quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

criança (anibal werneck e antônio lour)

estou decepcionado com as pessoas que não são solidárias nem na peste. as religiões perderam a batalha pra elas.

nota, antônio lour era o pseudônimo do parceiro e amigo celso lourenço por volta de 1997.




serra das virgens (anibal werneck e armindo torres)

agora dei pra ficar vasculhando os meus guardados. algo me diz que esta procura vai render. ou seja. já tá rendendo. veja bem. desta vez encontrei este vídeo. não pensei duas vezes e aí está.



segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

o padre e o macaco - século xix - adaptação de anibal werneck.


revirando o meu quase organizado arquivo, encontrei numa velha fita k-7 a gravação que eu fiz de uma canção jocosa chamada, o padre e o macaco. 

o título me chamou a atenção e, deste modo, resolvi ouvi-la, e o mais interessante é que a música era de meados do século xix, cujo registro, apontava o nome de dona alfredina, como a pessoa que a resgatou.

nesta obra preciosa a gente observa que a música popular brasileira estava dando os seus primeiros passos, ela nos mostra que estava acima do seu tempo.

portanto, resolvi fazer este vídeo, mais como registro, fazendo uma adaptação na letra e na música, respeitando sempre o original.




vale a pena conferir.

domingo, 24 de janeiro de 2021

pequeno concerto em dor maior para ninar gente oprimida e desarrazoada - vinheta de anibal werneck e zé guimarães

 


esta vinheta que complementa a música reacionária 2, nos mostra que nada mudou desde quando foi composta em plena ditadura militar até nos dias de hoje, a qual me lembra o festival de música de pirapetinga-mg., onde fui alertado pela organizadora do evento: anibal, é melhor você voltar pra recreio, porque tem dois estranhos querendo te conhecer. 

pois é, essas pessoas que apoiam a ditadura e a tortura não sabem o que é um regime totalitário, onde elas mesmas podem ser vítimas.

santa ignorância!

sábado, 23 de janeiro de 2021

espanhola - flávio venturini e guarabyra

 


carminha, taí a música, espanhola, que me pediu, não gosto de ficar devendo nada a ninguém, sendo assim, aí está também para os que gostam desta canção, tenha uma boa viagem.

nota, na foto um calendário asteca, presente do anibinha e um quadro do seu andair santoro, que ele me deu.

 


quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

ADILSON SIMÃO - In Memoriam



Certa feita, meu amigo Pedro Dorigo me disse: Anibal, você é igual ao meu pai, Aristides Dorigo, gosta de escrever sobre pessoas que já não estão mais neste mundo. Eu lhe respondi: É
 o mínimo que posso fazer pra manter a memória deles.

Sendo assim, aqui vai um panegírico sobre o saudoso Adilson Simão.

Adilson era muito conhecido e querido por todos que o rodeavam, por isso, todo mundo queria empurrar o seu triciclo, que compensava a sua incapacidade física de andar. 

Deste modo, convivi muito com ele, eu era muito jovem, gostava da sua maneira alegre de dissertar sobre futebol e música. 

Eu me lembro que uma vez, ele comprou o disco do Roberto Carlos Em Ritmo De Aventura e nos convidou - Roberto, Julinho, Délcio, Sebastião e eu - para ouvi-lo, foi um momento prazeroso, que nunca me esqueci.

Todavia, tudo que é bom dura pouco, Adilson nos deixou em plena juventude, e, no momento em que ele partiu, Os Selenitas estavam ensaiando na Sede do Recreio E. C., este triste acontecimento ocorreu no ano de 1967.

NOTA: Adilson era flamenguista-roxo, mas respeitava todos os demais clubes.  

Para perpetuar sua memória, desenhei carinhosamente, um  Esdobão, em sua memória.

Anibal Werneck, JF, 21/01/2021. 

domingo, 17 de janeiro de 2021

ANTÔNIO HYGINO DE FREITAS (1915-2011)

 


Quando o meu pai, Antonio Hygino de Freitas, fez 85 anos, o Mar de Morros o entrevistou e foi muito interessante o que nos contou.

Ele nasceu em Barreiros, na Fazenda Santa Rita de Cássia, num lugar chamado, Monte Cristo, no dia 15 de agosto de 1915, filho de Ana Maria Hygino de Freitas e Filipe de Freitas e seus irmãos, Sebastiana, Custódia, Guilhermina, Quirino, Jair, Ricardo e Jaci.

Com 6 anos foi para a Escola Pública de Conceição da Boa Vista e a sua primeira professora foi a Dona Vivita.

Dos 7 aos 8 anos ajudava a mãe a vender doces e salgados nas famosas festas religiosas do lugar, além disso, acompanhava as meninas que trabalhavam na roça e ganhava 200 réis por dia.

Depois dos 15 anos foi pra Recreio(MG) trabalhar no bar da estação ferroviária, a cidade não tinha uma rua calçada, até carro de boi agarrava no atoleiro.

Devido à Revolução de 30, Recreio recebeu muitos soldados, que se acamparam no jardim, e assim, meu pai, que trabalhava na padaria, passou a levar pão e café pro acampamento militar, e, segundo ele, no arroubo da juventude, queria também ser um soldado, mas o comandante sorrindo lhe dissera, Antônio e quem vai servir o nosso café com pão?

Naquela época, Recreio era o entroncamento de trens mais importante da região e, com medo de uma guerra, muita gente fugiu pro mato, até o gerente do Banco Ribeiro Junqueira, muito apavorado, saiu correndo sem as calças.

Na década de 40, meu pai chegou a trabalhar na Estrada de Ferro Leopoldina, todavia, acabou saindo a pedido de sua mãe, porque estava ocorrendo muitos acidentes com ele.

Um deles, ele mesmo conta, Vindo de Itaipava o trem desce a Serra de Petrópolis até Areal, acontece que no descer, a máquina estava acelerando muito e eu como guarda-freio fui obrigado a frear todos os carros, pulando de um vagão pro outro, mas numa curva eu fui arremessado pra fora do comboio e rolei encosta abaixo caindo dentro de uma vala dos trilhos, por onde o trem ia passar naquele momento, sendo assim, abaixei a minha cabeça e esperei o dito cujo passar, salvando a minha vida.

Depois deste acidente, meu pai voltou pra Conceição, mas logo em seguida foi chamado por um italiano pra trabalhar na sua padaria, em Leopoldina(MG).

Nesta época, o mundo estava na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), tanto que quando ela acabou, meu pai e minha mãe, Wanda Ferraz Werneck de Freitas, que se conheceram nesta padaria, foram obrigados a ficar dentro do estabelecimento com as portas fechadas, porque os brasileiros na estrondosa comemoração, estavam quebrando todas as placas das casas comerciais de italianos.

Em 1947 casou-se e deste enlace nasceram os filhos: Anibal, Marco Antônio, Janine, Antônio Carlos e Ana Luísa. Neste período, montou o Café Sto. Antônio, na Rua Conceição (Recreio), comprou uma casa, onde hoje moram minha mãe Wanda e as minhas irmãs Janine e Ana Luísa.

Nos anos 60, estudou com a minha mãe um curso pra aprender a consertar rádio, chegou a montar um negócio com o amigo Milton Marques, um músico excelente do piston.

Depois de 1970, aposentou-se como autônomo no enquadramento de 20 salários.

Quando fez 90 anos, ficou muito feliz com a festa que a família fez pra ele, com a participação dos seus parentes.

Como faz parte da vida, aos 94 anos, nos deixou no dia 11 de agosto de 2011, quase no dia do seu aniversário.

Agora ele está no Céu, porque a família sempre o amou muito, deixando-nos boas recordações.

 

 

sábado, 16 de janeiro de 2021

O PINTOR E ESCULTOR ANDAIR SANTORO (1923-2010)

 


Andair Santoro nasceu em Banco Verde, distrito de Palma(MG).

Conhecido mais como pintor, Andair Santoro, também, fazia imagens de argila e de cimento, e uma das suas mais famosas foi a da Nossa Senhora que falava, através dum gravador embutido, atraindo muita gente até à sua casa, na avenida Santa Izabel, em Recreio(MG), cheia de pinturas suas nas paredes.

São palavras do artista, Tudo começou em 1958, quando vi uma tela pintada pela filha do meu amigo, Francisco Magalhães e, assim, naquele momento, o artista nasceu em mim.

Sua primeira obra foi Adão e Eva, iniciando assim a religiosidade que sempre o acompanhou a vida inteira.

Na entrevista feita pelo fanzine Mar de Morros, Andair ressaltou, Graças ao incentivo do Marquinho, Diretor d’O  Jornal de Recreio, fiz a minha primeira exposição em Itaperuna(RJ), com o quadro, Adão e Eva, daí pra frente o jornal sempre me apoiou.

E continua, Na ocasião, uma mulher italiana me comprou 15 quadros e ainda filmou minhas telas, vendi também uma para Portugal.

Ainda na entrevista, Andair prossegue, As homenagens que recebi de reconhecimento do meu trabalho foram, 3 menções honrosas da EXARTEC d’O Jornal de Recreio, 1 homenagem no Jornal de Itaperuna, 2 menções do Lions Club, e, quando passou em Recreio o Movimento Mão de Minas, voltado para a arte mineira, eu recebi uma homenagem, no governo do Prefeito João Dólar.

Deste modo, na entrevista de MM, Andair desabafa, Pra ser sincero, recebi muito pouco valor das autoridades, muito pouco mesmo, porque ainda não apareceu uma autoridade capaz de derrubar esta muralha preconceituosa em relação ao artista do interior, o muro de Berlin caiu, mas aqui, o do preconceito, continua firme e forte.

Se o Andair estivesse vivo, com tristeza, veria que tudo continua do mesmo jeito, mesmo com a força da internet.

Andair se considerava um artista eclético, pintava de tudo para agradar a todos.

Perguntado na entrevista sobre o seu lado de escultor, Andair respondeu, Fiz 4 esculturas, A Santa Que Fala, A Manjedoura na Praça do Santo Antônio, O Papa na Ladeira Guimarães e A Sagrada Família.

No final da entrevista, Andair ressaltou com muita alegria, A Mãe De Deus, colocada na frente da Matriz Menino-Deus, segundo ele era muito prazeroso ver as pessoas entrando no templo, vendo a sua obra.  

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

O PASTOR E PROFESSOR JOÃO WENDLING DUARTE (1912-1984)


Como professor de História sinto-me na obrigação de relatar fatos ocorridos em minha terra-natal, Recreio(MG). sendo assim, aí vai uma sobre o nosso saudoso João Wendling Duarte.
João Wendling nasceu na cidade do Rio de Janeiro no dia 9 de novembro de 1912.
Aos 12 anos foi pra Recreio(MG) e mais tarde trabalhou no escritório da Estrada de Ferro Leopoldina.
Em 1936 casou-se com Noemi Brandão Duarte com quem teve 16 filhos.
Além de tipógrafo e proprietário de uma livraria, João Wendling abraçou a causa evangélica e foi pastor por quase 40 anos na Igreja Cristã que ajudou a fundar. Foi também professor de História no antigo Ginásio de Recreio (CNEG e depois CNEC) até 1962.
Em março de 1971 mudou-se com a família para Petrópolis(RJ) em razão da falta de emprego para muitos filhos.
No dia 7 de junho de 1984 João Wendling faleceu.
Hoje, os que o conheceram têm a lembrança de um homem íntegro, porque possuía caráter, dignidade e honestidade.
Pois é, o sofrível é saber que até hoje não existe uma rua sequer com o seu nome em Recreio.

NOTA: Seu filho Timóteo era famoso na cidade de Recreio porque sabia o nome das capitais de todos os países do mundo. Bons tempos aqueles da juventude.

FONTE: Dados fornecidos pelo seu filho João Wendling Duarte Júnior em O Jornal de Recreio-Minas
nº 607, Nov/ Dez de 2012.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

você conhece recreio? (aristides dorigo e anibal werneck de freitas).

vasculhando os meus arquivos, deparei-me com a música, você conhece recreio?, que fiz de parceria com o seu dorigo - in memoriam - e, deste modo, resolvi publicá-la, vale a pena conferir.



quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

folia dos 'treis' (anibal werneckfreitas)

ontem, 6 de janeiro, foi dia de reis e pouca gente o comemorou.

pra compensar esta falha, aqui vai a minha homenagem póstuma ao primo folião, dodô, de barreiros, recreio, mg., com esta gravação de 2008.