terça-feira, 27 de novembro de 2012
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
ENCONTRO QUARTA QUARTA - ADIADO PARA DIA 14 DEZEMBRO
CONFRARIA MUSICAL QUARTA QUARTA,
MUITA LUZ, SAÚDE E PAZ.
EM FUNÇÃO DE ALGUNS CONTRATEMPOS OCORRIDOS,
ESTAMOS ADIANDO O NOSSO PRÓXIMO ENCONTRO.
ESPERO QUE ESSA NOVA DATA SEJA MAIS CONVENIENTE PARA TODOS.
ASSIM, CAROS AMIGOS E AMIGAS,
RESERVEM NA AGENDA DE VOCÊS O
DIA 14 DE DEZEMBRO,
PARA O NOSSO ÚLTIMO ENCONTRO DO ANO.
O LOCAL SERÁ O MESMO DO ÚLTIMO ENCONTRO:
ESPAÇO GENTILEZA,
ALTO DOS PASSOS,
RUA PADRE JOÃO EMÍLIO, 160.
UM GRANDE E SEMPRE FRATERNO ABRAÇO PARA TODOS.
PEDRO DORIGO
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
O MINEIRO É CIDADÃO DO MUNDO
minas gerais, nosso amado estado, surgiu através das famosas entradas e bandeiras, as entradas conferidas pelos cofres públicos e as bandeiras pelos particulares, ambas tinham o mesmo objetivo, ou seja, encontrar riquezas minerais a todo custo, oriundas dos paulistas, cuja província passva fome na época, muitos desses homens corajosos comeram o pão que o diabo amassou, sofrendo toda sorte de perigos como, doenças tropicais, animais ferozes e índios insatisfeitos com a invasão de suas terras, não podemos deixar de falar dos massacres que os silvícolas sofriam da ação cruel de muitos desses intrusos.
pois
bem, em meio a tudo isso, nossa minas gerais surgiu no cenário mundial como uma
terra rica em pedras preciosas, tanto assim que chamou a atenção de muita gente
no exterior, ao ponto do rei de portugal proibir a entrada de mais gente na
província.
acontece
que poucos livros de história creditam que minas gerais surgiu do sangue
derramado do índio no início e, depois, do suor do negro nas minas de ouro,
tanto o índio quanto o negro foram ignorados pelas autoridades civis e
eclesiásticas, portugal e igreja só pensavam no ouro e pensar que no caso da
igreja, os padres, hipocritamente, diziam, o reino de deus não é deste mundo!
portanto,
grosso modo, foi assim que surgiu o nosso querido estado de minas gerais.
anibal werneck de freitas.
O OURO DAS GERAIS
quando olho para as
igrejas mineiras como as de ouro preto sinto uma culpabilidade delas para com a
história sofrida dos negros escravos que as construíram sob a cruel chibata dos
feitores, dá a impressão de que as coisas poderiam ter sido feitas de outra
maneira, nada de o homem explorar o homem em nome de um deus que, por sua vez,
sempre se mostrou indiferente, tão indiferente que prefiro não acreditar na sua
existência, pois bem, só de pensar no sangue misturado ao suor do cativo
umedecendo as pedras da rua para o branco passar com o seu cortejo religioso,
onde o padre exalta a custódia sob a proteção do pálio, eu sinto arrepios e,
até hoje, isto procede como se fosse politicamente correto, os acompanhantes
são pessoas, na maioria, simples, sem instrução, muitos iletrados, vítimas do
credo, alimentado pela ignorância e pela péssima qualidade de vida que ainda
assola o nosso povo guiado por péssimos políticos, enfim, tudo isso não
consegue tirar o brilho panorâmico dessas igrejas que teimam em não olhar para
o futuro e sim para o passado, talvez por vergonha de estarem ali como frutos
de muito sofrimento, deixando assim, como revolta, os seus fantasmas à mostra.
anibal werneck de freitas.
A TERRA DAS GERAIS
embora sendo ateu, não
consigo separar minha minas gerais das igrejas nos morros, elas compõem uma
imagem mágica que retrata uma época fascinante do ouro, onde os negros deram
suas vidas para enriquecer os brancos e a coroa portuguesa, sabendo que alguns
deles se deram bem como xica da silva e chico rei, mas foram pouquíssimos os
que tiveram tal sorte, na verdade, além de fascinante, foi uma época
terrível, abominável, todavia, um estranho glamour ficou até os nossos dias,
não sei explicar tal fenômeno e, tem mais, mesmo hoje, com os governos insensíveis
que aparecem constantemente, minas gerais ainda permanece altiva nos nossos
corações, é como se acreditássemos que um dia ela vai ser a dos nossos sonhos,
pois bem, enquanto isso, nós mineiros, vamos cantando a terra que nunca vamos
esquecer.
anibal.
SOU FILHO DE XANGÔ
anibal werneck de freitas.
CHICO REI?
da áfrica, reino do congo,
galanga, o monarca guerreiro e sumo sacerdote do deus zambi – apungo e todo o
seu séquito, cativos de traficantes portugueses, foram trazidos pelo tumbeiro
madalena para a vila rica das minas gerais do ouro, século xviii. na travessia
do atlântico, sua esposa, a rainha djalô e sua filha foram jogadas no oceano
pelos marujos.
aqui, este rei afro, filho
e súditos trabalharam nas minas como escravos, e, com o ouro excedente, chico
comprou a sua liberdade, a do filho e a dos companheiros, e assim, adquiriu a
mina da encardideira, associou-se à irmandade de santa ifigênia, composta de
negros livres e se transformou no lendário chico rei, agora, de ouro preto.
com a anuência do
governador geral, conde de bobadela, chico, foi um rei para os seus e um bobo
da corte para os portugueses, se transformou num paradigma de conciliação entre
negros e brancos, não representava nenhum perigo para o estado e muito menos
para a igreja, porque chico se converteu ao cristianismo e, como não podia
entrar na igreja dos brancos, construiu uma para os seus irmãos de cor. como
sempre foi na nossa história, o negro mantido à distância, e vigiado pelo
branco.
com o passar do tempo, o
pseudo reinado de chico se converteu nas folclóricas congadas, reis de
mentirinha são coroados todos os anos na nossa minas gerais, são homens
pobres, desdentados, que não acalentam mais o sonho de um reino afro na terra
de pindorama, que saem batendo os seus tambores pelas ruas mineiras e há quem
diga que minas não tem tambor, o milton chegou a comprar esta briga, por serem
raros nos dias de hoje.
esta é mais uma história
injusta erigida em nome do deus cristão, esta infeliz situação perdura
desde o dia em que o imperador romano constantino afirmou ter visto no céu uma
cruz com a inscrição, quo signo vinces, ou seja, por este sinal vencerás, o que na verdade
foi uma jogada política, porque o lado cristão estava mais forte, é o que
sempre vem acontecendo até nos nossos dias.
anibal werneck de freitas.
ORQUESTRA DAS GERAIS [Ribeiro Bastos]
tenho dois lps da orquestra ribeiro bastos de são joão del-rei, não me canso de ouvi-los, até porque tive uma formação musical de ordem religiosa no seminário onde estudava para ser padre, como você consegue curtir música sacra sendo ateu?, você pode me perguntar com toda razão, mas aí é que está o x do problema, eu curto apenas a arte da música sacra e ao mesmo tempo respeito as pessoas que acreditam no deus louvado constantemente nas letras em latim, aliás, esta língua da antiga roma complementa de forma magistral o estilo sacro da obra.minas gerais é praticamente o berço principal desta música barroca no brasil, uma pena, muitas partituras se perderam no decorrer do tempo, desde meados do século dezesseis até o final do dezenove, uma enorme quantidade de músicas sacras foram escritas com uma qualidade à altura das escritas na europa, lá, os europeus sempre tiveram o cuidado de preservar sua arte, o que realmente não aconteceu no brasil, principalmente em minas gerais, muitas partituras viraram papel para embrulhar mercadorias, um absurdo!, se, pelo menos, no século dezoito, tivéssemos uma imprensa, acredito que muita coisa se salvaria, quando ela [a imprensa] chegou nos navios do d. joão vi, já era tarde, e depois, o interesse do governo era outro, divulgar apenas as ordens do rei, deste modo nossa música continuou se perdendo no dia a dia do reino unido brasil portugal, nem dom pedro i, que era músico e compositor, teve a ideia de resgatar a nossa música barroca, a domitila não lhe dava tempo, assim eu presumo, se tal preocupação lhe passasse pela cabeça, acredito que muita coisa seria salva e todo mundo sairia ganhando com isso.
anibal werneck de freitas.
VERGONHA NAS GERAIS
anibal werneck de freitas.
NOSSA MINAS DOS MARES DE MORROS
existem coisas que
realmente mexem com a razão humana, uma delas é a existência de algo além deste
mundo, que a ciência não explica. sendo assim, o homem procura uma compensação
na crença religiosa, daí a razão dos nossos morros gerais coalhados de
igrejinhas e cemitérios, como se fossem portais para uma outra dimensão. tudo
isso é válido enquanto não implica com o nosso cotidiano, a crença num mundo
imaterial traz um certo conforto, e, assim, dentro desta proposta, nossa minas
gerais prossegue cheia de mistérios, mas também, cheia de tragédias que não
conseguem tirar o seu carisma e sua magia que fazem do nosso estado um lugar
especial e muito cantado pelos seus filhos.
mar de morros (anibal werneck de freitas) mar de morros, mar de amar, / verdes ondas, céu de
puro ar! / minas dos morros, minas de amor, / sinos e catedrais, / minas de
deus, nosso senhor, / és minas gerais! / minas das matas, minas da dor, /
igrejinhas e cemitérios. / chico xavier, disco-voador,/ minas dos mistérios. /
mar de morros, mar de amar, / verdes ondas, céu de puro ar! / folia de reis,
minas da cor, / casarões e sobrados, / minas do milton, mineiro-pau, / minas
dos dobrados. / minas das minas, moças bonitas, / urbanas e rurais, / mulheres
de fibra na construção / das minas gerais! / mar de morros, mar de amar, /
verdes ondas, céu de puro ar! / minas do ouro, xica da silva, / procissão dos
imortais, / de aleijadinho a carlos drummond, / anjos nos portais! / minas de
hoje, forças contidas / entre os desiguais, / minas dos morros, mar de
esperança / das minas gerais! / mar de morros, mar de amar, / verdes ondas, céu
de puro ar! / mar de morros, mar de amar, / verdes ondas, céu de puro ar! / mar
de morros, mar de amar! / mar de morros, mar de amar! / mar de morros, mar de
amar! / mar de morros, mar de amar!
Postado por anibal werneck de freitas
CIDADÃO DE MINAS, CIDADÃO DO MUNDO
minas
gerais, nosso amado estado, surgiu através das famosas entradas e bandeiras, as
entradas conferidas pelos cofres públicos e as bandeiras pelos particulares,
ambas tinham o mesmo objetivo, ou seja, encontrar riquezas minerais a todo
custo, oriundas dos paulistas, cuja província passva fome na época, muitos
desses homens corajosos comeram o pão que o diabo amassou, sofrendo toda sorte
de perigos como, doenças tropicais, animais ferozes e índios insatisfeitos com
a invasão de suas terras, não podemos deixar de falar dos massacres que os
silvícolas sofriam da ação cruel de muitos desses intrusos.
pois
bem, em meio a tudo isso, nossa minas gerais surgiu no cenário mundial como uma
terra rica em pedras preciosas, tanto assim que chamou a atenção de muita gente
no exterior, ao ponto do rei de portugal proibir a entrada de mais gente na
província.
acontece
que poucos livros de história creditam que minas gerais surgiu do sangue
derramado do índio no início e, depois, do suor do negro nas minas de ouro,
tanto o índio quanto o negro foram ignorados pelas autoridades civis e
eclesiásticas, portugal e igreja só pensavam no ouro e pensar que no caso da
igreja, os padres, hipocritamente, diziam, o reino de deus não é deste mundo!
portanto,
grosso modo, foi assim que surgiu o nosso querido estado de minas gerais.
anibal werneck de freitas.
A HISTÓRIA DOS VENCIDOS
anibal werneck de freitas.
OLORIXÁS
anibal werneck de freitas.
MINAS É O PASSADO PRESENTE A CÉU ABERTO
Quantos
e quantas passaram por essa rua mineira que continua intacta mostrando sua
beleza aconchegante num tapete de pedras cercado por casas coloniais que nos
transportam do presente para o século XVIII, ou seja, tempos áureos de uma
Minas, rica em ouro e diamantes, com suas igrejas ornamentadas de riquezas
gerais circundadas pelas irmandades, e, ao mesmo tempo, sofrida pela presença
escrava que produziu mulatos e mulatas famosos como Aleijadinho e Xica da Silva,
bem como Chico Rei que mostrou sua nobreza comprando a Carta de Alforria de
todos os seus companheiros com o ouro tirado das minas além do que era
necessário para o seu senhor, tudo isso está ali na rua de pedras passando sob
os nossos olhos porque o passado não se apaga quando é reverenciado através dos
prédios antigos que continuam nos mostrando que estão sempre presentes no nosso
cotidiano, e é por isso que eu sempre digo, Minas é o passado presente a céu aberto.
Anibal
Werneck de Freitas.
MAMÃE OXUM ME SALVOU
Sinto na mata a presença de Oxossi, como se ele estivesse atrás de mim para me acertar com sua seta mágica, aliás, na verdade, tudo é magia, tudo flui dentro da gente como água na fonte, Corre que o homem vem aí, Alguém passa por mim e me alerta, e assim com meus botões penso ser Oxossi, mas não era não, era um homem mesmo, mais que depressa me desapareço numa moita e o deixo passar preservando assim minha existência, de repente ouço um canto vindo da cachoeira, voz de mulher que nenhum homem resiste, deste modo corro em direção à voz e quem eu vejo à beira do rio ajeitando suas madeixas, Mamãe Oxum, ela me viu primeiro e foi logo dizendo, Não se apoquente não meu filho, senta aí que nada lhe fará mal. Disse-lhe que Oxossi queria me pegar e ela mais calma ainda apenas me advertiu, É bom tomar cuidado com o guerreiro porque ele é bom de mira, mas por outro lado tem um coração bondoso, portanto não se apoquente não, se ele aparecer aqui darei um jeito. Ainda tremendo me sentei perto dela e assim me senti protegido e ela sem a menor cerimônia continuou cantando, não sei como, acontece que eu adormeci, acordei com a minha família à minha volta perguntando, O quê lhe aconteceu homem, você ontem bebeu demais, sumiu de casa e nós passamos a noite toda lhe procurando e só agora de manhazinha é que estamos lhe encontrando todo sujo de lama e com a cabeça na pedra em tempo de se afogar nas águas desta cachoeira, o quê lhe está acontecendo realmente, Não tive coragem de responder porque ninguém iria acreditar, são coisas que acontecem em nossa terra de Pindorama.
A BENZEDEIRA DONA CORINA
Estava meio escuro, um pequeno corredor que dava para dois ou três quartos se descortinava na minha frente, as paredes do cômodo, apenas no tijolo, o teto era de sapé e, de um dos quartos vinha um forte cheiro de fumo. eu, parecia ser ainda uma criança, meio amedrontado decidi ir adiante, ao passar pelo primeiro quarto à minha esquerda vi uma preta velha envolta na fumaça do seu cachimbo, neste exato momento acordei assustado e assim, comecei a refletir sobre o sonho, voltei lá na minha infância e imediatamente descobri o porquê, a preta velha era a dona Corina, uma benzedeira muito famosa na minha pequena terra natal, recreio, de onze mil almas. naquela época, os pais tinham o costume de levar seus filhos pra ela benzer de, mal - olhado, de espinhela-caída, enfim, de tudo que era ruim, então, isto ficou em mim e veio à tona quando estava dormindo. se não estamos na vigília, nossa mente fica à mercê de outra via, via esta, que foge ao nosso controle.
Pois bem,
esta dona Corina viveu 100 anos, mulher simples, morava fora do perímetro
urbano, conhecia coisas adquiridas dos seus ancestrais africanos, acredito que
sua longevidade não foi à - toa, sabia de segredos que morreram com ela ou
talvez, não os pudesse revelar para não quebrar o encanto. Pra mim, uma pessoa
protegida pelos seus orixás, com certeza, dentro do seu calado, os servia em
prol do bem, e sem cobrar um tostão.
Deste
modo, assim como a Igreja canoniza seus santos, eu, particularmente, a canonizo
minha Santa Corina.
O FRUTO QUE TEM A CASCA FALSA
Olorum se
quedou no alto deixando seus filhos sofrerem no tronco ao som da chibata do
feitor, por outro lado estes nunca lhe fizeram um culto pelo fato de não o
alcançarem na sua magnitude e há quem diga, O negro africano não acredita num
Deus delineado pelos cristãos, para ele é algo que nem exista e se existe não
faz parte deste mundo, porque o mundo dos homens e dos Orixás é um só, único,
nele não existe o sobrenatural, tanto assim que as forças da Natureza são a
realidade deles.
Exu, este
sim, exige do homem uma apresentação para entrar no convívio espiritual das
coisas, daí as oferendas que além dele, são cobradas pelos demais Orixás.
Bate na
alma humana a força centrífuga destes seres que não são deuses, mas poderosos
dentro de cada um de nós, porque tudo funciona no mundo interno de cada ser
vivo, o negro junto à cachoeira da propriedade do seu senhor, lavando os
utensílios domésticos que não eram seus, se sentia confortado com a presença da
mãe Oxum a lhe sorrir o tempo todo aliviando assim uma pouco a sua carga de
cativo.
Nenhum
Orixá, de modo geral, instigou este infelizes homens a se revoltar fisicamente
contra os seus algozes, mas também nunca os proibiu de adquirir tal reação,
Zumbi foi um grande exemplo, desta forma vemos que no cômputo geral da nossa
História, que o negro continua submisso, no entanto, os terreiros estão
aumentando em número pelo país afora, claro que ainda sofre muita
discriminação.
Pindorama
é o nome desta terra cheia de igrejas nos morros e agora, de templos
evangélicos, mostrando apenas a casca de um fruto que na essência tem mais a
ver com a força dos Orixás que vieram nos porões dos tumbeiros, os quintais dos
pais João ou das mães Joana estão cheios desta gente que vive na casca, esta é
a nossa realidade.
CURUPIRA
Curupira
está sempre a nos enganar com os seus pés voltados para trás, o índio Pena
Branca foi surpreendido por ele, estava caçando uma paca que tinha filhotes,
neste caso Curupira se torna feroz e com o seu som estridente é capaz de
atordoar qualquer um, pode levar a vítima à loucura se ela não sair correndo
pra bem longe dele.
O
Curupira é parecido com o ser humano anão e tem os cabelos vermelhos
alaranjados, como já disse acima, seus pés são voltados para trás para
confundir os caçadores ou os viajantes fazendo-os irem em direção contrária no
caso de uma perseguição.
Os índios
conhecem muito bem o Curupira e procuram evitá-lo, segundo a lenda, ele é uma
entidade demoníaca e vive só na mata, não é portanto uma boa companhia.
Quando eu
percebi sua presença, corri como um louco e ainda ouvi o seu som estridente,
mas eu já estava longe, pena que eu perdi a minha caça que também se assustou,
Pena Branca comentou comigo minutos depois ainda bastante agitado com o seu
arco porque perdeu a flecha na correria, Porque você não volta lá pra pegar a
sua flecha, Pena Branca tem muito medo do Curupira, Respondeu-me prontamente o
silvícola e eu continuei, Pelas pegadas dele você terá uma ideia de que ele foi
embora, Curupira não vai embora assim, gosta de pegar a gente de surpresa,
quando você pensa que ele está longe, na verdade está perto e aí ele solta o
seu som alucinante e eu não quero ser como o Lua Branca, ficou completamente
doido, anda aí na aldeia falando coisa com coisa, o Pajé já fez de tudo, o Lua
Branca foi pego pelo Curupira que o agarrou obrigando-o a ouvir o seu som
demoníaco e enquanto ele não se enlouqueceu o Curupira não o soltou, como vocês
civilizados dizem, o Lua Branca agora vive no mundo da Lua, Dizendo isso, Pena
Branca foi para sua oca, porque o dia foi realmente pesado pra ele e eu fiquei
mirando a Lua, sentado num banquinho de madeira em forma de tatu porque já
anoitecia e a noite na aldeia é um silêncio sepulcral, os índios têm medo de
encontrar com alguma alma dos seus antepassados no decorrer da noite, deste
modo, fiquei pensando com os meus botões, como é fascinante esta terra de
Pindorama, posso estar pirando, mas o que vi hoje se eu contar ninguém vai acreditar em mim.
OS ORIXÁS DE PINDORAMA
Os Orixás querem que a gente aproveite bem o dia a
dia, porque a vida é pra ser vivida, sem proibições seja lá qual for este
aproveitar, desde que não faça mal a ninguém, podemos chamar de Orixás tudo
aquilo que nos faz curtir a vida, são as nossas divindades que devemos
administrar bem. Verger, antropólogo francês que viveu nos terreiros da Bahia
disse que você não precisa acreditar e sim aceitá-los e deixá-los canalizarem
sua vida, ora lhe ajudando, ora lhe protegendo, porque é assim que a coisa
funciona, todos nós os temos dentro da gente mesmo sendo um ateu, repito, o
negócio é aceitar a coisa, o resto é o resto.
Anibal de
Freitas.
A MISSA DOS MORTOS
conta-se
e já vai no tempo a famosa missa dos mortos ocorrida em ouro preto,
vivenciada por um vigia que dormia sempre na sacristia da igreja.
segundo ele, lá pelas tantas da madrugada, acordou sobressaltado pelo
barulho de vozes que vinham da nave central do templo, meio assustado,
viu uma missa sendo celebrada e, no altar, um padre de fisionomia
cadavérica, assim como todos os fiéis que estavam no recinto. apavorado,
tentou sair pela porta do fundo que dava pro cemitério, estava aberta
e, por ela, entravam mais seres cadavéricos, sem ter pra onde ir, acabou
se misturando a eles e assim, um deles, chegou no seu ouvido e
balbuciou algo incompreensível, neste exato momento, um raio partiu uma
árvore, pois chovia muito nesta lúgubre madrugada, daí pra frente, a
única coisa que ficou sabendo foi contada pela pessoa que o encontrou,
todo molhado, desmaiado na frente da igreja, pela manhã. mais tarde, foi
constatado, que uma das árvores do cemitério da igreja tinha sido
partida ao meio por um raio.
essa
história faz arrepiar os cabelos do mais incrédulo e foi contada por
joão leite, pessoa muito conhecida em toda cidade de ouro preto, um
homem simples, miudinho, que sempre montado em seu cavalinho branco, se
contentava em viver e receber alguns trocados para guardar e vigiar os
pertences da igreja das mercês de cima.
anibal werneck de freitas.
PINDORAMA / PENA VERMELHA [Anibal Werneck]
PINDORAMA, no Aurélio significa
(do tupi pi'dob, 'palmeira' + orama).
Substantivo masculino, Brasil.
1. Região ou país das palmeiras.
2. Nome que dão ao Brasil
as gentes ando-peruanas e pampianas.
Pindoramense, natural ou habtante de Pindorama.
PENA VERMELHA
(Anibal Werneck de Freitas)
Índio, menino tardio,
Sua canoa virou,
Seu tacape quebrou.
Índio, fonte de brio,
Sua mata queimou,
Seu rio secou.
Entraram atirando.
Ninguém viu como.
Corpos no chão...
Pena vermelha na mão.
anibal werneck de freitas
CANTO BARROCO
a religiosidade do povo é algo oriundo do seu ente
espiritual, parece ser uma uma prova de que o mundo não é só aqui,
embora não temos como prová-lo se existe realmente, enquanto isso vamos
acreditando ou não, o que importa é respeitar a crença e a descrença,
afinal não sabemos direito quem somos, o que estamos fazendo aqui e para
onde vamos, eu, particularmente, sou ateu, mas não sou contra nenhuma
religião, devo respeitar os que acreditam assim como eu devo ser
respeitado, também, sendo assim, aí está a música que deu título a este
blog, CANTO BARROCO,
CANTO BARROCO (Anibal Werneck & Antônio Lour) Era pó, era barro, é pedra-sabão. / Esculpidas madeiras, escultura a mão. / Eram minas, retinas, meninas. / São lençóis d'águas que formam o ribeirão. / São igrejas, capelas e catedrais. / Umbuzeiros, coqueiros, canaviais. / Chão das minas, esquinas, ruelas / Vão na contra-mão da História, memórias são. / Aleijadinho, / Ouro Preto, Ouro Preto, Ouro Preto. / Xica da Silva, / Diamantina, Diamantina, Diamantina. / Joaquim José, / Tiradentes, Tiradentes, Tiradentes. / Chico Xavier, / Salve Minas, Salve Minas, Salve Minas!
Postado por
anibal werneck de freitas
CANTO BARROCO (Anibal Werneck & Antônio Lour) Era pó, era barro, é pedra-sabão. / Esculpidas madeiras, escultura a mão. / Eram minas, retinas, meninas. / São lençóis d'águas que formam o ribeirão. / São igrejas, capelas e catedrais. / Umbuzeiros, coqueiros, canaviais. / Chão das minas, esquinas, ruelas / Vão na contra-mão da História, memórias são. / Aleijadinho, / Ouro Preto, Ouro Preto, Ouro Preto. / Xica da Silva, / Diamantina, Diamantina, Diamantina. / Joaquim José, / Tiradentes, Tiradentes, Tiradentes. / Chico Xavier, / Salve Minas, Salve Minas, Salve Minas!
A HISTÓRIA DO NEGRO NO BRASIL
No computador ouvi Mamãe Oxum
com Zeca Baleiro, uma música bonita e atraente, em seguida ouvi algumas
ponderações da Mãe de Santo Márcia d’Oxum, gostei muito da máxima que ela
proferiu, Existe a História do negro sem o Brasil, mas não existe a História do
Brasil sem o negro.
Segundo Pai Agenor, Feliz
aquele que tem fé no seu Orixá e, também, nos outros. Pai Agenor foi salvo por
Mãe Aninha.
Pierre Verger, antropólogo francês que se encantou
com a Bahia onde viveu até os seus últimos dias, nos deixa bem claro quando
diz, O Candomblé é para mim muito
interessante por ser uma religião de exaltação à personalidade das pessoas,
onde se pode ser verdadeiramente como se é, e não o que a sociedade pretende
que o cidadão seja, para as pessoas que têm
algo a expressar através do inconsciente, o transe é a possibilidade do
inconsciente se mostrar.
A maioria das demais
religiões gostam de demonizar o Candomblé e a Umbanda dizendo que Exu é o diabo,
terrível engano, Exu na Umbanda é o Santo Antônio casamenteiro da Igreja
Católica, há muito ignorância no meio de tudo isso, não que eu acredito, pois
sou agnóstico, mas fico uma fera quando falam mal das religiões afros, e vejo o
Candomblé com o olhar de um estudioso da nossa História, através dele podemos
estudar a verdadeira História do Brasil, onde o negro sempre foi o papel
central, agora, tem uma coisa, eu respeito o Candomblé porque afinal ele
retrata o mistério que existe na vida, quem sou eu para negá-lo.
JUIZ DE FORA AINDA É UMA CIDADE SEGURA
Policiais
com cachorro
intimida, humilha e irrita
os menos favorecidos,
o caminho não é por aí.
Juiz de Fora, ainda podemos dizer que é uma cidade tranquila devido ao seu tamanho, todavia, se uma medida drástica por parte das autoridades não for tomada, em pouco tempo estaremos como uma BH que está um caos em termos de segurança. Por que estou dizendo isso? Nas minhas caminhadas em direção aos bairros eu estou observando que à medida em que me afasto do centro, menos policial eu vejo até chegar num ponto em que eu não vejo nenhum, resultado, as notícias de gangues e assaltos nos bairros estão aumentando, portanto, está em tempo da polícia erradicar as gangues porque é mais fácil e reduzir 80% dos roubos,. Os grandes centros como Rio de Janeiro e São Paulo estão no patamar de cidades inseguras porque no início, as autoridades não tomaram as devidas providências, não me lembro do nome, um infeliz prefeito, do Rio de Janeiro do começo do século XX, dizia, Bandido e pobre tem que entrar no cacete! Acredito que não é por aí, isso aumenta mais ainda a revolta daqueles que são discriminados na sociedade, portanto, sob o meu ponto de vista, que não é o único, além de um bom policiamento, criar bibliotecas nos bairros mais pobres já é um bom começo, bem como pracinhas de esporte, enfim, qualquer coisa que possa desviar o jovem do crime, já imaginou um festival de música?, concertos ao ar livre?, acredito que tudo isso reduziria em muito a criminalidade, deste modo estão aí umas sugestão deste nosso humilde blog criado em prol do bem estar de nossa querida Juiz de Fora.
Anibal.
NEM O MUSEU MARIANO PROCÓPIO ESCAPOU
como esta que desenhei
é muito fácil de ser copiada,
deste modo, muitas
das peças
roubadas tinham este perfil, sinta o drama.
Deu na Folha de S.Paulo, no caderno cotidiano de 15/07/2012, ‘Ladrão de obras raras age de dentro de presídio’, ele é um ex-estudante de biblioteconomia e de forma muito inteligente fazia cópias grosseiras das obras primas e assim vendia os originais tranquilamente, acredito que ele observou que o brasileiro não é muito chegado às artes plásticas assim também como à cultura, [eu noto isso quando visito as exposições de arte na cidade, não tem praticamente ninguém] portanto isso facilitou em muito a sua forma de agir e, deste modo, a obra original era facilmente substituída e em seguida, vendida. Agora tem uma coisa, eu acho que os compradores destas obras deveriam também ser presos, eles têm tanta culpa quanto o ladrão delas. O interessante é que na matéria do jornal delinearam os lugares onde a quadrilha atuou e vi que nem Juiz de Fora escapou, em nossa Minas Gerais, a vítima foi o Museu Mariano Procópio.
*Desculpe-me pela minha ignorância, como pode uma obra
ser tão famosa se é tão fácil de ser copiada?
Anibal.
DO CENTRO DA CIDADE ATÉ ÀS CAPIVARAS DO PARAIBUNA
Pois bem apesar disso
tudo, Juiz de Fora ainda é o melhor lugar do mundo.
Agora fique com o vídeo
das capivaras com a música Summertime fazendo fundo sob o barulho dos carros e
caminhões que trafegam pela Avenida Brasil.
Anibal Werneck de Freitas.
PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES AS FLORES / NO DIA EM QUE JUIZ DE FORA PISOU NA BOLA
as autoridades políticas e religiosas, bem como as famílias poderosas juntamente com os estados unidos que instigaram o golpe de 64, foram sem dúvida os algozes do povo brasileiro no absurdo período de 1964 a 1985, acarretando assim terríveis consequências que ainda afloram por toda a nação que jaz inerte sob a lápide da ignorância. estes são os verdadeiros culpados.
é realmente chato o que vou dizer, esta vergonhosa ditadura militar de 64 a 85 começou praticamente aqui em juiz de fora, isso eu não posso deixar de relatar, neste caso não tem a desculpa de que ninguém é perfeito. quando eu estudei na universidade federal, eu via grupos de pessoas da tradição, família e propriedade sendo vaiados na rua, a famosa TFP, uma das entidades culpadas pela morte e tortura de muita gente neste país.
apesar de tudo, mesmo sabendo que a famigerada ditadura militar [64-85] começou aqui em juiz de fora onde na ocasião a insuportável família, tradição e propriedade, temerosa do comunismo tomar as coisas que eles tinham em demasia e também da desumana recepção que a nossa presidente recebeu aqui quando era militante contrário ao governo ilegal dos militares, mesmo assim juiz de fora é o melhor lugar pra mim, é uma pena que a cidade tenha estas manchas negras na sua História e pelo fato de gostar do lugar não quer dizer que vou omitir as coisas ruins, a alegria da gente está no fato de que o povo juiz forano não participou disso foi uma minoria que já deveria estar na cadeia há muito tempo, mas a hora deles está chegando, eu acredito que a dilma vai colocar este processo em andamento, é uma questão de ordem moral, o chile, o uruguai e a argentina estão passando a limpo o período funesto da ditadura milita acobertada pelos ESTADOS UNIDOS, uma nação que nunca deveria ter nascido.
anibal werneck de freitas.
UMA VERDADEIRA GOZAÇÃO
uma
verdadeira gozação, quando minha mulher me chama para ajudá-la nas
compras do supermercado, assim que chego no dito cujo, ela começa logo
de cara, numa enorme goiabada os dizeres, transforme sua vida numa
doçura, goiabada cascão, preço de promoção, e assim vai, mais adiante
outra, e, deste modo, uma atrás da outra, uma verdadeira tortura que
transformo em gozação, melhor assim, aliás, nós diabéticos, devemos
sempre olhar o lado bom das coisas ruins, é melhor assim, procedendo
desta maneira, a glicose não sobe.
É UMA TORTURA SER DIABÉTICO EM JUIZ DE FORA, TEM MUITA COISA GOSTOSA NOS SUPERMERCADOS, SEM FALAR NAS CASAS DE DOCES E BARES ESPALHADOS POR TODO O CENTRO DA CIDADE CHEIOS DE PESSOAS TOMANDO CERVEJA, O MEU NEGÓCIO É IR PRO MATO, MAS MESMO ASSIM EU PREFIRO MINHA JUIZ DE FORA.
anibal werneck de freitas.
PRESENTE DE GREGO EM JUIZ DE FORA
ganhar
presente é a melhor coisa do mundo, sem falar da expectativa que toma
conta da gente no momento em que estamos desembrulhando o dito cujo, o
quê será?, é a frase constante no cérebro da gente, isso acontece com
todo mundo, menos com o diabetenso. o meu último presente de aniversário
que o meu filho mais velho me deu foi um aparelho, medidor de glicose,
como dói aquela merda, pra mim é um instrumento de tortura, é uma
canetinha, na ponta dela coloca o dedo, você a pressiona e dela sai uma
agulhinha que, pqp, ninguém merece. de lá pra cá, o meu cotidiano anda
dolorido por demais.
anibal werneck de freitas.
BATENDO NA PORTA DO CÉU
a
música batendo na porta do céu de bob dylan, retrata um momento de
passagem desta para melhor, o delegado do velho oeste, agoniza nos
braços da mãe, as coisas terrenas já não interessam mais, tanto assim
que ele diz, mãe pegue a minha estrala de xerife porque não posso usá-la
mais, está tudo muito escuro pra ver, já me sinto batendo na porta do
céu. já praticamente no limiar da entrada celestial, continua falando,
mãe, coloque minhas armas no chão porque não posso mais atirar com elas,
uma grande nuvem preta está sobre mim e eu já me sinto batendo na porta
do céu. eu nunca morri e nem o bob dylan, mas eu tenho a impressão que é
isso mesmo, na hora do passamento, nada deste mundo nos interessa mais,
é um momento resignação total, faz parte da natureza humana, não
adianta lutar contra o inevitável, o negócio é bater nesta porta do céu e
pronto.
EM JUIZ DE FORA CRESCE O NÚMERO DE EVANGÉLICOS DE MODO VERTIGINOSO E PREOCUPANTE, NÃO TENHO NADA CONTRA, A VERDADE É QUE SOMOS MUITO INFLUENCIADOS PELOS ESTADUNIDENSES E DEPOIS NÓS TEMOS AQUI A PORTA DO CÉU BEM PERTINHO, É SÓ PEGAR O ÔNIBUS E IR PRO SÃO PEDRO, O HOMEM TÁ LÁ ENCIMA COM A SUA GRANDE CHAVE DO CÉU, É SÓ CHEGAR E BATER NA PORTA QUE ELE CERTAMENTE O ATENDERÁ.
anibal werneck de freitas.
ouça a música, knocking on heavens door, com o bob dylan.
http://www.cifraclub.com.br/bob-dylan/knockin-on-heaven-door/
DESTE JEITO VOU PARAR CE CANTAR MINHAS MINAS GERAIS
vivo
cantando as minhas gerais, todavia ela não tem retribuído o meu carinho
por ela, talvez por não me conhecer, mas é preciso me conhecer pra agir
com justiça, sou um professor afastado e já estão fazendo seis anos,
minha aposentadoria ainda não saiu, um descaso muito grande por parte do
estado, uma brincadeira de mal gosto, minha aposentadoria ainda não foi
publicada no minas, toda hora aparece um problema, é uma burocracia sem
fim, sempre cantei o meu estado, mas do jeito que a carruagem anda, vou
acabar mudando o meu canto, entra governo, sai governo e tudo continua
do mesmo jeito, as greves são intermináveis, uma vergonha, o governo não
quer paga o piso exigido por lei, uma vergonha, uma professora ter um
piso de r$ 360,00, pra mim é esmola, será que os dirigentes diante do
altar numa missa ou num culto qualquer têm a consciência tranqüila do
que estão fazendo com o pobre do trabalhador, falam que são tementes a
deus de boca pra fora, do contrário não fariam tal coisa, sou mais os
ateus que, pelo menos, são mais sinceros. infelizmente, do jeito que as
coisas vão, vou acabar parando de cantar minha minas gerais!
anibal werneck de freitas.
EU TAMBÉM CANTO MINHAS GERAIS / ETA, MINHAS GERAIS!
não
é só o milton nascimento que entoa nossa minas gerais, eu também,
aliás, sou até meio egoísta, pois a tenho como minhas gerais, mas isso é
de mentirinha, pois eu a reparto com todos os mineiros, é só uma
maneira diferente de dizer, minhas gerais das igrejas seculares, do
barroco mineiro, embora ateu, curto de montão as artes sacras, pra mim
são obras do homem homenageando o desconhecido, como por exemplo
aleijadinho, pra poucos como eu, um mito, no entanto é melhor acreditar
que ele realmente existiu, aí está toda a magia da nossa querida minhas
gerais, nossos governantes nunca foram lá essas coisas, todavia, a gente
dá um desconto, o capitalismo é o grande culpado por mais que eles
queiram destruir nossa minhas gerais, sinto que não são capazes devido a
sua força enraizada na nossa gente, as minhas gerais parece um brasil
dentro do outro, digo isso porque no passado, vila rica foi a capital do
nosso país, portugal além atlântico se fez enquanto nosso ouro durou,
reconstruiu lisboa pós terremoto, com isso minhas gerais deixou de ser o
que sempre foi, ficou na lembrança e hoje traz na sua cultura o
obaluaiê dos negros, bem como as congadas diversificadas em folias de
reis, irmandades afrobrasileiras, modas de viola enfronhadas num
caipirismo contagiante, ao mesmo tempo religioso, ao mesmo tempo
profano, afinal, por incrível que possa parecer, tudo isso influenciado
indiretamente pela igreja, uma colina sem uma igrejinha jamais será
minas gerais, jamais terá o sabor do pão de queijo, portanto, seu
milton, eu também canto minhas gerais.
Postado por
anibal werneck de freitas
aníbal werneck de freitas.
eta, minhas gerais! (anibal werneck de freitas) quando
a noite aporta / nos morros das minhas gerais / traz a lua branca /
clareando os capinzais. / quando a noite encena / as serras das minhas
gerais / no horizonte escuro / formam enormes catedrais. / eta, minhas
gerais! / chão que amo demais! / eta, minhas gerais! / “que não esqueço
jamais!” / quando a aurora canta / madrigais das minhas gerais / e
semeia ilusões / inflamando os casais. / quando a aurora encanta / os
homens das minhas gerais complementam as mulheres / sob a luz dos
castiçais. / eta, minhas gerais! / chão que amo demais! / eta, minhas
gerais! / “que não esqueço jamais!” / quando o dia acorda / agitando as
minhas gerais / abre os raios amarelos / aclarando os desiguais. /
quando o dia aflora / descobrindo as minhas gerais / mostra os templos
seculares / penetrando os vitrais. / eta, minhas gerais! / chão que amo
demais! / eta, minhas gerais! / “que não esqueço jamais!” / quando a
tarde toca / o ângelus das minhas gerais / põe minh’alma leve / buscando
os ancestrais. / quando a tarde dobra / os sinos das minhas gerais /
nossa virgem abençoa / estas terras celestiais. / eta, minhas gerais! /
chão que amo demais! / eta, minhas gerais! / “que não esqueço jamais!” /
eta, minhas gerais! / chão que amo demais!
link de eta, minhas gerais!
http://anibalwf.blogspot.com/2011/01/anibal-werneck-canta-eta-minhas-gerais.html
link de eta, minhas gerais!
http://anibalwf.blogspot.com/2011/01/anibal-werneck-canta-eta-minhas-gerais.html
URBANA LEGIO ESTÁ DE VOLTA
Urbana Legio, non erit finis, é isso aí. Reservas pelo telefone (32) 3215-0910.
Fui ao show da banda Urbana Legio e a galera gostou muito, foi um sucesso, a casa ficou cheia, a moçada cumpriu o prometido, quanto aos músicos, estes seguiram o figurino do saudoso Renato Russo e sua banda Legião Urbana, valeu a noite, fora do Bar da Fábrica, o frio de matar, todavia, dentro dele, o calor de viver, é isso aí, agora tem que ter um repeteco.
anibal.
MELLUNA'S
melluna's
com anibal machado (guitarra), márcio brito (baixo), anderson (bateria)
e serginho (vocal) esquentam o ambiente com pop rock desde os anos 80
até atualidade. Mais sobre melluna's no
blog JR MINAS
melluna's no you tube, AQUI
blog JR MINAS
melluna's no you tube, AQUI
Postado por anibal werneck de freitas
UM PROBLEMA QUE ESTÁ CRESCENDO DIA A DIA
Quando
caminho pela cidade, tenho observado uma coisa que vem crescendo
paulatinamente, estou ficando preocupado, não é um bom sinal, se a
carruagem continuar andando deste jeito, não sei não, certamente, o
bicho vai pegar, assim como eu, outros pedestres devem estar vendo a
mesma coisa, quem está no volante não percebe tanto, está preocupado com
o trânsito, portanto, está na hora das autoridades procurar uma forma
de solucionar este problema que está crescendo dia a dia, é sempre assim
no nosso país, deixa a coisa crescer pra depois tentar resolvê-la, aí,
fica mais difícil, porque o mal já se enraizou, já se alastrou como um
câncer, pois bem, o que eu tenho notado no trânsito de Juiz de Fora é a
falta de paciência dos motoristas, até o caminhão de lixo sofre com
eles, a coleta tem que ser feita da forma mais rápida possível, e mesmo
assim, os estressados não param de buzinar, ontem na avenida, o sujeito
diminuiu a velocidade do seu carro pra entrar na garagem, o detrás
imediatamente começou a buzinar, sei que a cidade não está mais
suportando o grande fluxo de automóveis, ônibus e caminhões, realmente,
isso irrita qualquer um, no entanto, as pessoas deveriam procurar ter
mais paciência, não custa nada, infelizmente, nós ocidentais não temos a
paciência de um oriental, é uma questão de educação, e o grande erro
está no fato de como somos educados, ou seja, somos educados como
indivíduos. Sendo assim, fica então um aviso às autoridades, Juiz de
Fora precisa urgente de uma mudança radical no trânsito, não pode
continuar do jeito que está, já está passando da hora.
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