segunda-feira, 26 de novembro de 2012

ENCONTRO QUARTA QUARTA - ADIADO PARA DIA 14 DEZEMBRO





CAROS AMIGOS E AMIGAS MÚSICOS DA
CONFRARIA MUSICAL QUARTA QUARTA,


MUITA LUZ, SAÚDE E PAZ.

EM FUNÇÃO DE ALGUNS CONTRATEMPOS OCORRIDOS,
ESTAMOS ADIANDO O NOSSO PRÓXIMO ENCONTRO.
ESPERO QUE ESSA NOVA DATA SEJA MAIS CONVENIENTE PARA TODOS.

ASSIM, CAROS AMIGOS E AMIGAS,
RESERVEM NA AGENDA DE VOCÊS O
 DIA 14 DE DEZEMBRO,
PARA O NOSSO ÚLTIMO ENCONTRO DO ANO.

O LOCAL SERÁ O MESMO DO ÚLTIMO ENCONTRO:  
ESPAÇO GENTILEZA,
ALTO DOS PASSOS, 

RUA PADRE JOÃO EMÍLIO, 160.

UM GRANDE E SEMPRE FRATERNO ABRAÇO PARA TODOS.

PEDRO DORIGO

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O MINEIRO É CIDADÃO DO MUNDO



minas gerais, nosso amado estado, surgiu através das famosas entradas e bandeiras, as entradas conferidas pelos cofres públicos e as bandeiras pelos particulares, ambas tinham o mesmo objetivo, ou seja, encontrar riquezas minerais a todo custo, oriundas dos paulistas, cuja província passva fome na época, muitos desses homens corajosos comeram o pão que o diabo amassou, sofrendo toda sorte de perigos como, doenças tropicais, animais ferozes e índios insatisfeitos com a invasão de suas terras, não podemos deixar de falar dos massacres que os silvícolas sofriam da ação cruel de muitos desses intrusos.
pois bem, em meio a tudo isso, nossa minas gerais surgiu no cenário mundial como uma terra rica em pedras preciosas, tanto assim que chamou a atenção de muita gente no exterior, ao ponto do rei de portugal proibir a entrada de mais gente na província.
acontece que poucos livros de história creditam que minas gerais surgiu do sangue derramado do índio no início e, depois, do suor do negro nas minas de ouro, tanto o índio quanto o negro foram ignorados pelas autoridades civis e eclesiásticas, portugal e igreja só pensavam no ouro e pensar que no caso da igreja, os padres, hipocritamente, diziam, o reino de deus não é deste mundo!
portanto, grosso modo, foi assim que surgiu o nosso querido estado de minas gerais.
anibal werneck de freitas.

O OURO DAS GERAIS


quando olho para as igrejas mineiras como as de ouro preto sinto uma culpabilidade delas para com a história sofrida dos negros escravos que as construíram sob a cruel chibata dos feitores, dá a impressão de que as coisas poderiam ter sido feitas de outra maneira, nada de o homem explorar o homem em nome de um deus que, por sua vez, sempre se mostrou indiferente, tão indiferente que prefiro não acreditar na sua existência, pois bem, só de pensar no sangue misturado ao suor do cativo umedecendo as pedras da rua para o branco passar com o seu cortejo religioso, onde o padre exalta a custódia sob a proteção do pálio, eu sinto arrepios e, até hoje, isto procede como se fosse politicamente correto, os acompanhantes são pessoas, na maioria, simples, sem instrução, muitos iletrados, vítimas do credo, alimentado pela ignorância e pela péssima qualidade de vida que ainda assola o nosso povo guiado por péssimos políticos, enfim, tudo isso não consegue tirar o brilho panorâmico dessas igrejas que teimam em não olhar para o futuro e sim para o passado, talvez por vergonha de estarem ali como frutos de muito sofrimento, deixando assim, como revolta, os seus fantasmas à mostra.


anibal werneck de freitas.

A TERRA DAS GERAIS



embora sendo ateu, não consigo separar minha minas gerais das igrejas nos morros, elas compõem uma imagem mágica que retrata uma época fascinante do ouro, onde os negros deram suas vidas para enriquecer os brancos e a coroa portuguesa, sabendo que alguns deles se deram bem como xica da silva e chico rei, mas foram pouquíssimos os que tiveram tal sorte, na verdade, além de fascinante,  foi uma época terrível, abominável, todavia, um estranho glamour ficou até os nossos dias, não sei explicar tal fenômeno e, tem mais, mesmo hoje, com os governos insensíveis que aparecem constantemente, minas gerais ainda permanece altiva nos nossos corações, é como se acreditássemos que um dia ela vai ser a dos nossos sonhos, pois bem, enquanto isso, nós mineiros, vamos cantando a terra que nunca vamos esquecer.
anibal.

SOU FILHO DE XANGÔ


quero deixar bem claro aqui de que não estou tratando da religião candomblé e sim, de uma cultura afro muito interessante  e tão desprezada pelos meios de comunicação que só valorizam a história dos vencedores, os negros chegaram como escravos no nosso país, nunca tiveram voz ativa e são até hoje discriminados,  sendo assim, resolvi desenvolver neste blog a cultura dos vencidos, com eles vamos aprender muita coisa, não vai ser uma tarefa fácil porque já vi o próprio negro desfazer dela  [sua cultura], mas isto porque a ignorância é a mãe de todos os males.

anibal werneck de freitas.

CHICO REI?



da áfrica, reino do congo, galanga, o monarca guerreiro e sumo sacerdote do deus zambi – apungo e todo o seu séquito, cativos de traficantes portugueses, foram trazidos pelo tumbeiro madalena para a vila rica das minas gerais do ouro, século xviii. na travessia do atlântico, sua esposa, a rainha djalô e sua filha foram jogadas no oceano pelos marujos.
aqui, este rei afro, filho e súditos trabalharam nas minas como escravos, e, com o ouro excedente, chico comprou a sua liberdade, a do filho e a dos companheiros, e assim, adquiriu a mina da encardideira, associou-se à irmandade de santa ifigênia, composta de negros livres e se transformou no lendário chico rei, agora, de ouro preto.
com a anuência do governador geral, conde de bobadela, chico, foi um rei para os seus e um bobo da corte para os portugueses, se transformou num paradigma de conciliação entre negros e brancos, não representava nenhum perigo para o estado e muito menos para a igreja, porque chico se converteu ao cristianismo e, como não podia entrar na igreja dos brancos, construiu uma para os seus irmãos de cor. como sempre foi na nossa história, o negro mantido à distância, e vigiado pelo branco.
com o passar do tempo, o pseudo reinado de chico se converteu nas folclóricas congadas, reis de mentirinha são coroados todos os anos na nossa  minas gerais, são homens pobres, desdentados, que não acalentam mais o sonho de um reino afro na terra de pindorama, que saem batendo os seus tambores pelas ruas mineiras e há quem diga que minas não tem tambor, o milton chegou a comprar esta briga, por serem raros nos dias de hoje.
esta é mais uma história injusta erigida em nome do deus cristão, esta infeliz  situação perdura desde o dia em que o imperador romano constantino afirmou ter visto no céu uma cruz com a inscrição, quo signo vinces, ou seja, por este sinal vencerás, o que na verdade foi uma jogada política,  porque o lado cristão estava mais forte, é o que sempre vem acontecendo até nos nossos dias.
anibal werneck de freitas.

ORQUESTRA DAS GERAIS [Ribeiro Bastos]





tenho dois lps da orquestra ribeiro bastos de são joão del-rei, não me canso de ouvi-los, até porque tive uma formação musical de ordem religiosa no seminário onde estudava para ser padre, como você consegue curtir música sacra sendo ateu?, você pode me perguntar com toda razão, mas aí é que está o x do problema, eu curto apenas a arte da música sacra e ao mesmo tempo respeito as pessoas que acreditam no deus louvado constantemente nas letras em latim, aliás, esta língua da antiga roma complementa de forma magistral o estilo sacro da obra.
minas gerais é praticamente o berço principal desta música barroca no brasil, uma pena, muitas partituras se perderam no decorrer do tempo, desde meados do século dezesseis até o final do dezenove, uma enorme quantidade de músicas sacras foram escritas com uma qualidade à altura das escritas na europa, lá, os europeus sempre tiveram o cuidado de preservar sua arte, o que realmente não aconteceu no brasil, principalmente em minas gerais, muitas partituras viraram papel para embrulhar mercadorias, um absurdo!, se, pelo menos, no século dezoito, tivéssemos uma imprensa, acredito que muita coisa se salvaria, quando ela [a imprensa] chegou nos navios do d. joão vi, já era tarde, e depois, o interesse do governo era outro, divulgar apenas as ordens do rei, deste modo nossa música continuou se perdendo no dia a dia do reino unido brasil portugal, nem dom pedro i, que era músico e compositor, teve a ideia de resgatar a nossa música barroca, a domitila não lhe dava tempo, assim eu presumo, se tal preocupação lhe passasse pela cabeça, acredito que muita coisa seria salva e todo mundo sairia ganhando com isso.

anibal werneck de freitas.

VERGONHA NAS GERAIS


uma vergonha, mas os senhores vereadores de belo horizonte não conseguirão destruir no meu coração o amor que tenho pelo meu estado de minas gerais, eles não são nada em se tratando  de quantidade e qualidade perante ao povo mineiro trabalhador, agora, tem uma coisa, isso acontece porque infelizmente nós não temos o costume de ler, principalmente jornais sérios como o estado de minas, o brasil de fato, a revista caros amigos, enfim, ficamos mais como ouvintes de uma mídia compactuada com essas aberrações [aumento vergonhoso de salários dos vereadores de bh para 2013] e ainda por cima sensacionalista, nossa juventude deixa também a desejar, não há uma preocupação social, assim também as igrejas que, na maioria, só pensam em faturar, portanto, esta minas gerais corrupta, para mim, é ilegal.

anibal werneck de freitas.

NOSSA MINAS DOS MARES DE MORROS


existem coisas que realmente mexem com a razão humana, uma delas é a existência de algo além deste mundo, que a ciência não explica. sendo assim, o homem procura uma compensação na crença religiosa, daí a razão dos nossos morros gerais coalhados de igrejinhas e cemitérios, como se fossem portais para uma outra dimensão. tudo isso é válido enquanto não implica com o nosso cotidiano, a crença num mundo imaterial traz um certo conforto, e, assim, dentro desta proposta, nossa minas gerais prossegue cheia de mistérios, mas também, cheia de tragédias que não conseguem tirar o seu carisma e sua magia que fazem do nosso estado um lugar especial e muito cantado pelos seus filhos.



mar de morros (anibal werneck de freitas) mar de morros, mar de amar, / verdes ondas, céu de puro ar! / minas dos morros, minas de amor, / sinos e catedrais, / minas de deus, nosso senhor, / és minas gerais! / minas das matas, minas da dor, / igrejinhas e cemitérios. / chico xavier, disco-voador,/ minas dos mistérios. / mar de morros, mar de amar, / verdes ondas, céu de puro ar! / folia de reis, minas da cor, / casarões e sobrados, / minas do milton, mineiro-pau, / minas dos dobrados. / minas das minas, moças bonitas, / urbanas e rurais, / mulheres de fibra na construção / das minas gerais! / mar de morros, mar de amar, / verdes ondas, céu de puro ar! / minas do ouro, xica da silva, / procissão dos imortais, / de aleijadinho a carlos drummond, / anjos nos portais! / minas de hoje, forças contidas / entre os desiguais, / minas dos morros, mar de esperança / das minas gerais! / mar de morros, mar de amar, / verdes ondas, céu de puro ar! / mar de morros, mar de amar, / verdes ondas, céu de puro ar! / mar de morros, mar de amar! / mar de morros, mar de amar! / mar de morros, mar de amar! / mar de morros, mar de amar!


CIDADÃO DE MINAS, CIDADÃO DO MUNDO


minas gerais, nosso amado estado, surgiu através das famosas entradas e bandeiras, as entradas conferidas pelos cofres públicos e as bandeiras pelos particulares, ambas tinham o mesmo objetivo, ou seja, encontrar riquezas minerais a todo custo, oriundas dos paulistas, cuja província passva fome na época, muitos desses homens corajosos comeram o pão que o diabo amassou, sofrendo toda sorte de perigos como, doenças tropicais, animais ferozes e índios insatisfeitos com a invasão de suas terras, não podemos deixar de falar dos massacres que os silvícolas sofriam da ação cruel de muitos desses intrusos.
pois bem, em meio a tudo isso, nossa minas gerais surgiu no cenário mundial como uma terra rica em pedras preciosas, tanto assim que chamou a atenção de muita gente no exterior, ao ponto do rei de portugal proibir a entrada de mais gente na província.
acontece que poucos livros de história creditam que minas gerais surgiu do sangue derramado do índio no início e, depois, do suor do negro nas minas de ouro, tanto o índio quanto o negro foram ignorados pelas autoridades civis e eclesiásticas, portugal e igreja só pensavam no ouro e pensar que no caso da igreja, os padres, hipocritamente, diziam, o reino de deus não é deste mundo!
portanto, grosso modo, foi assim que surgiu o nosso querido estado de minas gerais.
anibal werneck de freitas.

A HISTÓRIA DOS VENCIDOS


quero deixar bem claro aqui de que não estou tratando da religião candomblé e sim, de uma cultura afro muito interessante  e tão desprezada pelos meios de comunicação que só valorizam a história dos vencedores, os negros chegaram como escravos no nosso país, nunca tiveram voz ativa e são até hoje discriminados,  sendo assim, resolvi desenvolver neste blog a cultura dos vencidos, com eles vamos aprender muita coisa, não vai ser uma tarefa fácil porque já vi o próprio negro desfazer dela  [sua cultura], mas isto porque a ignorância é a mãe de todos os males.

anibal werneck de freitas.

OLORIXÁS


o candomblé é uma manifestação espiritual provinda da áfrica, onde o ser humano é valorizado e preparado para usufruir das coisas boas da natureza [olorum] e se defender das coisas ruins sob a ajuda das forças naturais [orixás], buscando assim, uma vida saudável, cheia de alegria, sem nenhuma culpa, apenas fazendo o bem, respeitando as adversidades, enfim, o candomblé é simplesmente um estado de espírito natural que complementa o nosso lado físico, criando assim uma harmonia, porque nós estamos aqui neste planeta para viver bem e não para sofrer, a vida é para ser vivida aqui e agora. 

anibal werneck de freitas.

MINAS É O PASSADO PRESENTE A CÉU ABERTO




Quantos e quantas passaram por essa rua mineira que continua intacta mostrando sua beleza aconchegante num tapete de pedras cercado por casas coloniais que nos transportam do presente para o século XVIII, ou seja, tempos áureos de uma Minas, rica em ouro e diamantes, com suas igrejas ornamentadas de riquezas gerais circundadas pelas irmandades, e, ao mesmo tempo, sofrida pela presença escrava que produziu mulatos e mulatas famosos como Aleijadinho e Xica da Silva, bem como Chico Rei que mostrou sua nobreza comprando a Carta de Alforria de todos os seus companheiros com o ouro tirado das minas além do que era necessário para o seu senhor, tudo isso está ali na rua de pedras passando sob os nossos olhos porque o passado não se apaga quando é reverenciado através dos prédios antigos que continuam nos mostrando que estão sempre presentes no nosso cotidiano, e é por isso que eu sempre digo, Minas é o passado presente a céu aberto.
Anibal Werneck de Freitas.

MAMÃE OXUM ME SALVOU




Sinto na mata a presença de Oxossi, como se ele estivesse atrás de mim para me acertar com sua seta mágica, aliás, na verdade, tudo é magia, tudo flui dentro da gente como água na fonte, Corre que o homem vem aí, Alguém passa por mim e me alerta, e assim com meus botões penso ser Oxossi, mas não era não, era um homem mesmo, mais que depressa me desapareço numa moita e o deixo passar preservando assim minha existência, de repente ouço um canto vindo da cachoeira, voz de mulher que nenhum homem resiste, deste modo corro em direção à voz e quem eu vejo à beira do rio ajeitando suas madeixas, Mamãe Oxum, ela me viu primeiro e foi logo dizendo, Não se apoquente não meu filho, senta aí que nada lhe fará mal. Disse-lhe que Oxossi queria me pegar e ela mais calma ainda apenas me advertiu, É bom tomar cuidado com o guerreiro porque ele é bom de mira, mas por outro lado tem um coração bondoso, portanto não se apoquente não, se ele aparecer aqui darei um jeito. Ainda tremendo me sentei perto dela e assim me senti protegido e ela sem a menor cerimônia continuou cantando, não sei como, acontece que eu adormeci, acordei com a minha família à minha volta perguntando, O quê lhe aconteceu homem, você ontem bebeu demais, sumiu de casa e nós passamos a noite toda lhe procurando e só agora de manhazinha é que estamos lhe encontrando todo sujo de lama e com a cabeça na pedra em tempo de se afogar nas águas desta cachoeira, o quê lhe está acontecendo realmente, Não tive coragem de responder porque ninguém iria acreditar, são coisas que acontecem em nossa terra de Pindorama.
Anibal Werneck de Freitas.

A BENZEDEIRA DONA CORINA



Estava meio escuro, um pequeno corredor que dava para dois ou três quartos se descortinava na minha frente, as paredes do cômodo, apenas no tijolo, o teto era de sapé e, de um dos quartos vinha um forte cheiro de fumo. eu, parecia ser ainda uma criança, meio amedrontado decidi ir adiante, ao passar pelo primeiro quarto à minha esquerda vi uma preta velha envolta na fumaça do seu cachimbo, neste exato momento acordei assustado e assim, comecei a refletir sobre o sonho, voltei lá na minha infância e imediatamente descobri o porquê, a preta velha era a dona Corina, uma benzedeira muito famosa na minha pequena terra natal, recreio, de onze mil almas. naquela época, os pais tinham o costume de levar seus filhos pra ela benzer de, mal - olhado, de espinhela-caída, enfim, de tudo que era ruim, então, isto ficou em mim e veio à tona quando estava dormindo. se não estamos na vigília, nossa mente fica à mercê de outra via, via esta, que foge ao nosso controle.
Pois bem, esta dona Corina viveu 100 anos, mulher simples, morava fora do perímetro urbano, conhecia coisas adquiridas dos seus ancestrais africanos, acredito que sua longevidade não foi à - toa, sabia de segredos que morreram com ela ou talvez, não os pudesse revelar para não quebrar o encanto. Pra mim, uma pessoa protegida pelos seus orixás, com certeza, dentro do seu calado, os servia em prol do bem, e sem cobrar um tostão.

Deste modo, assim como a Igreja canoniza seus santos, eu, particularmente, a canonizo minha Santa Corina.
Anibal Werneck de Freitas.

O FRUTO QUE TEM A CASCA FALSA




Olorum se quedou no alto deixando seus filhos sofrerem no tronco ao som da chibata do feitor, por outro lado estes nunca lhe fizeram um culto pelo fato de não o alcançarem na sua magnitude e há quem diga, O negro africano não acredita num Deus delineado pelos cristãos, para ele é algo que nem exista e se existe não faz parte deste mundo, porque o mundo dos homens e dos Orixás é um só, único, nele não existe o sobrenatural, tanto assim que as forças da Natureza são a realidade deles.
Exu, este sim, exige do homem uma apresentação para entrar no convívio espiritual das coisas, daí as oferendas que além dele, são cobradas pelos demais Orixás.
Bate na alma humana a força centrífuga destes seres que não são deuses, mas poderosos dentro de cada um de nós, porque tudo funciona no mundo interno de cada ser vivo, o negro junto à cachoeira da propriedade do seu senhor, lavando os utensílios domésticos que não eram seus, se sentia confortado com a presença da mãe Oxum a lhe sorrir o tempo todo aliviando assim uma pouco a sua carga de cativo.
Nenhum Orixá, de modo geral, instigou este infelizes homens a se revoltar fisicamente contra os seus algozes, mas também nunca os proibiu de adquirir tal reação, Zumbi foi um grande exemplo, desta forma vemos que no cômputo geral da nossa História, que o negro continua submisso, no entanto, os terreiros estão aumentando em número pelo país afora, claro que ainda sofre muita discriminação.
Pindorama é o nome desta terra cheia de igrejas nos morros e agora, de templos evangélicos, mostrando apenas a casca de um fruto que na essência tem mais a ver com a força dos Orixás que vieram nos porões dos tumbeiros, os quintais dos pais João ou das mães Joana estão cheios desta gente que vive na casca, esta é a nossa realidade.
Anibal.

CURUPIRA



Curupira está sempre a nos enganar com os seus pés voltados para trás, o índio Pena Branca foi surpreendido por ele, estava caçando uma paca que tinha filhotes, neste caso Curupira se torna feroz e com o seu som estridente é capaz de atordoar qualquer um, pode levar a vítima à loucura se ela não sair correndo pra bem longe dele.
O Curupira é parecido com o ser humano anão e tem os cabelos vermelhos alaranjados, como já disse acima, seus pés são voltados para trás para confundir os caçadores ou os viajantes fazendo-os irem em direção contrária no caso de uma perseguição.
Os índios conhecem muito bem o Curupira e procuram evitá-lo, segundo a lenda, ele é uma entidade demoníaca e vive só na mata, não é portanto uma boa companhia.
Quando eu percebi sua presença, corri como um louco e ainda ouvi o seu som estridente, mas eu já estava longe, pena que eu perdi a minha caça que também se assustou, Pena Branca comentou comigo minutos depois ainda bastante agitado com o seu arco porque perdeu a flecha na correria, Porque você não volta lá pra pegar a sua flecha, Pena Branca tem muito medo do Curupira, Respondeu-me prontamente o silvícola e eu continuei, Pelas pegadas dele você terá uma ideia de que ele foi embora, Curupira não vai embora assim, gosta de pegar a gente de surpresa, quando você pensa que ele está longe, na verdade está perto e aí ele solta o seu som alucinante e eu não quero ser como o Lua Branca, ficou completamente doido, anda aí na aldeia falando coisa com coisa, o Pajé já fez de tudo, o Lua Branca foi pego pelo Curupira que o agarrou obrigando-o a ouvir o seu som demoníaco e enquanto ele não se enlouqueceu o Curupira não o soltou, como vocês civilizados dizem, o Lua Branca agora vive no mundo da Lua, Dizendo isso, Pena Branca foi para sua oca, porque o dia foi realmente pesado pra ele e eu fiquei mirando a Lua, sentado num banquinho de madeira em forma de tatu porque já anoitecia e a noite na aldeia é um silêncio sepulcral, os índios têm medo de encontrar com alguma alma dos seus antepassados no decorrer da noite, deste modo, fiquei pensando com os meus botões, como é fascinante esta terra de Pindorama, posso estar pirando, mas o que vi hoje  se eu contar ninguém vai acreditar em mim.
Anibal de Freitas.

OS ORIXÁS DE PINDORAMA



Os Orixás querem que a gente aproveite bem o dia a dia, porque a vida é pra ser vivida, sem proibições seja lá qual for este aproveitar, desde que não faça mal a ninguém, podemos chamar de Orixás tudo aquilo que nos faz curtir a vida, são as nossas divindades que devemos administrar bem. Verger, antropólogo francês que viveu nos terreiros da Bahia disse que você não precisa acreditar e sim aceitá-los e deixá-los canalizarem sua vida, ora lhe ajudando, ora lhe protegendo, porque é assim que a coisa funciona, todos nós os temos dentro da gente mesmo sendo um ateu, repito, o negócio é aceitar a coisa, o resto é o resto.
Anibal de Freitas.

A MISSA DOS MORTOS

conta-se e já vai no tempo a famosa missa dos mortos ocorrida em ouro preto, vivenciada por um vigia que dormia sempre na sacristia da igreja. segundo ele, lá pelas tantas da madrugada, acordou sobressaltado pelo barulho de vozes que vinham da nave central do templo, meio assustado, viu uma missa sendo celebrada e, no altar, um padre de fisionomia cadavérica, assim como todos os fiéis que estavam no recinto. apavorado, tentou sair pela porta do fundo que dava pro cemitério, estava aberta e, por ela, entravam mais seres cadavéricos, sem ter pra onde ir, acabou se misturando a eles e assim, um deles, chegou no seu ouvido e balbuciou algo incompreensível, neste exato momento, um raio partiu uma árvore, pois chovia muito nesta lúgubre madrugada, daí pra frente, a única coisa que ficou sabendo foi contada pela pessoa que o encontrou, todo molhado, desmaiado na frente da igreja, pela manhã. mais tarde, foi constatado, que uma das árvores do cemitério da igreja tinha sido partida ao meio por um raio.

essa história faz arrepiar os cabelos do mais incrédulo e foi contada por joão leite, pessoa muito conhecida em toda cidade de ouro preto, um homem simples, miudinho, que sempre montado em seu cavalinho branco, se contentava em viver e receber alguns trocados para guardar e vigiar os pertences da igreja das mercês de cima.





anibal werneck de freitas.

PINDORAMA / PENA VERMELHA [Anibal Werneck]

 
















PINDORAMA, no Aurélio significa 
(do tupi pi'dob, 'palmeira' + orama). 

Substantivo masculino, Brasil.

1. Região ou país das palmeiras. 

2. Nome que dão ao Brasil 

as gentes ando-peruanas e pampianas.

Pindoramense, natural ou habtante de Pindorama.



  


PENA VERMELHA 
(Anibal Werneck de Freitas)  
Índio, menino tardio, 
Sua canoa virou, 
Seu tacape quebrou. 
Índio, fonte de brio, 
Sua mata queimou, 
Seu rio secou. 
Entraram atirando. 
Ninguém viu como. 
Corpos no chão... 
Pena vermelha na mão.

CANTO BARROCO


a religiosidade do povo é algo oriundo do seu ente espiritual, parece ser uma uma prova de que o mundo não é só aqui, embora não temos como prová-lo se existe realmente, enquanto isso vamos acreditando ou não, o que importa é respeitar a crença e a descrença, afinal não sabemos direito quem somos, o que estamos fazendo aqui e para onde vamos, eu, particularmente, sou ateu, mas não sou contra nenhuma religião, devo respeitar os que acreditam assim como eu devo ser respeitado, também, sendo assim, aí está a música que deu título a este blog, CANTO BARROCO,





CANTO BARROCO (Anibal Werneck & Antônio Lour) Era pó, era barro, é pedra-sabão. / Esculpidas madeiras, escultura a mão. / Eram minas, retinas, meninas. / São lençóis d'águas que formam o ribeirão. / São igrejas, capelas e catedrais. / Umbuzeiros, coqueiros, canaviais. / Chão das minas, esquinas, ruelas / Vão na contra-mão da História, memórias são. / Aleijadinho, / Ouro Preto, Ouro Preto, Ouro Preto. / Xica da Silva, / Diamantina, Diamantina, Diamantina. / Joaquim José, / Tiradentes, Tiradentes, Tiradentes. / Chico Xavier, / Salve Minas, Salve Minas, Salve Minas!

A HISTÓRIA DO NEGRO NO BRASIL




No computador ouvi Mamãe Oxum com Zeca Baleiro, uma música bonita e atraente, em seguida ouvi algumas ponderações da Mãe de Santo Márcia d’Oxum, gostei muito da máxima que ela proferiu, Existe a História do negro sem o Brasil, mas não existe a História do Brasil sem o negro.
Segundo Pai Agenor, Feliz aquele que tem fé no seu Orixá e, também, nos outros. Pai Agenor foi salvo por Mãe Aninha.
Pierre  Verger, antropólogo francês que se encantou com a Bahia onde viveu até os seus últimos dias, nos deixa bem claro quando diz,  O Candomblé é para mim muito interessante por ser uma religião de exaltação à personalidade das pessoas, onde se pode ser verdadeiramente como se é, e não o que a sociedade pretende que o cidadão seja, para as pessoas que têm  algo a expressar através do inconsciente, o transe é a possibilidade do inconsciente se mostrar.
A maioria das demais religiões gostam de demonizar o Candomblé e a Umbanda dizendo que Exu é o diabo, terrível engano, Exu na Umbanda é o Santo Antônio casamenteiro da Igreja Católica, há muito ignorância no meio de tudo isso, não que eu acredito, pois sou agnóstico, mas fico uma fera quando falam mal das religiões afros, e vejo o Candomblé com o olhar de um estudioso da nossa História, através dele podemos estudar a verdadeira História do Brasil, onde o negro sempre foi o papel central, agora, tem uma coisa, eu respeito o Candomblé porque afinal ele retrata o mistério que existe na vida, quem sou eu para negá-lo.

JUIZ DE FORA AINDA É UMA CIDADE SEGURA



Policiais
com cachorro
intimida, humilha e irrita
os menos favorecidos,
o caminho não é por aí.


Juiz de Fora, ainda podemos dizer que é uma cidade tranquila devido ao seu tamanho, todavia, se uma medida drástica por parte das autoridades não for tomada, em pouco tempo estaremos como uma BH que está um caos em termos de segurança. Por que estou dizendo isso? Nas minhas caminhadas em direção aos bairros eu estou observando que à medida em que me afasto do centro, menos policial eu vejo até chegar num ponto em que eu não vejo nenhum, resultado, as notícias de gangues e assaltos nos bairros estão aumentando, portanto, está em tempo da polícia erradicar as gangues porque é mais fácil e reduzir 80% dos roubos,. Os grandes centros como Rio de Janeiro e São Paulo estão no patamar de cidades inseguras porque no início, as autoridades não tomaram as devidas providências, não me lembro do nome, um infeliz prefeito, do Rio de Janeiro do começo do século XX, dizia, Bandido e pobre tem que entrar no cacete! Acredito que não é por aí, isso aumenta mais ainda a revolta daqueles que são discriminados na sociedade, portanto, sob o meu ponto de vista, que não é o único, além de um bom policiamento, criar bibliotecas nos bairros mais pobres já é um bom começo, bem como pracinhas de esporte, enfim, qualquer coisa que possa desviar o jovem do crime, já imaginou um festival de música?, concertos ao ar livre?, acredito que tudo isso reduziria em muito a criminalidade, deste modo estão aí umas sugestão deste nosso humilde blog criado em prol do bem estar de nossa querida Juiz de Fora.
Anibal.

NEM O MUSEU MARIANO PROCÓPIO ESCAPOU


Uma obra de arte 
como esta que desenhei 
é muito fácil de ser copiada,
deste modo, muitas
 das peças 
roubadas tinham este perfil, sinta o drama.





Deu na Folha de S.Paulo, no caderno cotidiano de 15/07/2012, ‘Ladrão de obras raras age de dentro de presídio’, ele é um ex-estudante de biblioteconomia e de forma muito inteligente fazia cópias grosseiras das obras primas e assim vendia os originais tranquilamente, acredito que ele observou que o brasileiro não é muito chegado às artes plásticas assim também como à cultura, [eu noto isso quando visito as exposições de arte na cidade, não tem praticamente ninguém] portanto isso facilitou em muito a sua forma de agir e, deste modo, a obra original era facilmente substituída e em seguida, vendida. Agora tem uma coisa, eu acho que os compradores destas obras deveriam também ser presos, eles têm tanta culpa quanto o ladrão delas. O interessante é que na matéria do jornal delinearam os lugares onde a quadrilha atuou e vi que nem Juiz de Fora escapou, em nossa Minas Gerais, a vítima foi o Museu Mariano Procópio.
*Desculpe-me pela minha ignorância, como pode uma obra ser tão famosa se é tão fácil de ser copiada?
Anibal.

DO CENTRO DA CIDADE ATÉ ÀS CAPIVARAS DO PARAIBUNA


Juiz de Fora é realmente o melhor lugar do mundo apesar dum trânsito caótico e de uma quantidade razoável de motoristas estressados, sempre quando um carro para para [pqp, gostaria de saber qual foi o engraçadinho que tirou o acento do verbo parar] a gente passar onde não tem semáforo eu estendo o polegar em sinal de agradecimento, só que isso acontece muito pouco, a cidade qualquer dia desses vai parar por falta de espaço, assim também é o número enorme de pedestres, não tenho nada contra as mulheres, eu acho que elas devem continuar indo e vindo pelas calçadas, o problema é a bolsa que todas elas carregam, não tem uma sem a bendita bolsa, são bolsas de todos os tipos e de todos os tamanhos e assim elas vão solapando a gente constantemente, geralmente eu tomo várias surras de bolsas quando caminho pelo centro da cidade, isso porque sou aposentado e depois do almoço saio para caminhar, preciso perder peso, ultimamente tenho caminhado seguindo o rio Paraibuna, é até interessante a caminhada com direito a ver grupos de capivaras que estão crescendo nas margens do rio, são animais pacíficos e o número está aumentando porque elas estão fugindo dos predadores como jaguatiricas que habitam a mata do Krambeck , é bonito vê-las, pelo menos uma coisa boa para aliviar o estresses.
Pois bem apesar disso tudo, Juiz de Fora ainda é o melhor lugar do mundo.
Agora fique com o vídeo das capivaras com a música Summertime fazendo fundo sob o barulho dos carros e caminhões que trafegam pela Avenida Brasil. 


Anibal Werneck de Freitas.

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES AS FLORES / NO DIA EM QUE JUIZ DE FORA PISOU NA BOLA




pra não dizer que não falei das flores - caminhando (geraldo vandré) caminhando e cantando e seguindo a canção / somos todos iguais braços dados ou não / nas escolas nas ruas, campos, construções / caminhando e cantando e seguindo a canção / pelos campos há fome em grandes plantações / pelas ruas marchando indecisos cordões / ainda fazem da flor seu mais forte refrão / e acreditam nas flores vencendo o canhão / há soldados armados, amados ou não / quase todos perdidos de armas na mão / nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição / de morrer pela pátria e viver sem razão / vem, vamos embora, que esperar não é saber /  quem sabe faz a hora, não espera acontecer /  nas escolas, nas ruas, campos, construções /  somos todos soldados, armados ou não / caminhando e cantando e seguindo a canção / somos todos iguais braços dados ou não / os amores na mente, as flores no chão / a certeza na frente, a história na mão / caminhando e cantando e seguindo a canção / aprendendo e ensinando uma nova lição / vem, vamos embora, que esperar não é saber /   quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

as autoridades políticas e religiosas, bem como as famílias poderosas juntamente com os estados unidos que instigaram o golpe de 64, foram sem dúvida os algozes do povo brasileiro no absurdo período de 1964 a 1985, acarretando assim terríveis consequências que ainda afloram por toda a nação que jaz inerte sob a lápide da ignorância. estes são os verdadeiros culpados.
é realmente chato o que vou dizer, esta vergonhosa ditadura militar de 64 a 85 começou praticamente aqui em juiz de fora, isso eu não posso deixar de relatar, neste caso não tem a desculpa de que ninguém é perfeito. quando eu estudei na universidade federal, eu via grupos de pessoas da tradição, família e propriedade sendo vaiados na rua, a famosa TFP, uma das entidades culpadas pela morte e tortura de muita gente neste país.
apesar de tudo, mesmo sabendo que a famigerada ditadura militar [64-85] começou aqui em juiz de fora onde na ocasião a insuportável família, tradição e propriedade, temerosa do comunismo tomar as coisas que eles tinham em demasia e também da desumana recepção que a nossa presidente recebeu aqui quando era militante contrário ao governo ilegal dos militares, mesmo assim juiz de fora é o melhor lugar pra mim, é uma pena que a cidade tenha estas manchas negras na sua História e pelo fato de gostar do lugar não quer dizer que vou omitir as coisas ruins, a alegria da gente está no fato de que o povo juiz forano não participou disso foi uma minoria que já deveria estar na cadeia há muito tempo, mas a hora deles está chegando, eu acredito que a dilma vai colocar este processo em andamento, é uma questão de ordem moral, o chile, o uruguai e a argentina estão passando a limpo o período funesto da ditadura milita acobertada pelos ESTADOS UNIDOS, uma nação que nunca deveria ter nascido.

anibal werneck de freitas.

UMA VERDADEIRA GOZAÇÃO



uma verdadeira gozação, quando minha mulher me chama para ajudá-la nas compras do supermercado, assim que chego no dito cujo, ela começa logo de cara, numa enorme goiabada os dizeres, transforme sua vida numa doçura, goiabada cascão, preço de promoção, e assim vai, mais adiante outra, e, deste modo, uma atrás da outra, uma verdadeira tortura que transformo em gozação, melhor assim, aliás, nós diabéticos, devemos sempre olhar o lado bom das coisas ruins, é melhor assim, procedendo desta maneira, a glicose não sobe.

É UMA TORTURA SER DIABÉTICO EM JUIZ DE FORA, TEM MUITA COISA GOSTOSA NOS SUPERMERCADOS, SEM FALAR NAS CASAS DE DOCES E BARES ESPALHADOS POR TODO O CENTRO DA CIDADE CHEIOS DE PESSOAS TOMANDO CERVEJA, O MEU NEGÓCIO É IR PRO MATO, MAS MESMO ASSIM EU PREFIRO MINHA JUIZ DE FORA.

anibal werneck de freitas.

PRESENTE DE GREGO EM JUIZ DE FORA



ganhar presente é a melhor coisa do mundo, sem falar da expectativa que toma conta da gente no momento em que estamos desembrulhando o dito cujo, o quê será?, é a frase constante no cérebro da gente, isso acontece com todo mundo, menos com o diabetenso. o meu último presente de aniversário que o meu filho mais velho me deu foi um aparelho, medidor de glicose, como dói aquela merda, pra mim é um instrumento de tortura, é uma canetinha, na ponta dela coloca o dedo, você a pressiona e dela sai uma agulhinha que, pqp, ninguém merece. de lá pra cá, o meu cotidiano anda dolorido por demais.

anibal werneck de freitas.

BATENDO NA PORTA DO CÉU



a música batendo na porta do céu de bob dylan, retrata um momento de passagem desta para melhor, o delegado  do velho oeste, agoniza nos braços da mãe, as coisas terrenas já não interessam mais, tanto assim que ele diz, mãe pegue a minha estrala de xerife porque não posso usá-la mais, está tudo muito escuro pra ver, já me sinto batendo na porta do céu. já praticamente no limiar da entrada celestial, continua falando, mãe, coloque minhas armas no chão porque não posso mais atirar com elas, uma grande nuvem preta está sobre mim e eu já me sinto batendo na porta do céu. eu nunca morri e nem o bob dylan, mas eu tenho a impressão que é isso mesmo, na hora do passamento, nada deste mundo nos interessa mais, é um momento resignação total, faz parte da natureza humana, não adianta lutar contra o inevitável, o negócio é bater nesta porta do céu e pronto.


EM JUIZ DE FORA CRESCE O NÚMERO DE EVANGÉLICOS DE MODO VERTIGINOSO E PREOCUPANTE, NÃO TENHO NADA CONTRA, A VERDADE É QUE SOMOS MUITO INFLUENCIADOS PELOS ESTADUNIDENSES E DEPOIS NÓS TEMOS AQUI A PORTA DO CÉU BEM PERTINHO, É SÓ PEGAR O ÔNIBUS E IR PRO SÃO PEDRO, O HOMEM TÁ LÁ ENCIMA COM A SUA GRANDE CHAVE DO CÉU, É SÓ CHEGAR E BATER NA PORTA QUE ELE CERTAMENTE O ATENDERÁ.

anibal werneck de freitas.


 ouça a música,  knocking on heavens door, com o bob dylan.

http://www.cifraclub.com.br/bob-dylan/knockin-on-heaven-door/

DESTE JEITO VOU PARAR CE CANTAR MINHAS MINAS GERAIS



vivo cantando as minhas gerais, todavia ela não tem retribuído o meu carinho por ela, talvez por não me conhecer, mas é preciso me conhecer pra agir com justiça, sou um professor afastado e já estão fazendo seis anos, minha aposentadoria ainda não saiu, um descaso muito grande por parte do estado, uma brincadeira de mal gosto, minha aposentadoria ainda não foi publicada no minas, toda hora aparece um problema, é uma burocracia sem fim, sempre cantei o meu estado, mas do jeito que a carruagem anda, vou acabar mudando o meu canto, entra governo, sai governo e tudo continua do mesmo jeito, as greves são intermináveis, uma vergonha, o governo não quer paga o piso exigido por lei, uma vergonha, uma professora ter um piso de r$ 360,00, pra mim é esmola, será que os dirigentes diante do altar numa missa ou num culto qualquer têm a consciência tranqüila do que estão fazendo com o pobre do trabalhador, falam que são tementes a deus de boca pra fora, do contrário não fariam tal coisa, sou mais os ateus que, pelo menos, são mais sinceros. infelizmente, do jeito que as coisas vão, vou acabar parando de cantar minha minas gerais!

anibal werneck de freitas.

EU TAMBÉM CANTO MINHAS GERAIS / ETA, MINHAS GERAIS!


não é só o milton nascimento que entoa nossa minas gerais, eu também, aliás, sou até meio egoísta, pois a tenho como minhas gerais, mas isso é de mentirinha, pois eu a reparto com todos os mineiros, é só uma maneira diferente de dizer, minhas gerais das igrejas seculares, do barroco mineiro, embora ateu, curto de montão as artes sacras, pra mim são obras do homem homenageando o desconhecido, como por exemplo aleijadinho, pra poucos como eu, um mito, no entanto é melhor acreditar que ele realmente existiu, aí está toda a magia da nossa querida minhas gerais, nossos governantes nunca foram lá essas coisas, todavia, a gente dá um desconto, o capitalismo é o grande culpado por mais que eles queiram destruir nossa minhas gerais, sinto que não são capazes devido a sua força enraizada na nossa gente, as minhas gerais parece um brasil dentro do outro, digo isso porque no passado, vila rica foi a capital do nosso país, portugal além atlântico se fez enquanto nosso ouro durou, reconstruiu lisboa pós terremoto, com isso minhas gerais deixou de ser o que sempre foi, ficou na lembrança e hoje traz na sua cultura o obaluaiê dos negros, bem como as congadas diversificadas em folias de reis, irmandades afrobrasileiras, modas de viola enfronhadas num caipirismo contagiante, ao mesmo tempo religioso, ao mesmo tempo profano, afinal, por incrível que possa parecer, tudo isso influenciado indiretamente pela igreja, uma colina sem uma igrejinha jamais será minas gerais, jamais terá o sabor do pão de queijo, portanto, seu milton, eu também canto minhas gerais.
aníbal werneck de freitas.
eta, minhas gerais! (anibal werneck de freitas) quando a noite aporta / nos morros das minhas gerais / traz a lua branca / clareando os capinzais. / quando a noite encena / as serras das minhas gerais / no horizonte escuro / formam enormes catedrais. / eta, minhas gerais! / chão que amo demais! / eta, minhas gerais! / “que não esqueço jamais!” / quando a aurora canta / madrigais das minhas gerais / e semeia ilusões / inflamando os casais. / quando a aurora encanta / os homens das minhas gerais complementam as mulheres / sob a luz dos castiçais. / eta, minhas gerais! / chão que amo demais! / eta, minhas gerais! / “que não esqueço jamais!” / quando o dia acorda / agitando as minhas gerais / abre os raios amarelos / aclarando os desiguais. / quando o dia aflora / descobrindo as minhas gerais / mostra os templos seculares / penetrando os vitrais. / eta, minhas gerais! / chão que amo demais! / eta, minhas gerais! / “que não esqueço jamais!” / quando a tarde toca / o ângelus das minhas gerais / põe minh’alma leve / buscando os ancestrais. / quando a tarde dobra / os sinos das minhas gerais / nossa virgem abençoa / estas terras celestiais. / eta, minhas gerais! / chão que amo demais! / eta, minhas gerais! / “que não esqueço jamais!” / eta, minhas gerais! / chão que amo demais! 

link de eta, minhas gerais! 
http://anibalwf.blogspot.com/2011/01/anibal-werneck-canta-eta-minhas-gerais.html

URBANA LEGIO ESTÁ DE VOLTA


A volta da banda cover do Legião Urbana, vale a pena conferir, agora dia 9/7/11, sábado, a partir das 21h, início do show às 24h, no Bar da Fábrica.
Urbana Legio, non erit finis, é isso aí. Reservas pelo telefone (32) 3215-0910.

Fui ao show da banda Urbana Legio e a galera gostou muito, foi um sucesso, a casa ficou cheia, a moçada cumpriu o prometido, quanto aos músicos, estes seguiram o figurino do saudoso Renato Russo e sua banda Legião Urbana, valeu a noite, fora do Bar da Fábrica, o frio de matar, todavia, dentro dele, o calor de viver, é isso aí, agora tem que ter um repeteco.

anibal. 

MELLUNA'S


melluna's com anibal machado (guitarra), márcio brito (baixo), anderson (bateria) e serginho (vocal) esquentam o ambiente com pop rock desde os anos 80 até atualidade. Mais sobre melluna's no  


blog JR MINAS


melluna's no you tube, AQUI

UM PROBLEMA QUE ESTÁ CRESCENDO DIA A DIA


Quando caminho pela cidade, tenho observado uma coisa que vem crescendo paulatinamente, estou ficando preocupado, não é um bom sinal, se a carruagem continuar andando deste jeito, não sei não, certamente, o bicho vai pegar, assim como eu, outros pedestres devem estar vendo a mesma coisa, quem está no volante não percebe tanto, está preocupado com o trânsito, portanto, está na hora das autoridades procurar uma forma de solucionar este problema que está crescendo dia a dia, é sempre assim no nosso país, deixa a coisa crescer pra depois tentar resolvê-la, aí, fica mais difícil, porque o mal já se enraizou, já se alastrou como um câncer, pois bem, o que eu tenho notado no trânsito de Juiz de Fora é a falta de paciência dos motoristas, até o caminhão de lixo sofre com eles, a coleta tem que ser feita da forma mais rápida possível, e mesmo assim, os estressados não param de buzinar, ontem na avenida, o sujeito diminuiu a velocidade do seu carro pra entrar na garagem, o detrás imediatamente começou a buzinar, sei que a cidade não está mais suportando o grande fluxo de automóveis, ônibus e caminhões, realmente, isso irrita qualquer um, no entanto, as pessoas deveriam procurar ter mais paciência, não custa nada, infelizmente, nós ocidentais não temos a paciência de um oriental, é uma questão de educação, e o grande erro está no fato de como somos educados, ou seja, somos educados como indivíduos. Sendo assim, fica então um aviso às autoridades, Juiz de Fora precisa urgente de uma mudança radical no trânsito, não pode continuar do jeito que está, já está passando da hora.

Anibal.

VENTO SUAVE (Lenira, Armando e Anibal)