegírico sobre o saudoso Adilson Simão.
Adilson era muito conhecido e querido por todos que o rodeavam, por isso, todo mundo queria empurrar o seu triciclo, que compensava a sua incapacidade física de andar.
Deste modo, convivi muito com ele, eu era muito jovem, gostava da sua maneira alegre de dissertar sobre futebol e música.
Eu me lembro que uma vez, ele comprou o disco do Roberto Carlos Em Ritmo De Aventura e nos convidou - Roberto, Julinho, Délcio, Sebastião e eu - para ouvi-lo, foi um momento prazeroso, que nunca me esqueci.
Todavia, tudo que é bom dura pouco, Adilson nos deixou em plena juventude, e, no momento em que ele partiu, Os Selenitas estavam ensaiando na Sede do Recreio E. C., este triste acontecimento ocorreu no ano de 1967.
NOTA: Adilson era flamenguista-roxo, mas respeitava todos os demais clubes.
Para perpetuar sua memória, desenhei carinhosamente, um Esdobão, em sua memória.
Anibal Werneck, JF, 21/01/2021.
Quando o meu pai, Antonio Hygino de Freitas, fez 85 anos, o Mar de Morros o entrevistou e foi muito interessante o que nos contou.
Ele nasceu em Barreiros,
na Fazenda Santa Rita de Cássia, num lugar chamado, Monte Cristo, no dia 15 de
agosto de 1915, filho de Ana Maria Hygino de Freitas e Filipe de Freitas e seus
irmãos, Sebastiana, Custódia, Guilhermina, Quirino, Jair, Ricardo e Jaci.
Com 6 anos foi para a
Escola Pública de Conceição da Boa Vista e a sua primeira professora foi a Dona
Vivita.
Dos 7 aos 8 anos ajudava a
mãe a vender doces e salgados nas famosas festas religiosas do lugar, além
disso, acompanhava as meninas que trabalhavam na roça e ganhava 200 réis por
dia.
Depois dos 15 anos foi pra
Recreio(MG) trabalhar no bar da estação ferroviária, a cidade não tinha uma rua
calçada, até carro de boi agarrava no atoleiro.
Devido à Revolução de 30, Recreio recebeu muitos soldados, que se acamparam no jardim, e assim, meu pai, que trabalhava na padaria, passou a levar pão e café pro acampamento militar, e, segundo ele, no arroubo da juventude, queria também ser um soldado, mas o comandante sorrindo lhe dissera, Antônio e quem vai servir o nosso café com pão?
Naquela época, Recreio era
o entroncamento de trens mais importante da região e, com medo de uma guerra,
muita gente fugiu pro mato, até o gerente do Banco Ribeiro Junqueira, muito
apavorado, saiu correndo sem as calças.
Na década de 40, meu pai
chegou a trabalhar na Estrada de Ferro Leopoldina, todavia, acabou saindo a
pedido de sua mãe, porque estava ocorrendo muitos acidentes com ele.
Um deles, ele mesmo conta,
Vindo de Itaipava o trem desce a Serra de Petrópolis até Areal, acontece que no
descer, a máquina estava acelerando muito e eu como guarda-freio fui obrigado a
frear todos os carros, pulando de um vagão pro outro, mas numa curva eu
fui arremessado pra fora do comboio e rolei encosta abaixo caindo dentro de uma
vala dos trilhos, por onde o trem ia passar naquele momento, sendo assim,
abaixei a minha cabeça e esperei o dito cujo passar, salvando a minha vida.
Depois deste acidente, meu
pai voltou pra Conceição, mas logo em seguida foi chamado por um italiano pra
trabalhar na sua padaria, em Leopoldina(MG).
Nesta época, o mundo
estava na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), tanto que quando ela acabou, meu
pai e minha mãe, Wanda Ferraz Werneck de Freitas, que se conheceram nesta
padaria, foram obrigados a ficar dentro do estabelecimento com as portas fechadas,
porque os brasileiros na estrondosa comemoração, estavam quebrando todas as placas das
casas comerciais de italianos.
Em 1947 casou-se e deste
enlace nasceram os filhos: Anibal, Marco Antônio, Janine, Antônio Carlos e Ana
Luísa. Neste período, montou o Café Sto. Antônio, na Rua Conceição (Recreio),
comprou uma casa, onde hoje moram minha mãe Wanda e as minhas irmãs Janine e
Ana Luísa.
Nos anos 60, estudou com a
minha mãe um curso pra aprender a consertar rádio, chegou a montar um negócio
com o amigo Milton Marques, um músico excelente do piston.
Depois de 1970, aposentou-se
como autônomo no enquadramento de 20 salários.
Quando fez 90 anos, ficou
muito feliz com a festa que a família fez pra ele, com a participação dos seus
parentes.
Como faz parte da vida,
aos 94 anos, nos deixou no dia 11 de agosto de 2011, quase no dia do seu
aniversário.
Agora ele está no Céu, porque a família sempre
o amou muito, deixando-nos boas recordações.
Andair Santoro nasceu em Banco Verde, distrito de Palma(MG).
Conhecido mais como
pintor, Andair Santoro, também, fazia imagens de argila e de cimento, e uma das suas mais famosas
foi a da Nossa Senhora que falava, através dum gravador embutido, atraindo
muita gente até à sua casa, na avenida Santa Izabel, em Recreio(MG), cheia de
pinturas suas nas paredes.
São palavras do artista, Tudo
começou em 1958, quando vi uma tela pintada pela filha do meu amigo, Francisco
Magalhães e, assim, naquele momento, o artista nasceu em mim.
Sua primeira obra foi Adão
e Eva, iniciando assim a religiosidade que sempre o acompanhou a vida inteira.
Na entrevista feita pelo
fanzine Mar de Morros, Andair ressaltou, Graças ao incentivo do Marquinho,
Diretor d’O Jornal de Recreio, fiz a
minha primeira exposição em Itaperuna(RJ), com o quadro, Adão e Eva, daí pra
frente o jornal sempre me apoiou.
E continua, Na ocasião, uma
mulher italiana me comprou 15 quadros e ainda filmou minhas telas, vendi também
uma para Portugal.
Ainda na entrevista,
Andair prossegue, As homenagens que recebi de reconhecimento do meu trabalho
foram, 3 menções honrosas da EXARTEC d’O Jornal de Recreio, 1 homenagem no
Jornal de Itaperuna, 2 menções do Lions Club, e, quando passou em Recreio o
Movimento Mão de Minas, voltado para a arte mineira, eu recebi uma homenagem,
no governo do Prefeito João Dólar.
Deste modo, na entrevista
de MM, Andair desabafa, Pra ser sincero, recebi muito pouco valor das
autoridades, muito pouco mesmo, porque ainda não apareceu uma autoridade capaz de
derrubar esta muralha preconceituosa em relação ao artista do interior, o muro
de Berlin caiu, mas aqui, o do preconceito, continua firme e forte.
Se o Andair estivesse
vivo, com tristeza, veria que tudo continua do mesmo jeito, mesmo com a força
da internet.
Andair se considerava um
artista eclético, pintava de tudo para agradar a todos.
Perguntado na entrevista
sobre o seu lado de escultor, Andair respondeu, Fiz 4 esculturas, A Santa Que
Fala, A Manjedoura na Praça do Santo Antônio, O Papa na Ladeira Guimarães e A
Sagrada Família.
No final da entrevista,
Andair ressaltou com muita alegria, A Mãe De Deus, colocada na frente da Matriz
Menino-Deus, segundo ele era muito prazeroso ver as pessoas entrando no templo,
vendo a sua obra.
vasculhando os meus arquivos, deparei-me com a música, você conhece recreio?, que fiz de parceria com o seu dorigo - in memoriam - e, deste modo, resolvi publicá-la, vale a pena conferir.
ontem, 6 de janeiro, foi dia de reis e pouca gente o comemorou.
pra compensar esta falha, aqui vai a minha homenagem póstuma ao primo folião, dodô, de barreiros, recreio, mg., com esta gravação de 2008.