Texto tirado do site: https://www.mexidodeideias.com.br/mercado/... diz o seguinte: Encontrei este artigo que romantiza o ofício com o termo “pianistas do café”. Adorei e compartilho com vocês. “Pianista era o apelido que, jocosamente, eles mesmos se davam. Por que “pianista”? Ora, porque ao sentar no banquinho em frente da máquina, para catar as impurezas – pedras, torrões de terra, folhas, gravetos – que vinham misturadas aos frutos do café, as pessoas, catando os ciscos na esteira, as mãos tocando aqui e ali, a esquerda e à direita, lembravam um pianista tocando as teclas do piano”.
Na era da internet e dos avanços tecnológicos, é muito difícil ouvir falar sobre as catadeiras de café. Porém, elas existem! Tive a feliz oportunidade de encontrar e conversar com seis mulheres durante uma visita à Fazenda Santa Margarida, em São Manuel (interior do estado de São Paulo). Coincidentemente, achei uma foto boa em uma reportagem da Vejinha (leia na íntegra aqui) das mesmas mulheres que encontrei (imagem do começo do post). O processo em si acontece da seguinte forma: a luz é apagada para que o foco seja apenas a esteira ou a mesa com os grãos de café ainda verdes. A única luz do ambiente fica em cima dos grãos para facilitar a escolha. No cardápio das conversas vai desde a novela até notícias e fofocas da região. Quando perguntei sobre a rotina de trabalho, lembro de uma resposta bem direta de uma delas: “comparando com o trabalho duro na roça, estar aqui escolhendo café é um privilégio”. Ao humanizar um processo que hoje é largamente industrial, as catadeiras de café sobrevivem e inspiram com seu trabalho. Este é caso do artista Anibal Werneck de Freitas, que compôs os seguintes versos cantados (confira a música aqui). CATADEIRAS DE CAFÉ Mulheres velhas, novas e negras Catando o café em meio ao suor. Banhando o salão amplo e sombrio, Contrastando com o sol forte no meio-fio. Dessas mulheres depende a cidade, Sem elas morre o poder da falsidade E o padre na igreja sem o café Não pode sustentar nos fiéis sua fé. Catadeiras de café! Catadeiras da fé! Catadeiras do chão! Catadeiras sem razão!
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