Sem a Internet jamais conseguiria mostrar o meu trabalho relacionado à região onde moro, ou seja, os mares de morros da nossa Minas Gerais para um público maior, isto era privilégio dos governantes e dos poderosos, pois bem, a Internet está pondo um ponto final nisso, qualquer um, hoje em dia, pode realizar tal façanha para alcançar o mundo inteiro, os únicos problemas que ainda perduram são, 1º) a propaganda que a mídia faz dos seus documentários e, 2º) o preconceito que ainda existe em relação ao editor que não é famoso, muita gente acha que ele é pretensioso, um absurdo, é pura ignorância, tem muita coisa boa que não está na mídia, aliás, a dita cuja, ultimamente, só tem mostrado, na maioria das vezes, nesta questão, um nível muito baixo, através de um interesse puramente comercial , mas isso está com os dias contados, os da TV, também. Na Internet, a gente vê o que quer, já na TV, a gente vê o que eles querem, é tudo programado, ou melhor, direcionado.
Certo dia, um amigo virou pra mim e disse, Fazer entrevista com pessoas comuns não é interessante, isto só funciona com as famosas, Eu olhei pra cara dele e pensei com os meus botões, este estudou numa faculdade e pensa assim, imagina os que não estudaram, o plim-plim domina a massa, todavia, um dia vai deixar de ser assim, porque eu acredito na Internet que veio para ficar, graças a ela estou mostrando um trabalho que dediquei uma vida inteira nele, tenho o direito de mostrá-lo como qualquer outro da mídia, não me julgo superior a eles, mas também não me julgo abaixo, tanto assim que tenho a coragem de expor com todas as letras, um fanzine chamado Mar de Morros [12 anos de estrada] que sempre fiz com muito amor, quem me conhece sabe disso, ou seja, feito sem forçar a barra, uma coisa que flui naturalmente dentro de todos os que escrevem pra ele [Mar de Morros], portanto, meu caro ou minha cara, enquanto viver, estarei editando as nossas coisas dos mares de morros nesta maravilha chamada Internet, é isso aí.
Anibal Werneck de Freitas.
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