segunda-feira, 22 de junho de 2015

DÉLCIO




“A morte não permite despedidas, apenas cava buracos em nossas vidas”, frase que ouvi no seriado Sense 8 e que agora a transponho para este triste texto referente à partida precoce do meu amigo e companheiro de juventude, Délcio, irmão do saudoso Julinho. Lembro-me como se fosse hoje, ano de 1966, eu frequentava a casa dele e todas as manhãs, no quarto de dormir, tocávamos violão e cantávamos as músicas da Jovem Guarda, posso afirmar que Os Selenitas surgiram a partir daí, o Délcio era o mais velho dos homens da família e gostava muito de cantar e tocar violão, o Sebastião, mais novo que a gente também participava ativamente do momento. O quarto ficou tão famoso que um dia o José Luiz do famoso conjunto Paladium apareceu por lá, cantando e tocando divinamente, Nossa Canção, do Roberto Carlos.
Infelizmente, a dura realidade é que a morte produz verdadeiros buracos negros no nosso universo interior, como nos informa a frase entre aspas, Délcio, confesso que não sei onde você está agora, mas uma coisa é certa, você, como o seu irmão Julinho, estarão sempre nos meus sonhos enquanto eu viver.

anibal werneck de freitas.

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