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A saudade de um tempo que se foi
Ainda presente, mas já envelhecido
De a gente se vê numa fotografia
Com saudades do tempo vivido...
Peladas, namoradas, bebedeiras num bar
Brincadeiras, amores, desencantos...
Nossos rastros ficando pelo caminho
Como um rio que passa pelo ingazeiro
E esse se debruça agradecendo
A vida, que o rio derrama de passagem
O tempo deveria se chamar Recreio
Bailes das debutantes, ginásio, jardim
Trem de ferro, trem da juventude, trem
Que se vai da estação, sem receio
Por que são muitos os caminhos...
Cada ser debulhando a sua espiga
Semeando, levando na lembrança
O tempo, este, que se chama Recreio
jfmachado_8@hotmail.com
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