quinta-feira, 29 de setembro de 2016

CRUZ DE FERRO













Em Recreio-Minas
Na ditadura militar
Fizeram uma cruz
Para a igreja levar
De trilhos de ferro
Só para protestar.

Um fato inusitado
A cruz foi erguida
Força dos homens
Pesada na subida.
A igreja no morro
E nela foi erguida.

Os donos da terra
Se incomodaram
De medo do povo
Se acovardaram.
Assim a cruz ficou
Pois não a tiraram.

Deste jeito, então
A cruz se solidou
Um padre gringo
Viu e não gostou
Reacionário e vil
A cruz ele a tirou.

Ninguém fez nada
O dono só gostou
O povo humilhado
E o sonho acabou.
A ditadura militar
Seu rumo tomou.

Assim na História
O momento ficou
Desta gente bravia
Que se aprumou.
E assim esta luz
O militar apagou.


Anibal de Freitas.

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