segunda-feira, 20 de dezembro de 2010



ETA, MINHAS GERAIS!
(Anibal Werneck de Freitas)
Quando a noite aporta
Nos morros das minhas Gerais
Traz a Lua branca
Clareando os capinzais.
Quando a noite encena
As serras das minhas Gerais
No horizonte escuro
Formam enormes catedrais.
Eta, minhas Gerais!
Chão que amo demais!
Eta, minhas Gerais!
“Que não esqueço jamais!”
Quando a aurora canta
Madrigais das minhas Gerais
E semeia ilusões
Inflamando os casais.
Quando a aurora encanta
Os homens das minhas Gerais
Complementam as mulheres
Sob a luz dos castiçais.
Eta, minhas Gerais!
Chão que amo demais!
Eta, minhas Gerais!
“Que não esqueço jamais!”
Quando o dia acorda
Agitando as minhas Gerais
Abre os raios amarelos
Aclarando os desiguais.
Quando o dia aflora
Descobrindo as minhas Gerais
Mostra os templos seculares
Penetrando os vitrais.
Eta, minhas Gerais!
Chão que amo demais!
Eta, minhas Gerais!
“Que não esqueço jamais!”
Quando a tarde toca
O Ângelus das minhas Gerais
Põe minh’alma leve
Buscando os ancestrais.
Quando a tarde dobra
Os sinos das minhas Gerais
Nossa Virgem abençoa
Estas terras celestiais.
Eta, minhas Gerais!
Chão que amo demais!
Eta, minhas Gerais!
“Que não esqueço jamais!”
Eta, minhas Gerais!
Chão que amo demais!

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