E lá foram os romeiros alternando entre cantos, rezas e cochilos. Quando chegaram à Basílica acomodaram-se e a cerimônia começou. Juventino e Aparecidinha choraram o tempo todo de emoção. No final da Missa Juventino procurou um padre e conseguiu cinco minutos para conversar com o Papa. Quando contou para Aparecidinha ela emocionada logo perguntou: nós vamos entender a língua dele? Não importa nossos corações vão entender. Na hora do grande momento foram recebidos com um grande abraço e o sorriso cativante. Suas pernas tremiam. Com a voz tremula Juventino falou: reze pelo nosso povo. Estamos sofrendo com tanta violência e corrupção. Precisamos de paz. Muitos jovens estão se entregando às drogas. Os pais não sabem o que fazer. Com serenidade Francisco disse: “no se preocupe, porque el Señor no abandona a sus hijos. Todo tiene su tiempo. A veces se necesita. Debemos tener fe y hacer lo que está a nuestro alcance. Cuando llegue a su ciudad para ver el sacerdote y transmitir mi mensaje: lo que has hecho para nuestros jóvenes?”. Terminada a conversa, Aparecidinha perguntou: você entendeu tudo direitinho. Bem direitinho não. Mas entendi o recado. Vou transmitir para o nosso vigário. Na volta para Recreio o ambiente no ônibus era só alegria. Os romeiros não viam a hora de chegar para contar para os amigos e familiares e revelarem as fotografias. Ao chegarem em casa, Juventino e Aparecidinha agradeceram a oportunidade e pediram a Deus que a presença do Papa no Brasil tenha tocado o coração das pessoas e principalmente dos nossos governantes. Chuchuzinho, outro dia li um artigo que dizia que o Papa representa a força dos desarmados. Não é que você está ficando intelectual?
Nenhum comentário:
Postar um comentário